Nº 1069

 

O EDUCADOR CRISTÃO, UM GUIA NO CAMINHO

 

1. Educar é acompanhar. O educador cristão acompanha aqueles que lhe são confiados e orienta-os para saírem de si mesmos e se abrirem à vida, aos outros, à fé, ao amor e à esperança. Assim, poderão alcançar o seu pleno desenvolvimento e contribuir para um mundo mais humano e fraterno. À luz do Evangelho, podemos considerar o educador cristão como uma imagem e um colaborador de Jesus, o Bom Pastor, que nos acompanha com a graça e a bondade, todos os dias da nossa vida, para ultrapassarmos os “vales tenebrosos” e seguir os caminhos da retidão. (cf. Sl 23/22, 6)

2. Acolher a riqueza pessoal do educando. Antes de mais, aquele que educa à maneira de Jesus cultiva um olhar de estima e apreço pela riqueza única da personalidade de cada educando e uma atitude solidária e cooperante no seu pleno desenvolvimento. O educador precisa, portanto, de ter estima e consideração para com cada um dos seus educandos

3. Educar com amor e para o amor. Todos desejam amar e ser amados. Educar é tocar o coração e motivar a vontade, sem deixar de esclarecer a inteligência para fundamentar a razoabilidade e a sabedoria do caminho da verdade e do bem. O coração mexe com a vontade e desperta interesse em conhecer e, por isso, o educador esforça-se por tocar o coração dos educandos para os conduzir à plenitude de vida

4. Envolver para educar juntosNuma cultura aberta e sujeita a múltiplas e complexas influências, a educação frutuosa só é possível com a colaboração conjugada de todas as instituições ou associações implicadas na Educação: Família, Escolas e outras instâncias da Igreja e da sociedade civil (movimentos católicos, associações culturais e desportivas, etc.).

5. Esta aliança educativa apresenta-se em profunda sintonia com o caminho sinodal que a Igreja se esforça por seguir na fidelidade ao Evangelho e às características da nossa cultura. Neste contexto, o educador cristão é chamado a acompanhar o seu grupo, fazendo-se presente e estando disponível para animar a participação concertada dos vários intervenientes da Educação. Numa cultura globalizada e complexa, alcançaremos melhor os frutos desejados se os educadores cristãos trabalharem unidos e conjugarem os seus esforços, sem se isolarem no seu grupo ou na sua área pastoral.

(Excerto com supressões da Nota pastoral para a Semana da Educação Cristã)

 

MEDITAR

SOMOS CRENTES?

Senhor: «Aumenta a nossa fé.» (cf. Lc 17, 5-10)

"Segundo Lucas, num momento determinado, os discípulos dizem a Jesus: “Aumenta a nossa fé”. Sentem que a sua fé é pequena e débil. Necessitam confiar mais em Deus e acreditar mais em Jesus. Não o entendem muito bem, mas não discutem. Fazem justamente o mais importante: pedir-Lhe ajuda para que faça crescer a sua fé.

A crise religiosa dos nossos dias não respeita nem sequer os praticantes. Nós falamos de crentes e não crentes, como se fossem dois grupos bem definidos: uns têm fé, outros não. Na realidade, não é assim. Quase sempre, no coração humano, existe, ao mesmo tempo e alternadamente, um crente e um não crente. Por isso, também nós que nos chamamos “cristãos” temos de nos perguntar: Somos realmente crentes? Quem é Deus para nós? Amamo-Lo? É Ele quem dirige a nossa vida?

A fé pode debilitar-se em nós sem que nunca nos tenha assaltado uma dúvida. Se não a cuidamos, pode diluir-se pouco a pouco no nosso interior para ficar reduzida simplesmente a um hábito que não nos atrevemos a abandonar, pelo sim pelo não. Distraídos por mil coisas, já não conseguimos comunicar-nos com Deus. Vivemos praticamente sem Ele.

Que podemos fazer? Na realidade, não se necessitam grandes coisas. É inútil que nos coloquemos objetivos extraordinários, pois seguramente não os vamos cumprir. O primeiro é rezar como aquele desconhecido que um dia se aproximou de Jesus e lhe disse: “Creio, Senhor, mas vem em ajuda da minha incredulidade”. É bom repeti-lo com o coração simples. Deus entende-nos. Ele despertará a nossa fé.

