Nº1057

 

Não descanses de Deus!

Em tempo de férias e de recuperar sossegos, temos tendência para cortar com as rotinas, com tudo o que nos lembra do estudo, da escola, do trabalho, dos dias intermináveis de tarefas em catadupa. 

Na verdade, o tempo de descanso deve ser encarado com tanta seriedade como se olha para o tempo de produtividade e de trabalho. Também porque vivemos mergulhados numa sociedade que parabeniza os que mais trabalham e mais produzem, sentimo-nos mal (ou culpados) quando chega o nosso tempo de descansar. Não devíamos. Devíamos permitir-nos o descanso com o espírito livre e aberto. Devíamos conseguir abraçar o descanso como abraçamos um amigo que não vemos há muito tempo. 

Enquanto abrimos espaço dentro de nós para o descanso e para o sossego, surgem os planos de verão: as idas à praia, os passeios a subir ou a descer a serra, as caminhadas ao pôr do sol, o som das pedras de gelo dentro dos copos e o som das gargalhadas que se partilham, enquanto as máscaras se poisam (brevemente) em cima da mesa da esplanada. 

No nosso tempo de descanso, de sol e de praia, podemos distrair-nos (sem querer) do essencial. Podemos esquecer-nos de que o pôr do sol ou a beleza do nascer do dia são presentes d’Aquele que vive por (e para) nós. Podemos esquecer-nos que os amigos são espelho do coração que se alegra por nós no Céu. Podemos, sem querer, esquecer-nos de Deus. Distraímo-nos e rezamos menos. Distraímo-nos e agradecemos menos. Distraímo-nos e damos menos tempo a quem nunca deixa de nos dar de si.

Enquanto contemplas esse pôr do sol maravilhoso e quente, lembra-te de Deus. 

Enquanto acordas para mais um dia e te preparas para a praia, lembra-te de Deus.

Enquanto esperas o sono, com a pele cheia de aventuras do dia que passou, lembra-te de Deus.

Descansa de tudo mas não descanses de Deus.   

Marta Arrais

 

MEDITAR

OS FERIDOS NAS VALAS

A parábola do "bom samaritano" veio do coração de Jesus, que caminhava pela Galileia muito atento aos mendigos e doentes que via nas valas das estradas. Ele queria ensinar a todos a andar pela vida com "compaixão", mas estava pensando acima de todos os líderes religiosos.

Na beira de uma estrada perigosa, um homem roubado e roubado foi deixado "meio morto". Felizmente, no caminho chega um sacerdote e depois um levita. Ambos pertencem ao mundo oficial do templo. São pessoas religiosas. Certamente terão pena dele.

Não é assim. Vendo o homem ferido, os dois fecham os olhos e os corações. Para eles é como se aquele homem não existisse: "Eles fazem um desvio e passam", sem parar. Ocupados com a sua piedade e a sua adoração a Deus, eles continuam o seu caminho. A sua preocupação não são aqueles que sofrem.

Um terceiro viajante aparece no horizonte. Ele não é um sacerdote ou um levita. Não vem do templo nem pertence ao povo escolhido. Ele é um "samaritano" desprezível. O pior pode ser esperado dele.

No entanto, vendo o ferido "o seu interior comove-se". Não demora muito. Ela aproxima-se dele e faz tudo o que pode: desinfeta as suas feridas, trata-as e enfaixa-as. Então ele leva-o na sua montaria para uma estalagem. Lá ele cuida pessoalmente dele e tenta mantê-lo cuidado.

É difícil imaginar um chamado mais provocativo de Jesus aos seus seguidores e diretamente aos líderes religiosos. Não basta que na Igreja existam instituições, organismos e pessoas que estejam junto com quem sofre. É toda a Igreja que deve aparecer publicamente como a instituição mais sensível e comprometida com aqueles que sofrem física e moralmente.

Se a Igreja não se comover nas entranhas diante dos feridos nas sarjetas, o que ela faz e o que diz será bastante irrelevante. Só a compaixão pode tornar a Igreja de Jesus hoje mais humana e credível.

José Antonio Pagola

 

“Mestre! Quem é o meu próximo?”

"Conhecem-na por “A pequenina”. Mas, como nem homens nem mulheres se medem aos palmos, esta pequenina é muito GRANDE. Nunca se cansa. Tudo pergunta. Tudo quer saber. Porque é assim que se cresce… claro! E ela sabe-o bem!

É sempre manso o seu tom de voz - quer chame a atenção a um pai ou a uma mãe, quer nos conte uma daquelas histórias mirabolantes acontecidas aos “seus pequeninos” - alguns bem maiores que ela.

Os olhos dizem a sorrir o gosto por tudo o que faz e o encantamento pela vida.

…E, lá vai ela… a casa da velhota que partiu um pé…

…Lá vem ela… da casa do pai de um amigo: - “É que o senhor precisou de companhia esta noite…”

…E lá vai ela… outra vez… visitar alguém que foi operado…

Lá vai… lá vai… lá vai…

Não há cansaço nem solidão que se atrevam a entrar no coração de uma Mulher que se vai moldando ao jeito do Amor gratuito e disponível… Para ela “a Vida é feita de NADAS” que são TUDO na vida de tantos, nadas que são presença, encontro, companhia… NADAS que preenchem as horas do coração…

Fecho os olhos e vejo desfilar, vinda “dos quatro cantos da terra” TANTA, TANTA gente assim! TANTA Gente que se deixa questionar pela Vida e segue os apelos segredados pelo Amor… 144000?

É por estas e por outras que eu acredito num Deus Andarilho, num Deus Samaritano… num Deus que sofre de claustrofobia e, por isso, FUGIDO dos Templos, anda por aí, nos becos e esquinas da Cidade dos Homens, lavando os nossos pés sujos e cansados… um Deus que, teimosamente, continua a insistir numa atitude, no mínimo estranha: - começa SEMPRE pelOS ÚLTIMOS!"

Glória Marques

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

"Acredito num Deus Andarilho, num Deus Samaritano… num Deus que sofre de claustrofobia e, por isso, FUGIDO dos Templos, anda por aí, nos becos e esquinas da Cidade dos Homens, lavando os nossos pés sujos e cansados…"

Glória Aleluia


 

INFORMAÇÕES

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO

FAJÃ DOS VIMES

Dia 16 de julho: 17 horas Missa de Festa com a bênção do Carmo seguida de Procissão.

 

CELEBRAÇÃO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - RIBEIRA SECA

No dia 13 de julho, quarta-feira, haverá celebração em louvor de Nossa Senhora de Fátima, na Ribeira Seca, às 17:30 horas com recitação do terço, eucaristia e procissão no interior da Igreja.

 

MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA

No próximo domingo, 17 de julho, às 15h30 horas.


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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