nº 1005

Breve história de Nossa Senhora do Carmo
O Monte Carmelo fica na Terra Santa e o seu nome quer dizer jardim ou pomar. Ele é considerado sagrado desde os tempos imemoriais (cf. Is 33,9; 35,2; Mq 7,14), mas tornou-se particularmente célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18), que ali defendeu a fé do povo escolhido diante dos assédios pagãos. Elias permaneceu no Monte Carmelo, com os seus discípulos, vivendo de maneira contemplativa como eremitas.
Essa vida de oração inspirou, centenas de anos depois, já no século XI da nossa era, a fundação de uma ordem religiosa católica chamada originalmente Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, ou, abreviando, Ordem do Carmo. Nasciam assim os carmelitas.
Tempos depois, expulsos do Monte Carmelo pelos muçulmanos, os carmelitas espalharam-se por várias regiões da Europa, onde passaram por grandes dificuldades. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para a sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por causa da sua maneira de se vestir.
No século XIII, um dos superiores gerais da ordem foi São Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava no seu convento de Cambridge, na Inglaterra, São Simão pediu a Nossa Senhora um sinal de sua proteção que fosse visível também para os seus adversários. Teve então a visão em que Nossa Senhora lhe entrega o escapulário, com a promessa:
“Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e aliança sempre eterna”.
O escapulário era o avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), é uma peça do hábito que ainda hoje todo o carmelita usa. Estabeleceu-se também o escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos, após a visão de São Simão Stock. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas.
Aleteia
MEDITAR
Sem dinheiro mas com fé, sem mochila mas com amor, sem grandeza mas com humildade
Chamou a si os doze e começou a enviá-los (Marcos 6, 7-13). De cada vez que Deus te chama, põe-te em viagem. O nosso Deus ama os horizontes e o saibro. Dois a dois: porque dois não é simplesmente a soma de um mais um, é o início do nós, a primeira célula da comunidade.
Ordenou-lhes que não levassem mais que um cajado. Só um cajado a sustentar o cansaço e um amigo sobre o qual apoiar o coração. Nem pão, nem alforge, nem dinheiro, nem duas túnicas. Serão diariamente dependentes do Céu.
Vê-os avançar pelas curvas da estrada, parecem mendigos debaixo do céu de Abraão. Gente que sabe que o seu segredo está para além deles, «anunciadores infinitamente pequenos, porque só assim o anúncio será infinitamente grande» (G. Vannucci).
Mas se virmos melhor, podemos notar que além do cajado levam algo: um frasco de óleo à cintura. É uma peregrinação de mansidão e que cura, de corpo em corpo, de casa a casa. A missão dos discípulos é simples: são chamados a levar a vida por diante, a vida frágil: ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos.
Ocupam-se da vida, como o profeta Amós, expulsam os demónios, tocam os doentes e as suas mãos dizem: «Deus está aqui, está próximo de ti, com amor». Viram com Jesus como se tocam as chagas, como da dor nunca se foge, aprenderam a arte da carícia e da proximidade.
E proclamavam a conversão: converter-se ao sonho de Deus: um mundo curado, vida sem demónios, relações que se tornem harmoniosas e felizes, um mundo de portas abertas e brechas nos muros. As suas mãos sobre os doentes pregam que Deus já está aqui. Está junto de mim com amor. Está aqui e cura a vida. Francisco advertia os seus frades: pode pregar-se também com as palavras, quando não resta mais nada.
Se em algum lugar não vos acolherem e não vos escutarem, ide-vos embora e sacudi a poeira debaixo dos vossos pés como testemunho para eles. Jesus prepara-os também para o insucesso e para a coragem de não capitularem.
Como os profetas, que acreditam na Palavra de Deus mais ainda do que na sua realização: Isaías não verá a virgem dar à luz, nem Oseias verá Israel a ser conduzido de novo ao deserto do primeiro amor. Mas os profetas amam a Palavra de Deus mais ainda que os seus sucessos.
