Nº 1113

 

Discurso do Papa Francisco na Vigília

 Alegra-me ver-vos. Obrigada por terem viajado, por terem caminhado, obrigada por estarem aqui! E penso que também a Virgem Maria teve de viajar para ver Isabel: «partiu e foi apressadamente» (Lc 1,39). Perguntamo-nos: porque se levanta Maria e vai depressa ver a sua prima? Claro, acaba de saber que a sua prima está grávida, mas ela também está. Porque é que então há de ir se ninguém lho pediu? Maria realiza um gesto que não lhe é pedido, não é obrigatório. Maria vai porque ama e «aquele que ama, voa, corre e alegra-se» (A Imitação de Cristo, III, 5).  É isso que nos faz o amor. A alegria de Maria é dupla, tinha acabado de receber o anúncio do Anjo, de que iria receber o Redentor e também a notícia de que a sua prima está grávida. É curioso, em vez de pensar em si pensa no outro. Porquê? Porque a alegria é missionária, a alegria não é para um só, é para levar algo, e pergunto-vos, vocês que estão aqui, que vieram encontrar-se, procurar a mensagem de Cristo, procurar um sentido lindo para a vida. Vão deixar que isto fique só para vocês ou vão levá-lo aos outros? Que pensam? Não oiço! É para levar aos outros, porque a alegria é missionária. Vamos repetir todos juntos: a alegria é missionária! Então eu tenho de levar esta alegria aos outros mas, essa alegria que nós temos, também outros nos prepararam para a receber.

A alegria não está na biblioteca fechada (apesar de ser preciso estudar), está noutro lado, não está fechada à chave, a alegria, há que procurá-la, há que descobri-la, há que descobri-la no nosso diálogo com os outros onde temos de dar essas raízes de alegria que já recebemos. E isso às vezes cansa. Vou fazer-vos uma pergunta: Vocês já se cansaram alguma vez? Não? Sim? Não oiço! Cansaram-se alguma vez?

Levantar-se. E é uma coisa muito bonita que queria que hoje levassem como recordação. Os alpinistas que gostam de subir montanhas têm um ditado muito bonito que diz assim: Na arte de subir à montanha, o que importa não é não cair, mas sim não permanecer caído. Coisa linda.

O que permanece caído? Desistiu, perdeu a esperança, aí fica caído, e, quando vemos algum amigo nosso que esteja caído o que temos de fazer? Levantá-lo, com força. Quando temos de levantar ou ajudar a levantar uma pessoa, que gesto fazemos? Olhamos para ela de cima para baixo. A única situação em que é legítimo olhar para uma pessoa de cima para baixo é para a ajudar a levantar-se

Caminhar. Se cair, levantar-me ou deixar que me ajudem a levantar, não ficar caído e treinar-me, treinar-me no caminho.

Deixo-vos com esta ideia, caminhem, e se caírem, levantem-se. Na vida nada é de graça, tudo se paga. Só há uma coisa de graça, o amor de Jesus. Por isso, com esta oferta que temos, o amor de Jesus, e com o desejo e a vontade de caminhar, caminhemos na esperança. Olhemos para as nossas raízes, sem medo, não tenham medo!

Papa franciscoJmjJmj2023

 

MEDITAR

«A fé é muitas vezes um grito, uma invocação, um apelo a Deus»

É surpreendente a atualidade que ganha nestes tempos de crise religiosa o relato da tempestade no Lago da Galileia. Mateus descreve com traços certeiros a situação (Ver Mt 14, 22-33): os discípulos de Jesus estão sozinhos, «longe de terra firme», no meio da insegurança do mar; o barco é «sacudido pelas ondas», dominado por forças adversas; «o vento é contrário», tudo se volta contra ele; É «noite cerrada», as trevas impedem de ver o horizonte.

Estamos a entrar na Era pós-cristã?

Assim vivem não poucos crentes o momento presente. Não há segurança nem certezas religiosas; tudo se tornou obscuro e duvidoso. A religião está sujeita a todo o tipo de acusações e suspeitas. Fala-se do cristianismo como uma «religião terminal» que pertence ao passado; diz-se que estamos a entrar numa «era pós-cristã» (E. Poulat). Em alguns, nasce a interrogação: não será a religião um sonho irreal, um mito ingénuo destinado a desaparecer? Este é o grito dos discípulos ao vislumbraram Jesus no meio da tempestade: «É um fantasma.»

