Esta semana, foi mais uma em que tive de procurar um texto que nos ajudasse a crescer na fé. Esta “Carta”, de todas as semanas, tem um pouquinho esta função.
Desejo que seja uma forma de questionar o nosso interior inquieto. Inquieto por muitas coisas e, creio, que ,também, pelas coisas de Deus.
Inquieto porque a vida não está dada, não está feita. Se já estivesse feita, já não estaríamos aqui.
Temos de nos sentir em construção, fazendo…
Para tomar uma atitude de confiança neste nosso desejo de ser mais, pensei que nos poderia ajudar o texto que se segue em jeito de oração.
SOU O HOMEM QUE SE FAZ
CADA DIA RECOMEÇO
Senhor Jesus, escuta-Me,
aceita a minha atitude de homem que se faz;
A minha resolução de caminhar FORTE, de ser TESTEMUNHA, de dar-me todo.
Sei que a alegria existe, que a luz brilha, que o amor une:
e eu quero ser hoje alegria, luz e amor.
Empresta-me teus olhos, para ver todos os homens como filhos de Deus.
Empresta-me as tua mãos, para ajudar a todos como amigos.
Empresta-me o teu coração, para amar todos como irmãos.
Quero fazer do meu caminhar uma marcha triunfal para Ti,
sem medo de ser cristão, sem medo do que irão dizer,
sem retroceder na vida,
sabendo que tu me esperas com os braços de crucificado
sempre abertos, indicando-me o caminho:
caminho de alegria, de mansidão,
de testemunho e de amor que conduz ao Pai.
Do blog Jovens e Missão
IV DOMINGO DA QUARESMA
Tema:
As leituras deste Domingo propõem-nos o tema da “luz”. Definem a experiência cristã como “viver na luz”.
No Evangelho, Jesus apresenta-se como “a luz do mundo”; a sua missão é libertar os homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da auto-suficiência. Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de realização que conduz à vida plena. Da acção de Jesus nasce, assim, o Homem Novo – isto é, o Homem elevado às suas máximas potencialidades pela comunicação do Espírito de Jesus.
Na segunda leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver à margem de Deus (“trevas”) e que escolham a “luz”. Em concreto, Paulo explica que viver na “luz” é praticar as obras de Deus (a bondade, a justiça e a verdade).
A primeira leitura não se refere directamente ao tema da “luz” (o tema central na liturgia deste domingo). No entanto, conta a escolha de David para rei de Israel e a sua unção: é um óptimo pretexto para reflectirmos sobre a unção que recebemos no dia do nosso Baptismo e que nos constituiu testemunhas da “luz” de Deus no mundo.
(Dehonianos)
MEDITAR
PARA DEUS NADA É PEQUENO
"Purifique a sua intenção e a menor das suas acções encontrar-se-á cheia de Deus !" (Teillhard de Chardin)
«Não procureis acções espectaculares.
O que importa é o dom de vós mesmos.
O que importa é o grau de amor que pondes em cada um dos vossos gestos.
Sede fiéis nas pequenas coisas, porque é nelas que está a vossa força.
Para Deus nada é pequeno. (...)
Um dia, enquanto caminhava por uma rua de Londres, vi um homem sentado que parecia muito só. Fui até junto dele, peguei-lhe na mão e apertei-a.
Ele disse: "Há quanto tempo não sinto o calor de uma mão!"
Compreendi que um gesto assim tão pequeno pode dar muita alegria.»
Madre Teresa de Calcutá
CONTO (346)
UM DOENTE DE CORAÇÃO
Um rico milionário com problemas cardíacos foi aconselhado pelo médico a passar uma temporada num mosteiro. Passados uns dias, foi ter com o Abade e disse- -lhe:
- Desculpe a minha pergunta. Como é que vocês não se aborrecem estando aqui encerrados toda a vida?
O Abade, sorridente, respondeu:
- Oh, não. Não estamos encerrados mas livres de mil paredes invisíveis que encerram o coração humano. Para quem ama a Deus e os irmãos, não há aborrecimento possível.
Aquele homem continuou com vivo interesse:
- E como podem viver em silêncio sem falar com ninguém?
O Abade respondeu:
- Claro que falamos. Mas a forma mais profunda de comunicação não é falar mas estar em comunhão. A este nível as palavras deixam de ser úteis. O silêncio também é meio que comunica e une vontades.
E assim se foram passando os dias até que a estadia do milionário chegou ao fim. Ao despedir-se do Abade, disse-lhe:
- Depois do que vi nestes dias… um dos dois deve estar louco, ou o senhor ou eu.
Pensativo, entrou no carro e foi-se embora.
in, ALEGRE MANHÃ de Pedrosa Ferreira
O CORAÇÃO ABERTO
«O coração é o nosso sol, o nosso pequeno sol pessoal. Graças ao coração, damos luz e calor a quem nos rodeia. Graças ao coração, a nossa vida está cheia de alegria e de partilha. A abertura do coração é o único antídoto real contra a barbarização da nossa época. É esse o grande caminho a percorrer para que o futuro não seja um tempo de desolação, mas de construção e esperança."
Susanna Tamaro, em Querida Mathilda
INFORMAÇÕES
ASSOCIAÇÃO DE BOMBEIROS DA CALHETA
A Direcção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que no dia 6 de Maio estará naquela instituição a Dr.ª Alexandra Dias, especialista em Pediatria. Os interessados poderão fazer as suas marcações através dos números 295 460 110 / 295460111, ou pelo correio electrónico: bombeiroscalheta@sapo.pt
Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº 478
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)