Nº 182

ANO NOVO
A celebração do “Ano novo”, prática vivida em todas as culturas e religiões, parece responder a um desejo humano de “começar de novo”.
“O homem foi criado para que no mundo houvesse um começo”. Este pensamento de Sto. Agostinho deveria iluminar a nossa vida ao longo deste novo ano que se inicia.
Desde que o ser humano surgiu da terra e sobre a terra, o mundo criado ganhou um “novo início”.
Nós estamos reconstruindo-o incessantemente. “O ser humano é criado e é criativo”; pois é exatamente o dom de recomeçar, sempre, que nos caracteriza como humanos.
Caminhamos hoje para algo novo; somos convocados pelo futuro a realizar projetos diferentes, possibilidades novas, “coisas” que nos acenam lá de longe e nos fazem uma proposta: “re-criem-nos”; coisas que surgem sob a forma de um desejo, de uma esperança... mas que sempre dependem de nós para se tornarem concretas. Elas exigem empenho, dedicação e criatividade.
É inevitável que na existência humana se façam presentes a dor, o cansaço, a frustração, a repetição mecânica..., que ameaçam afogar as melhores expectativas. Frente a essa constatação, compreende-se a voz que brota das nossas entranhas e diz: “comecemos de novo”. A celebração do “ano novo”, neste sentido, significa a oferta de uma nova oportunidade à vida, para que ela tenha um novo sentido.
Este ano será novo se aprendermos a crer na vida de maneira nova e mais confiada, se encontrarmos gestos novos e mais amáveis para conviver com os outros, se despertarmos em nosso coração uma compaixão nova para com aqueles que sofrem.
Adroaldo Palaoro (adaptado )
MEDITAR
MARIA, A MÃE DE JESUS
Depois de um certo eclipse da devoção mariana, causado em parte por notórios abusos e desvios, os cristãos interessam-se por Maria para descobrir o seu verdadeiro lugar na experiência cristã.
Não se trata de ir a Maria para ouvir “mensagens apocalípticas” que ameaçam com castigos terríveis um mundo fundado na impiedade e na crença, pois ela oferece a sua proteção materna a quem faz penitência ou reza certas orações.
Também não se trata de fomentar uma piedade que alimenta secretamente uma relação infantil de dependência e fusão com uma mãe idealizada. Já há algum tempo a psicologia alertava-nos contra os riscos de uma devoção que falsamente exalta Maria como "Virgem e Mãe", favorecendo, não fundando ou desprezando a "mulher real" como a eterna sedutora do homem.
O primeiro critério para verificar o "cristão verdadeiro" de toda a devoção a Maria é ver se ele se volta para si mesmo ou se se abre ao plano de Deus; Se fores forçado a voltar a ter um relacionamento infantil com uma "mãe imaginária" ou se fores levado a viver a tua fé de forma adulta e responsável, seguindo fielmente a Jesus Cristo.
Os melhores esforços da mariologia atual pretendem levar os cristãos a uma visão de Maria como Mãe de Jesus Cristo, a primeira discípula de seu filho e modelo de vida autenticamente cristã.
Mais especificamente, Maria é para nós um modelo de apoio fiel de Deus a partir de uma postura de fé obediente; exemplo de atitude solícita para com o filho e de preocupação solidária com todos os que sofrem; mulher comprometida com o "reino de Deus" pregado e conduzido por seu filho.
Nestes tempos de fadiga e de declínio do pessimismo, Maria, com a sua obediência radical a Deus e a sua esperança confiante, pode conduzir-nos a uma vida cristã mais profunda e fiel a Deus.
A devoção a Maria não é, portanto, um elemento secundário para alimentar a religião de pessoas "simples", inclinadas a práticas e ritos quase "folclóricos". Aproximemo-nos de Maria, pelo contrário, coloquemo-nos no melhor lugar para descobrir o mistério de Cristo e acolhê-lo. O Evangelista Mateus recorda-nos Maria como mãe do «Emmanuel», ou seja, uma mulher que nos pode aproximar de Jesus, «o Deus connosco».
José António Pagola
Dia Mundial da Paz 2023: «Mudar o coração», o caminho do Papa para o mundo pós-Covid
O Papa Francisco convida, na sua mensagem para o 56.º Dia Mundial da Paz (1 de janeiro de 2023) a “mudar o coração”, no pós-pandemia, destacando que o impacto da Covid-19 deve reforçar o “sentido comunitário” e de fraternidade, na humanidade.
“Deixarmos mudar o coração pela emergência que estivemos a viver, ou seja, permitir que, através deste momento histórico, Deus transforme os nossos critérios habituais de interpretação do mundo e da realidade”.
A mensagem para a celebração do primeiro dia do novo ano tem como tema ‘Ninguém pode salvar-se sozinho. Juntos, recomecemos a partir da Covid-19 para traçar sendas de paz.
“Não podemos continuar a pensar apenas em salvaguardar o espaço dos nossos interesses pessoais ou nacionais, mas devemos repensar-nos à luz do bem comum, com um sentido comunitário, como um ‘nós’ abertos à fraternidade universal”, indica o Papa.
Francisco elogia a resposta do mundo da saúde e das autoridades políticas à crise provocada pela Covid-19, “empenho, nalguns casos verdadeiramente heroico, de muitas pessoas que se deram para que todos conseguissem superar do melhor modo possível o drama da emergência”.
A mensagem alude à falta de segurança laboral, solidão e um “um mal-estar geral, que se concentrou no coração de tantas pessoas e famílias”, com a pandemia, que pôs a descoberto “contradições e desigualdades” da humanidade atual.
“Hoje somos chamados a questionar-nos: o que é que aprendemos com esta situação de pandemia?”, apela o Papa.
“Não podemos ter em vista apenas a nossa própria proteção, mas é hora de nos comprometermos todos em prol da cura de nossa sociedade e do nosso planeta, criando as bases para um mundo mais justo e pacífico, seriamente empenhado na busca dum bem que seja verdadeiramente comum”, sustenta Francisco.
A mensagem conclui-se com votos de que todos possam aprender, no novo ano, a “caminhar juntos, valorizando tudo o que a história pode ensinar.
Desejo a todos os homens e mulheres de boa vontade que possam, como artesãos de paz, construir dia após dia um ano feliz”, refere o Papa.
in Agência Ecclesia
PENSAMENTO DA SEMANA
Acredita no teu SOL!
Põe a sua Luz no que fazes,
e confia o teu presente e o teu futuro a Deus...
Deixa o teu SOL brilhar no teu interior
e serás o primeiro a ser iluminado (a)!
Autor desconhecido
INFORMAÇÕES
CURSO PARA CATEQUISTAS
De 23 a 27 de janeiro, vamos ter na nossa ilha um Curso para Catequistas feito pelo Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC).
Virá a Ir. Mª Arminda Faustino, Coordenadora do Departamento da Catequese, Pe. Pedro Manuel do Secretariado do Algarve e Prof. Fernando Moita Diretor do SNEC. É bom que os catequistas da Ilha reservem, desde já, a referida semana para poderem participar neste curso muito importante para a Pastoral e Catequese da nossa Ilha.
Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº 182
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Nº 1104Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
O Amor vem de Deus e leva-nos para Deus para retornar a Ele através de nós e nos levar a todos de volta para Ele na corrente da sua infinita misericórdia.
Thomas Merton
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