Os doze têm a mesma fé dos profetas: acreditam no Reino bem antes de o verem instaurar-se. O ideal neles conta mais do que aquilo que dele conseguem realizar.
Belíssimo Evangelho, onde emerge uma tripla economia: da pequenez, da estrada, da profecia. Os doze vão, os mais pequenos dos mais pequenos; pela estrada que é livre, que é de todos, que nunca se detém e que te impele; vão, profetas do sonho de Deus: um mundo totalmente curado.
Ermes Ronchi
Oração a pedir o bom humor
Dai-me, Senhor, uma boa digestão,
mas também qualquer coisa para digerir.
Concede-me a saúde do corpo e o necessário
bom humor para mantê-la.
Dai-me, Senhor, uma alma simples,
que saiba aproveitar tudo o que é bom
e não se assuste demasiado perante o mal,
mas encontre maneira de recolocar
as coisas no lugar devido.
Dai-me uma alma que não fique refém do tédio
nem de resmungos, impaciências ou lamentações,
e não permitais que me atormente
para lá do razoável
com essa coisa turbulenta chamada “eu”.
Dai-me, Senhor, um sentido de humor apurado
e a capacidade de receber o que aí vem a sorrir
vivendo o que me cabe com alegria
e partilhando-a sem custos acrescidos
com os outros. Ámen.
Oração escrita por São Tomás More
e rezada diariamente pelo Papa Francisco
PENSAMENTO DA SEMANA
Senhor, dá-nos a alegria de viver a nossa vida, não como um jogo de xadrez; onde tudo é calculado;
não como uma competição onde tudo é difícil;
não como um teorema que nos quebra a cabeça,
mas como uma festa sem fim onde o nosso encontro se renova,
como um baile, uma dança, entre os braços da tua graça, na música universal do teu amor.
Senhor, vem tirar-nos para a dança.
Madeleine Delbrêl
INFORMAÇÕES
FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
FAJÃ DOS VIMES
Dia 16 de julho: 19h Missa de Festa com a bênção do Carmo seguida de Procissão.
MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA
No próximo domingo, 18 de julho, às 15h30 horas.
CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA
A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na Clínica da Instituição a Dr.ª Paula Pires, Neurologista e neuropediatra, em 20, 21, e 22 de julho; Dr. Tiago Ribeiro, osteopata, em julho; Dr.ª Renata Gomes, Cardiologista, em julho; Dr. Brasil Toste, Otorrinolaringologista, 6 de agosto; Dr.ª Lourdes Sousa, Dermatologista, em finais de agosto; Elisabel Barcelos, Psicóloga Clinica e Formadora, nas áreas de avaliação Psicológica de Condutores (Testes psicotécnicos), Avaliação Psicológica, acompanhamento Psicológico e formação em temas ligados à Saúde Mental e /ou Psicologia, quartas-feiras; Paula Ribeirinho, Terapeuta da Fala às segundas e quartas-feiras.
Os interessados podem fazer as suas marcações para os números 295460111 ou por email: abvc.geral@gmail.com.
Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: nº 1005
Agenda Pastoral
Destaque
Mais Recente Carta Familiar em PDF!
Nº 1130Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
- Avô.
- Sim.
- Porque é que se põe a estrela no cimo do pinheirinho?
- Para não nos esquecermos daquilo que é realmente importante. Repara: o pinheirinho está lindo com as bolas e as fitas e as luzinhas a piscar, mas sem a estrela ficaria triste. A estrela é a luz verdadeira. O pinheirinho é como a nossa vida. Pode não haver nem bolas nem fitas nem luzinhas a piscar, mas é a luz verdadeira que dá sentido ao nosso caminho. O pinheirinho pode não ter bolas nem estrelas nem luzinhas a piscar, mas se tiver uma estrela no cimo será sempre um verdadeiro pinheiro de Natal.
Lado-a-lado
Os nossos Links
Ouvidoria de São JorgeFAJÃS Grupo de Jovens
Cartas Familiares Anteriores
Visitas
Ver Estatísticas