Nº 1054

 

Decálogo para as férias

Aqui ficam algumas reflexões para nos ajudar a viver estes dias.

 Respeito pela natureza

Não a prejudiques, lançando lixo em todo o lado, destruindo a flora ou maltratando a fauna e os seus espaços vitais. Na praia, na montanha, no campo… descobre na natureza a primeira carta de amor que Deus te enviou.

2. Não te envergonhes de ser cristão

Sem necessidade de fazer propaganda disso, sê capaz de dar razão da tua fé e da tua esperança, se a ocasião se proporcionar.

3. Jesus não faz férias e quer acompanhar-te nas tuas

Por isso participa na Eucaristia do domingo, onde quer que estejas. Quando entrares numa igreja, não te limites a contemplar a sua beleza ou o seu património. Procura um momento de oração, de comunicação pessoal com Jesus.

4. As férias ou dias de festa são para toda a família

Dialoga, joga, brinca, passa bem o tempo com a família, sem pressas. Sobretudo, procura momentos para escutar e falar, dado que o ritmo habitual do quotidiano não proporciona muitas vezes oportunidade para isso.

5. Sê cauteloso com a vida dos outros

A vida é um grande dom de Deus. Evita os riscos desnecessários e sê prudente ao escolher atividades.

6. Valoriza a amizade

Tens uma boa ocasião para partilhar pensamentos, opiniões, gostos e distrações com outras pessoas não habituais. Estreita a amizade com os amigos, e se tiveres oportunidade faz novas amizades.

7. Recorda sempre que outros trabalham muito para que tu possas desfrutar Essas pessoas também têm os seus direitos; respeita-os. E sê agradecido, porque um sorriso, um dizer «obrigado» com sinceridade é, muitas vezes, a melhor recompensa.

8. Descansa, mas deixa que outros também descansem

Pensa durante a noite que tu podes levantar-te tarde, mas outros fá-lo-ão muito cedo e têm direito ao seu descanso, para que possam trabalhar e servir melhor.

9. Não vale tudo

Durante o tempo livre, tempo de férias, não vale tudo. Recorda os teus compromissos, recorda a tua dignidade e a dignidade de toda a pessoa. Recorda os mandamentos.

10. Vive a caridade e a solidariedade. Pensa em quem não tem férias, porque nem sequer tem o pão de cada dia. A caridade não faz férias.

Boas férias e boas viagens!

A partir de texto de D. Francesc Pardo, Bispo de Girona, Espanha

 

MEDITAR

Que dizemos nós

Também hoje dirige Jesus aos cristãos a mesma pergunta que fez um dia aos Seus discípulos: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Não nos pergunta só para que nos pronunciemos sobre a Sua identidade misteriosa, mas também para que revejamos a nossa relação com Ele. Que Lhe podemos responder a partir das nossas comunidades?

Conhecemos cada vez melhor Jesus, ou temo-Lo “encerrado nos nossos velhos esquemas aborrecidos” de sempre? Somos comunidades vivas, interessadas em colocar Jesus no centro da nossa vida e das nossas atividades, ou vivemos presos na rotina e na mediocridade?

Amamos Jesus com paixão ou Ele converteu-se para nós numa personagem gasta a quem continuamos a evocar enquanto no nosso coração vai crescendo a indiferença e o esquecimento? Quem se aproxima das nossas comunidades pode sentir a força e o atrativo que tem para nós?

Sentimo-nos discípulos e discípulas de Jesus? Estamos aprendendo a viver com o Seu estilo de vida no meio da sociedade atual, ou deixamo-nos arrastar por qualquer reclame mais apetecível para os nossos interesses? É igual viver de qualquer maneira, ou temos feito da nossa comunidade uma escola para aprender a viver como Jesus?

Estamos aprendendo a olhar a vida como Jesus a olhava ? Olhamos a partir das nossas comunidades para os necessitados e excluídos, com compaixão e responsabilidade, ou encerramo-nos nas nossas celebrações, indiferentes ao sofrimento dos mais desvalidos e esquecidos: os que foram sempre os prediletos de Jesus?

