Nº 965
Em outubro vive-se o mês do Santo Rosário
No mês de outubro, a Igreja celebra o mês do Santo Rosário, uma oração querida por muitos santos ao longo da história e divulgada por São Domingos de Gusmão a pedido da Santíssima Virgem Maria.
Segundo a história, antigamente os romanos e os gregos costumavam coroar com rosas as imagens que representavam os seus deuses, como símbolo da oferta dos seus corações. A palavra “rosário” significa “coroa de rosas”.
Seguindo essa tradição, as mulheres cristãs que iam para o coliseu romano para serem martirizadas, usavam coroas de rosas nas suas cabeças, como símbolo da alegria e da entrega dos seus corações para ir ao encontro de Deus. Estas rosas eram recolhidas à noite pelos cristãos, que rezavam uma oração ou um salmo pelo eterno descanso dos mártires.
A Igreja recomendou rezar este rosário recitando os 150 salmos de Davide, entretanto, só faziam isso as pessoas cultas, mas não a maioria dos fiéis. Diante dessa situação, sugeriu que aqueles que não sabiam ler, substituíssem os salmos por 150 Ave Marias, divididas em quinze dezenas. Este “rosário curto” era conhecido como “o saltério da Virgem”.
Alguns séculos depois, exatamente no ano 1208, dizem que a Virgem Maria ensinou a São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores (dominicanos), a oração do Rosário.
O santo espanhol estava no sul da França, lutando contra a heresia albigense. Um dia, na capela que estava em Prouille, implorou a Nossa Senhora que o ajudasse, pois sentia que não estava a conseguir quase nada.
A Virgem apareceu-lhe segurando um rosário e ensinou-o a recitá-lo. Em seguida, pediu que o pregasse por todo o mundo, prometendo-lhe que muitos pecadores se converteriam e conseguiriam abundantes graças.
São Domingos de Gusmão deixou a capela cheio de entusiasmo com o rosário na mão. E, efetivamente, levou-o por todas as partes e muitos albigenses voltaram à fé católica.
Alguns anos depois, em 7 de outubro de 1571, aconteceu a batalha naval de Lepanto, quando o cristianismo foi ameaçado pelos turcos. Frente ao perigo iminente, alguns dias antes, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que rezassem o rosário pedindo pelas forças cristãs.
A história conta que o Pontífice estava em Roma, resolvendo alguns assuntos, quando de repente levantou-se e anunciou que sabia que a frota cristã tinha triunfado. Ordenou que tocassem os sinos e organizassem uma procissão. Logo depois, os mensageiros chegaram anunciando a vitória. Em seguida, instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, a 7 de outubro.
MEDITAR
Oito aspetos que me atraem no perfil dos catequistas
Na Igreja, todos são catequistas - porque a missão dos batizados é anunciar e testemunhar com a vida o Evangelho, para que os ouvintes acreditem que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o Salvador do mundo e, acreditando, tenham a vida em seu nome (ver Evangelho segundo São João 20, 31).
Os catequistas são como Cristo, quando Ele se junta aos discípulos, caminhando passo a passo com o seu grupo.
Os catequistas acompanham as crianças e/ou os adultos – que são discípulos de Jesus Cristo, tal como eles e elas –, na descoberta da Palavra de Deus, que não é uma história para contar, mas pessoas divinas com quem conversar e conviver.
Os catequistas apresentam Jesus como quem vai fazer a diferença na vida das pessoas, pois Ele já o fez na vida deles e delas, e têm observado como Ele modifica a vida dos outros.
Os catequistas, as crianças e os adultos dão testemunho da Fé em Igreja, tornando-se um sinal para os que não são crentes, convidando-os a refletir, questionar e entender a Boa Nova de Deus.
Os catequistas, quando preparam um encontro, deixam-se desafiar e renovar por Deus e pela Sua Palavra. Para isso, oram e estudam o que diz a Igreja, para entender as perguntas da sociedade e estar bem preparados para dar respostas.
Os catequistas colocam-se ao serviço da Palavra de Deus, alimentam-se quotidianamente desta Palavra, de modo a comunicá-la a outros e com outros, com eficácia e credibilidade.
Os catequistas agem em Igreja, em comunidade, testemunhando, em diferentes situações, e de múltiplas formas, o amor inesgotável de Deus, que veio para nos fazer ser uma grande família solidária e feliz.
Os catequistas não esquecem, especialmente nos dias de hoje, num contexto de oposição religiosa ou indiferença, que a sua palavra é sempre um primeiro anúncio, ou seja, é apresentar aos outros um grande e surpreendente amigo, que se chama Jesus.
Publicado por Ferando Félix Ferreira
Do olhar límpido e sereno
Precisamos de recuperar a pureza: a de pensamentos e intenções. A dos atos.
A adultez pode tirar-nos a capacidade de ver no outro um igual, uma irmã e um irmão. Um semelhante.
As crianças olham tudo com encanto. Nada nem ninguém é ameaça. Por isso os vemos tão frágeis: uma mão que se coloca num lume a arder sem conhecer o risco, um abraço num cãozito, o chapinhar nas poças de água até à constipação, um lego que se mete à boca sem saber da possibilidade de se engasgar …não tendo a noção do perigo, as crianças oferecem-nos a possibilidade de um olhar puro.
Crescemos e criamos defesas. Umas boas e outras menos boas. Poderemos ficar demasiadas vezes de pé atrás, morrendo por dentro e nas nossas relações, por overdose de desconfiança.
Emociono-me sempre quando passo por uma criança e ela sorri-me ou acena sem me conhecer de lado nenhum. A inocência tem disto.
Precisamos de recuperar a pureza. Aquela que nos coloca diante de um outro com a confiança de quem quer acolher e não com o medo de que o outro se converta numa ameaça.
Precisamos de olhares límpidos e serenos para que a realidade do mundo se vista de cores e de esperança.
Teresa de Liseux fala-nos que na perfeição há muitos graus. Porque não eleger o espaço da perfeição que a todos acolhe e integra, como se uma só pessoa existisse no mundo? Formados da mesma matéria – carne e osso -, tocamos o mesmo chão, vivenciamos a vulnerabilidade e a finitude, respiramos do mesmo ar e sentimos o calor do mesmo sol.
A adultez, mais do que uma condição, pode transformar-se numa doença.
Precisamos de recuperar o encanto e a pureza.
Cristina Duarte
PENSAMENTO DA SEMANA
Sê criativo na forma como levas alegria
à vida das pessoas que vais encontrando.
As rosas que fazes florescer para os outros
não perfumam apenas a vida delas.
Também inebriam a tua.
Também enchem o teu coração de amor e alegria.
Sempre que te aproximas dos outros,
há algo em ti que se agita,
que te faz sentir livre e expansivo.
Anselm Grün
INFORMAÇÕES
CLÍNICA DENTÁRIA Dra. SÍLVIA
Informa que vão dar consultas: Dra. Sílvia Dionísio até 27 de outubro; de 9 a 6 de novembro e de 9 a 21 de dezembro. Dr. Tiago Sousa 9 e 10 de outubro; 2, 3 e 4 de novembro e 2, 3 e 4 de dezembro. No dia 23 de outubro, cirurgias com o Dr. António Mano Azul e Dr. Gonçalo Costa.
As marcações podem ser feitas através dos números 295460114 e 917842476
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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