Nº 961

 

Regresso às aulas: Ler, escrever e fazer contas

 

Um novo ano escolar está prestes a começar e é fácil imaginar o estado de ânimo de muitos estudantes. Um misto de expetativa, estremecimento, talvez até preocupação.

 

Por um lado, a tristeza por deixar para trás as férias, o muito tempo livre e o divertimento, por outro o desejo de rever os companheiros com os quais se viverá lado a lado nos próximos meses.

 

Qualquer que seja a escola e o grau, a aventura que se inicia, ou que recomeça, é daquelas que permanecerão impressas por toda a vida, marcá-la-ão. Interessante!

 

Os votos que podemos fazer como adultos aos estudantes, mas que funcionam também como pró-memória para nós, é o de não desperdiçar esta ocasião. Vivê-la plenamente.

 

Antes dizia-se que a escola deve ensinar a ler, a escrever e a fazer contas. Com certeza que a escola é muito mais, não é apenas alfabetização. Mas nessas palavras está o essencial.

 

Aprender a ler para poder formar-se e informar-se, numa realidade cada vez mais complexa, que por vezes desorienta. Ler o mundo que está à nossa volta e lermo-nos a nós mesmos no mundo.

 

Aprender a escrever para colocar em ordem os pensamentos, para comunicar com os outros. Num mundo em que todos falam e ninguém escuta, aprender a escrever é também adquirir o espaço e o tempo para dizer alguma coisa que vá além dos tweets e posts das redes sociais.

 

E fazer contas, para dar valor às coisas. Às pessoas. Saber juntar e unir, saber subtrair e renunciar quando é preciso, multiplicar os próprios talentos, colocando-os a dar fruto e a dividir pelos outros.

 

Boa escola!

  Walter Lamberti

 

MEDITAR

 

Recomeçamos!

Ainda como quem não sabe por onde é o caminho, recomeçamos.

 

O verão atravessou-nos de luz como se uma janela se tivesse aberto do lado de dentro do coração.

 

Vivemos o pico do verão como quem viveu, também, a primavera.

 

Uns meses antes, todas as flores pareciam ter desaparecido da face da terra e tudo em redor parecia demasiado difícil, escuro, inacreditável.

 

Depois, chegou agosto e as tempestades que trazíamos presas aos olhos começaram a secar. Era como se o Sol e o Céu nos tivessem dado umas pequeninas tréguas para recuperar forças, fôlego e fé.

 

Não me esqueci (nem me esqueço) daqueles para quem a primavera e o verão ainda não chegaram. A doença. A morte. A perda. As saudades. As ausências.

 

Para muitos, ainda será inverno de neve e de gelo ou outono de vento que nos faz cair as folhas das árvores que (nos) habitam debaixo da pele.

 

Ainda assim, a pouco e pouco, recomeçamos e ousamos tirar os olhos do chão.

 

Começamos de novo como quem foi forçado a nascer outra vez. Como quem foi impelido a aprender a viver num mundo tão diferente do que era.

 

Ainda assim, permitimos que o Sol faça casa em nós e nos acenda a luz que precisarmos para ver e andar melhor.

 

Começamos de novo como quem sabe que ainda há futuro. Que ainda há esperança. Que ainda há barcos para chegar. Que ainda haverá dias que nos farão tremer de alegria. Que nascerão folhas novas. Que ainda havemos de dar as mãos outra vez sem que nos sintamos envenenados. Que ainda havemos de nos abraçar até sentir os ossos. Que ainda havemos de brindar ao que passou.

 

Começamos outra vez como quem sabe que as batalhas não acabaram. Que a espada ainda não está cravada no coração do dragão.

 

E assim, enquanto não vencemos a guerra, que saibamos deixar (só) paz por onde passarmos.

 

Recomeçamos?

Marta Arrais

 

AMO A LIBERDADE...

... de poder percorrer caminhos diferentes, de poder escolher por onde ir...

Os caminhos levam sempre a algum lugar, dão-nos perspetivas diferentes, rumos novos, experiências desafiantes e proporcionam-nos aventuras inesquecíveis.

Sou fã da Natureza e de tudo o que ela proporciona e dá.

Todos os dias encontro coisas novas, novos sons, novas flores, novos aromas... é como se, em cada manhã, houvesse um novo começo.

Amo a liberdade de poder olhar em várias direções, de poder parar para contemplar a beleza das coisas mais simples... e delicio-me, fico mesmo extasiada com a minúcia do que, normalmente, não temos tempo (nem paciência) de apreciar. Há pormenores que nos passam ao lado e, quando reparamos neles, sentimos que a vida é um dom bem maior do que aquilo que podemos imaginar.

Amo a liberdade de poder escutar múltiplos sons, melodias variadas, mas também opiniões diversas...

Escutar é diferente de ouvir. Escutar implica "mastigar" o que se ouve, interiorizar para poder discernir.

Escutar ensina a gerar opiniões sensatas, a evitar comportamentos impulsivos... porque escutar requer tempo e esse faz-nos pensar e educa-nos o ser.

Amo a liberdade de Viver em Liberdade e Amo a liberdade de poder Amar sem medida...

Eugénia Pereira

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 Só quando o coração do homem tiver encontrado esse manancial eterno de riquezas divinas, poderá renunciar, perfeitamente, aos bens que dividem os homens entre si.

É preciso que descubra a força do amor que encontra a sua origem em Deus.

É preciso que descubra o amor infinito de Deus por todos os homens,

e que depositem n

Ele toda a sua confiança.

É preciso que expurgue a religião de todos e qualquer elemento de hipocrisia,

é preciso que viva o essencial da mensagem de Jesus: a abertura ao Espírito Santo,

a compaixão pelos fracos e aflitos, pelos inimigos,

a renúncia a todo o julgamento ou condenação dos outros.

Jean Vanier, in Novas perspetivas do amor

 


 

INFORMAÇÕES

 

                            FESTA DE NOSSA SENHORA DE LURDES

FAJÃ DOS CUBRES

Festa - 13 de setembro:

          - Eucaristia de festa às 11 horas, a seguir as arrematações.

 

                       FESTA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO

BISCOITOS

Festa - 3 de setembro:

- Eucaristia de festa às 12 horas, a seguir as arrematações.


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Jesus veio ensinar-nos a conhecermo-nos tais como somos,
com a nossa vocação profunda para o amor,
com todos os nossos dons,
com toda a beleza que está em nós,
mas também com tudo o que está ferido,
com tudo o que é frágil,
com tudo o que é pobre.

Jean Vanier, in A Fonte das Lágrimas

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