Nº 1093
Dia do Pai
PAI
a tua presença constante
o olhar às vezes distante
fazem-me admirar-te
Pai
o teu abraço apertado
mãos firmes e sempre ao meu lado
Dão-me forças para caminhar
Pai
o teu sorriso ilumina
a tua voz fascina-me
acalma-me nas horas de dor
Pai
amigo, herói, companheiro,
sincero, leal, verdadeiro
o meu exemplo de amor
Pai
hoje eu quero-te agradecer
ter-me dado o dom de viver
de ser forte, crescer e lutar
Pai
quero dar-te um abraço bem forte
e sorrir bem feliz pela sorte:
ser teu filho e poder abraçar-te.
Leonardo André
MEDITAR
O drama de pôr Deus contra o ser humano
Um homem nascido cego, tão pobre que só a si próprio possui. E Jesus detém-se precisamente por ele. Chega a primeira pergunta: porquê cego? Quem pecou? Ele ou os seus pais? Jesus afasta-nos imediatamente da ideia que o pecado seja a explicação do mal, a chave-mestra da religião.
A Bíblia não dá respostas ao porquê do mal inocente, em vão se procura. Jesus também não o explica. Faz outra coisa: Ele liberta do mal, comove-se aproxima-se, toca, abraça, faz erguer. A dor, mais que explicação, quer partilha. Jesus unge uma pétala de barro sobre as pálpebras do cego, manda-o à piscina de Siloé, regressa quem nos vê: homem finalmente dado à luz.
Na nossa língua, parturir também se diz “dar à luz”. Jesus dá à luz, parture vida plena. A espinha dorsal da narrativa é uma segunda pergunta, urgente, sete vezes repetida: como é que se te abriram os olhos? Todos querem saber “como” se faz, “como” se toma posse do segredo dos olhos novos e melhores, todos sentem ter olhos inacabados.
Sabemo-lo: basta uma lágrima e deixo de ver. Quantos olhos agudíssimos vi extinguirem-se: diziam que viam bem e bastou uma lágrima, o arranhão de uma dor, e enevoaram-se, os horizontes e as estradas que desaparecem.
Diante da alegria do homem “dado à luz”, que vê pela primeira vez o sol, o azul do céu e olhos da sua mãe, até as árvores, se pudessem, dançariam; até os rios bateriam palmas, diz o Salmo. Os fariseus, não. Não veem o cego iluminado, mas apenas um artigo violado: nada de milagres ao sábado. Hoje não se salvam vidas. É o repouso santo. Tendes seis dias para te fazeres curar, não ao sábado. Ao sábado Deus quer-nos cegos!
Que religião é aquela que não olha ao bem do ser humano, mas que fala somente de si mesma, para si mesma? Uma fé que não se interessa pelo humano não merecesse que a ela nos dediquemos (cf. Bonhoeffer).
Há uma infinita tristeza nesta página. Os fariseus põem Deus contra o ser humano, e é o pior drama que pode acontecer à nossa fé, a todas as fés: mostram que é possível ser-se crente sem se ser bom; crentes e duros de coração. É fácil e é mortal.
Ao contrário, a glória de Deus não é o sábado observado, mas um mendigo que se ergue, que torna a vida plena, o ser humano finalmente promovido a ser humano (cf. P. Mazzolari). E o seu olhar que ilumina o mundo dá alegria a Deus mais do que todos os mandamentos observados.
Como ele, tornemos a ter olhos de crianças, de filhos amados: olhos abertos, olhos maravilhados, olhos gratos e confiantes, olhos esperançados, olhos que riem ou que choram com quem está diante deles; olhos, em suma, contagiados de Céu. Senhor, põe luz nos meus pensamentos, luz nas minhas palavras, luz no meu coração.
Ermes Ronchi
Conselhos de São José
Volta a olhar o tempo com inocência, como uma tarefa que as crianças conhecem melhor que tu.
Aprende a procurar a sabedoria como quem constrói uma ponte quando seria mais fácil a distância.
Aprende a elogiar a vida, que é sempre a oportunidade mais bela, em vez de a desvalorizar com desencorajamentos e lamúrias.
Aprende a transformar, no teu quotidiano, a hostilidade em hospitalidade fraterna.
Não de detenhas a condenar a obscuridade: acende no centro da vida uma estrela que dança.
Compreende que a tua é condição de guardião e não de dono, e que isto te requer, a cada instante, a disponibilidade a um amor sem cálculos nem desgastes.
Exercita a arte de permanecer com humildade ao lado dos teus semelhantes, cuidando deles com dedicação, mas sem protagonismos, sem forçar os outros a nada, mas esperando por eles com delicadeza, servindo-lhes de corrimão.
Confia na verdade dos gestos essenciais, na força destas coisas de nada que depois são quase tudo.
Que o mundo nunca te apareça como um lugar indiferente.
Que a concreta presença do amor de Deus te ilumine e faça de ti a maravilhosa transparência em que este amor se contempla.
Card. José Tolentino Mendonça
PENSAMENTO DA SEMANA
«Ando à procura de Deus», respondeu a criança quando o pai lhe perguntou porque corria ela para a Igreja.
- Mas Deus não está em todo o lado? - insiste o pai.
- Sim, Deus está em todo o lado.
- E não é sempre o mesmo onde quer que esteja?
- É, responde a criança, Deus é sempre o mesmo. Eu é que não sou o mesmo em todos os sítios…
in Abrigo dos sábios
ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO
BISCOITOS - terça-feira, 21 de março, entre as 17 horas e as 18 horas.
MANADAS - quinta-feira, 23 de março, entre as 10 horas e as 11 horas.
RIBEIRA SECA - sexta-feira, 24 de março, entre as 17 horas e as 18 horas.
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Nº 1170Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
“ENSINAR É AMAR”
"Ser professor é dar-se (...) Tens muito que fazer? – Não; tenho muito que amar. Não entendo ser professor de outra maneira. (...)
Para ser professor, também é preciso ter as mãos purificadas. A toda a hora temos de tocar em flores. A toda a hora a Poesia nos visita. O aluno acredita em nós e não deve acreditar em vão. Impõe-se-nos que mereçamos, com a nossa, a pureza dos nossos alunos; que a nossa alimente a deles, a mantenha. (...)
Sejamos a lição em pessoa – que é isso mais importante e mais eficaz que sermos o papel onde a lição está escrita; e possamos dizer sem constrangimento: Deixai-as vir a mim, as criancinhas…”
Sebastião da Gama, in Diário
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