Nº 964
O QUE É UM GESTO DE AMOR?
O amor exige-nos que não sejamos egoístas nem orgulhosos, pelo que a primeira das condições para uma obra de amor é que ela tenha apenas o outro em vista. Nunca devemos usar o outro para nos exibirmos, nem mesmo para nós mesmos.
A vaidade é um vício de quem procura aprovação no olhar dos outros e deseja que pensem bem a seu respeito. Criar esta cortina de ilusão é algo muito comum em quem não tem nada para mostrar. O orgulho é outro vício de quem se considera superior aos outros. É um caminho para a desgraça, porque o orgulhoso anda sempre sozinho.
Os nossos gestos de amor não devem servir para impressionar alguém; devem ser um movimento de generosidade que leva algo bom de nós ao outro.
Amar é dar-se, entregar o melhor de nós, para o bem de quem amamos.
O amor constrói-se com pequenas ações, não com gestos grandiosos e corajosos. A sua grandeza reside na subtileza das escolhas simples e corajosas – porque se acredita que o caminho é longo e tem de se fazer dia a dia, todos os dias, cada dia de forma diferente.
Qualquer gesto de amor, por mais pequeno que pareça, é grande.
O amor é atento. Quando só a felicidade do outro me faz feliz, preciso saber em que posso ajudá-lo de forma concreta. E não há dois dias iguais. Talvez haja momentos em que é preciso fazer algo maior, mas nos demais a presença e o silêncio são tão simples quanto valiosos e… difíceis de cumprir.
O sentido da vida consiste em encontrar e percorrer o caminho que sai de mim e me leva ao coração do outro, para que à janela do seu íntimo eu veja o mundo através do seu olhar. E em abrir-me ao outro com confiança… para que, ultrapassados os meus medos, o amor transforme as nossas duas fragilidades numa força capaz de lutar todos os dias por uma só felicidade, maior do que nós dois!
MEDITAR
AS COISAS NEM SEMPRE SÃO O QUE PARECEM
Esta é uma das parábolas mais claras e simples. Também a mensagem é clara e fora de toda a discussão. Diante de Deus, o importante não é «falar», mas fazer; o decisivo não é prometer ou confessar, mas cumprir a Sua vontade.
As palavras de Jesus não têm nada original. O original é a aplicação que, de acordo com o evangelista Mateus, Jesus lança aos líderes religiosos da sociedade: «Eu vos asseguro: os publicanos e prostitutas vão à vossa frente no caminho do reino de Deus». Será verdade o que diz Jesus?
Os escribas - modelo e símbolo dos que redigem as leis para o povo, e dos moralistas - falam constantemente da lei e o nome de Deus está sempre nos seus lábios.
Os sacerdotes do templo louvam a Deus sem descanso; as suas bocas estão cheias de salmos.
Ninguém duvidaria que estão a fazer a vontade do Pai.
Mas as coisas nem sempre são como parecem.
Os cobradores de dívidas e prostitutas não falam a ninguém de Deus. Há muito que esqueceram a Sua lei. No entanto, segundo Jesus, vão à frente dos sumo-sacerdotes e escribas no caminho do reino de Deus.
Que podia ver Jesus naqueles homens e mulheres desprezados por todos? Talvez um coração mais aberto a Deus e mais necessitado do Seu perdão. Quem sabe uma compreensão e uma proximidade maior com os últimos da sociedade. Talvez menos orgulho e prepotência que a dos escribas e sumo sacerdotes.
Hoje e sempre, a verdadeira vontade do Pai é cumprida por aqueles que traduzem em atitudes o Evangelho de Jesus, que agem por bondade e não por maldade, que procuram o bem, e não a mera satisfação, que aspiram à vivência dos tesouros espirituais, como o amor, e não se contentam com os valores materiais
José Antonio Pagola
Confiar é ter paz, apesar das estações.
Confiar é não lançar ao mar seus princípios, ainda que a tempestade esteja a naufragá-lo.
Confiar é perceber a supremacia do amor, no alarde de todos os fracassos.
Confiar é ter liberdade para confessar-se desconfiado de um Pai que acolhe como se nada soubesse.
Confiar é perceber que as setas da verdade vem para dentro daquele que a busca, não serve como arma contra os outros, muito menos como bordão para os militantes da boa moral.
Confiar é maior. Confiar é um campo. Um alargamento. Um lugar para estar, é ar, grandeza, liberdade. Confiar é consciência. Confiar é temer, chorar, perder, deixar de ser.
Confiar é permanecer nas tentativas de apreender o que é invisível aos olhos abertos, mas tão real para quem enxerga claro com os olhos fechados.
Excerto de um belíssimo texto de Francieli Battiston
PENSAMENTO DA SEMANA
Quem anda atrás da alegria dificilmente se alegra. A alegria é um dom, porque acontece enquanto fazemos outras coisas. Brota misteriosamente enquanto nos damos com generosidade e nos entregamos sem reservas. Quando saímos fora de nós; quando nos pomos fora do nosso casulo e nos damos a pessoas e nos entregamos a causas. Quando nos pomos a entregar a nossa vida...
INFORMAÇÕES
FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - RIBEIRA SECA
Festa - dia 4 de outubro, Eucaristia de Festa às 12 horas.
REUNIÕES PARA PREPARAR A ABERTURA DA CATEQUESE
Norte Grande - dia 30 de setembro às 19 horas.
Norte Pequeno - dia 30 de setembro às 18 horas.
Calheta - dia 1 de outubro às 19 horas no Passal.
ABERTURA DO ANO PASTORAL
Dia 4 de outubro nas Eucaristias de Manadas, Biscoitos e Ribeira Seca.
CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA
A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na Clínica da Instituição o Dr. Tiago Ribeiro, osteopata (massagem terapêutica), mês de setembro; Dr.ª Renata Gomes, Cardiologista, mês de outubro; Dr. Brasil Toste, Otorrinolaringologista, 12 de outubro; Dr.ª Paula Pires, Neurologista e neuropediatra, em dezembro; Dr.ª Lourdes Sousa, Dermatologista em fevereiro; Elisabel Barcelos, Psicóloga Clinica e Formadora, nas áreas de avaliação Psicológica de Condutores (Testes psicotécnicos), Avaliação Psicológica, acompanhamento Psicológico e formação em temas ligados à Saúde Mental e /ou Psicologia, quintas e sextas-feiras.
Os interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110/ 295460111 ou por mail: abvc.geral@gmail.com.
Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº 964
Agenda Pastoral
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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