Não temos de falar com Deus como se estivesse fora de nós. Está dentro. O melhor é fechar os olhos e ficar em silêncio para sentir e acolher a Sua Presença. Tampouco temos de nos entreter em pensar Nele, como se estivesse só na nossa cabeça. Está no íntimo do nosso ser. Temos de procurá-lo no nosso coração.

O importante é insistir até ter uma primeira experiência, mesmo que seja pobre, mesmo que só dure uns instantes. Se um dia percebemos que não estamos sós na vida, se captamos que somos amados por Deus sem merecê-lo, tudo mudará. Não importa que tenhamos vivido esquecidos Dele. Acreditar em Deus é, antes de tudo, confiar no amor que Ele nos tem."

José Antonio Pagola

 

Em outubro vive-se o mês do Santo Rosário

 

No mês de outubro, a Igreja celebra o mês do Santo Rosário, uma oração querida por muitos santos ao longo da história e divulgada por São Domingos de Gusmão a pedido da Santíssima Virgem Maria.

Segundo a história, antigamente os romanos e gregos costumavam coroar com rosas as imagens que representavam os seus deuses, como símbolo da oferta dos seus corações. A palavra “rosário” significa “coroa de rosas”.

Seguindo essa tradição, as mulheres cristãs que eram levadas ao coliseu romano para serem martirizadas, usavam coroas de rosas nas suas cabeças, como símbolo da alegria e da entrega dos seus corações para ir ao encontro de Deus. Estas rosas eram recolhidas à noite pelos cristãos, que rezavam uma oração ou um salmo pelo eterno descanso dos mártires.

A Igreja recomendou rezar este rosário recitando os 150 salmos de David entretanto, só faziam isso as pessoas cultas, mas não a maioria dos fiéis. Diante dessa situação, sugeriu-se que aqueles que não sabiam ler, substituíssem os salmos por 150 Ave Marias, divididas em quinze dezenas. Este “rosário curto” era conhecido como “o saltério da Virgem”.

Alguns séculos depois, exatamente no ano 1208, dizem que a Virgem Maria ensinou a São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores (dominicanos), a oração do Rosário.

A Virgem apareceu-lhe segurando um rosário e ensinou-lhe a recitá-lo. Em seguida, pediu que o pregasse por todo o mundo, prometendo-lhe que muitos pecadores se converteriam e conseguiriam abundantes graças.

Alguns anos depois, em 7 de outubro de 1571, aconteceu a batalha naval de Lepanto, quando o cristianismo foi ameaçado pelos turcos. Frente ao perigo iminente, alguns dias antes, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que rezassem o rosário pedindo pelas forças cristãs.

A história conta que o Pontífice estava em Roma, resolvendo alguns assuntos, quando de repente levantou-se e anunciou que sabia que a frota cristã havia triunfado. Ordenou que tocassem os sinos e organizassem uma procissão. Logo depois, os mensageiros chegaram anunciando a vitória. Em seguida, instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, em 7 de outubro.

Um ano depois, Gregório XIII mudou o nome da festa para Nossa Senhora do Rosário e determinou que fosse celebrada no primeiro domingo de outubro (dia em que a batalha foi vencida). Atualmente, celebra-se a festa do Rosário em 7 de outubro e alguns dominicanos continuam comemorando esta festa no primeiro domingo do mês.

iMissio

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Uma das tarefas mais alegres de um educador é provocar, nos seus alunos, a experiência do espanto. Um aluno espantado é um aluno pensante...

A primeira tarefa da educação é ensinar as crianças a serem elas mesmas. (...) ensinem as crianças a tomar consciência dos seus sonhos!

A segunda tarefa da educação é ensinar a conviver.


Rubem Alves


 

INFORMAÇÕES

 

REUNIÃO DE CATEQUISTAS

MANADAS - 2ª feira, 3 de outubro, às 18h 30 na Igreja.

BISCOITOS - 3ª feira, 4 de outubro, às 18h 30 na Igreja.

RIBEIRA SECA - 6ª feira, 7 de outubro às 19 horas no passal.

CALHETA - 2ª feira, 3 de outubro, às 18h30 no passal.

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DA BOA MORTE

Domingo, dia 9 de novembro, no Instituto de Santa Catarina - Urzelina - Eucaristia às 17 horas seguida de procissão.

 


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Nº 1148

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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