Cristo é um fantasma? É o Ressuscitado para a nossa salvação?

A reação de Jesus é imediata: «Coragem, sou eu, não tenhais medo.» Encorajado por estas palavras, Pedro faz a Jesus um pedido sem precedentes: «Senhor, se és tu, manda-me ir a ti andando sobre as águas.» Não sabe se Jesus é um fantasma ou alguém real, mas quer comprovar se pode caminhar até ele, não sobre terra firme, mas na água, não confiando em argumentos seguros, mas na debilidade da fé.

Assim vive o crente a sua adesão a Cristo nos momentos de crise e escuridão. Não sabemos se Cristo é um fantasma ou alguém vivo e real, ressuscitado pelo Pai para a nossa salvação. Não temos argumentos científicos para o provar, mas sabemos, por experiência, que se pode caminhar pela vida sustentados pela fé n’Ele e na sua palavra.

A fé paralisada pelo medo

Não é fácil viver desta fé despida. O relato evangélico diz-nos que Pedro «sentiu a força do vento», «ficou com medo» e «começou a afundar-se». É um processo muito conhecido: fixarmo-nos apenas na força do mal, deixarmo-nos paralisar pelo medo e afundarmo-nos na desesperança.

A fé é, muitas vezes, um grito

Pedro reage e, antes de se afundar completamente, grita: «Senhor, salva-me.» A fé é muitas vezes um grito, uma invocação, um apelo a Deus: «Senhor, salva-me.» Sem saber como nem porquê, é então possível perceber Cristo como uma mão estendida que sustenta a nossa fé e nos salva, ao mesmo tempo que nos diz: «Homem de pouca fé, porque duvidas?»

José António Pagola

 

 

 

Se é pra ser Feliz, Vamos ser Feliz Agora.

Bem-aventurados os que entendem quão desajeitado é meu andar e quão instável é meu pulso.

Bem-aventurados aqueles que entendem que agora meus ouvidos se esforçam para ouvir as coisas que eles dizem.

Bem-aventurados aqueles que parecem entender que meus olhos estão enevoados e meu senso de humor é limitado.

Bem-aventurados os que se escondem quando derramo o café na mesa.

Bem-aventurados aqueles que com um sorriso amigável param para conversar comigo por alguns momentos.

Bem-aventurados aqueles que entendem meus lapsos de memória e nunca me dizem "você já repetiu a mesma história duas vezes".

Bem-aventurados os que sabem despertar histórias de um passado feliz.

Bem-aventurados aqueles que me fazem saber que sou amado, respeitado e que não estou sozinho.

Bem-aventurados os que sabem como é difícil encontrar forças para carregar a minha cruz.

"BEM-AVENTURADOS OS QUE COM AMOR ME PERMITEM ESPERAR EM PAZ NO DIA DA MINHA PARTIDA"

Mari Rezi

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

O lugar da Igreja no mundo é o do Serviço! Ao serviço de Deus e ao serviço do Mundo, sem fronteiras nem preconceitos.

Já reparaste que à porta de um farol está escuro?! Assim como um farol não existe para se iluminar a si próprio, assim também a Igreja não existe em função de si própria, mas em função da difusão do Reino de Deus!

Por isso é que Jesus dizia aos seus: “Vós sois a LUZ do mundo, vós sois o SAL da terra, vós sois o FERMENTO que leveda a massa…”

Rui Santiago, Cssr


 

INFORMAÇÕES

  MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA

No próximo domingo, 20 de agosto, às 16h00 horas.

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DO GUADALUPE

MANADAS

Dia 15 de agosto - Missa às 10h00

 

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

NORTE PEQUENO

 

FESTA: dia 15 de agosto - Missa às 12h00 - Procissão às 19h00.


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Nº 1150

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Pensei

que a liberdade vinha com a idade

depois pensei

que a liberdade vinha com o tempo

depois pensei

que a liberdade vinha com o dinheiro

depois pensei

que a liberdade vinha com o poder

depois percebi

que a liberdade não vem

não é coisa que lhe aconteça

terei sempre de ir eu.

Sónia Balacó

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