Seguimos Jesus colaborando com Ele no projeto humanizador do Pai, ou continuamos a pensar que o mais importante do cristianismo é preocupar-nos exclusivamente com a nossa salvação? Estamos convencidos de que o modo de seguir Jesus é viver cada dia fazendo a vida mais humana e mais feliz para todos?

Vivemos o domingo Cristão celebrando a ressurreição de Jesus, ou organizamos o nosso fim de semana vazio de todo o sentido cristão? Temos aprendido a encontrar Jesus no silêncio do coração, ou sentimos que a nossa fé se vai apagando afogada pelo ruído e o vazio que há dentro de nós?

Acreditamos em Jesus ressuscitado que caminha connosco cheio de vida? Vivemos acolhendo nas nossas comunidades a paz que nos deixou em herança aos Seus seguidores? Acreditamos que Jesus nos ama com um amor que nunca acabará? Acreditamos na Sua força renovadora? Sabemos ser testemunhas do mistério de esperança que levamos dentro de nós?

 

 José Antonio Pagola, adaptado

 Deus é o porquê da confiança

Deus não é uma ideia. A fé é a certeza de que este mundo é apenas algo do qual fazemos parte, mas que é para nós. Serve para o nosso bem. A realidade não é contra o que somos, é para nosso proveito, por amor.

 Só quem não confia em nada vive longe de Deus. Talvez viva cheio de si, condenando tudo e todos. Viver desconfiado não é viver… é morrer de forma lenta e constante. Confiar é ver mistérios bons em nós e em torno de cada um dos nossos dias.

 Só confiarás nos outros, se confiares em ti, porque todos tendemos a ver fora de nós aquilo que há no nosso interior. Os inocentes tendem a ser crédulos e os culpados a ser desconfiados… ninguém é melhor do que um mentiroso para detetar outro, assim também, os que vivem de acordo com valores mais ousados reconhecem até o bem que há nos que não parecem ter nenhum.

 Procura escutar Deus. Não julgues que Ele é diferente da Vida. Conhece-te a ti mesmo e aos que vivem contigo. Ama-os. Vive e em pouco tempo descobrirás quem enche a tua vida com o seu sopro. Assim que descobrires que és uma parte essencial do mundo, terás a certeza de que és conhecido e amado, de que és mais, muito mais, do que aquilo que costumas julgar no dia a dia.

 Ainda que tudo te falhe, não perderás Deus, porque nunca deixará de confiar em ti.

José Luís Nunes Martins

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A LUZ QUE ILUMINA TUDO O RESTO

Se Deus é luz, e tantas religiões usam esta imagem para falar do divino, então Ele é o que não se vê mas faz ver. A luz não é para ser vista, é para iluminar tudo o resto. Se vejo as coisas, e as vejo em profundidade e com o seu verdadeiro sentido, escondido aos olhos comuns, então é porque algo, alguém, me faz ver. Procuras Deus? Olha para o mundo com olhos de ver.

Vasco Pinto de Magalhães, s.j.

 


 

INFORMAÇÕES

 

FESTA DO CRUZEIRO NA CALHETA

Haverá tríduo de preparação nos dias 22, 23 e 24 de junho às 19 horas, com missa.

A festa será no dia 25 de junho, com missa às 20h00 horas seguida de procissão.

 

REUNIÕES PARA PRIMEIRA COMUNHÃO E PROFISSÃO DE FÉ

Dia 20 de junho na Igreja Matriz da Calheta, às 19 horas.

 

FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - RIBEIRA SECA

Tríduo preparatório - 22 e 23 de junho, Eucaristia às 18horas e 24 de junho, Eucaristia às 19 horas.

Confissões - sexta-feira, 24 de junho, entre as 18 e as 19 horas.

  Adoração do Santíssimo, 24 de junho, entre as 18 e as 19 horas.

Eucaristia Solene, 26 de junho, às 11h30 e procissão às 12h30.

 


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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