Nº 949

 

A devoção a Santo António

O fascínio exercido por António durante a sua vida terrena como pregador itinerante, sábio e santo espalhou-se após a sua morte e canonização, sobretudo no Norte de Itália e Sul de França. No entanto, este fenómeno levou dois séculos a atingir o resto da cristandade. Santo António começou por ser venerado, pela Europa, nos conventos, eremitérios e igrejas onde os Frades Menores estavam estabelecidos. A Portugal a fama da sua santidade só chegou depois da sua canonização. Mas conta-se nas «Florinhas de Santo António» no mesmo dia em que o Papa Gregório IX canonizava Santo António em Itália, em Lisboa os sinos de toda a cidade tocaram, sem que ninguém os estivesse a tanger. Pouco tempo depois, a notícia chegou à capital portuguesa e a cidade dedicou a Santo António o Altar-mor da Catedral e começou a celebrar-se todos os anos com grande solenidade o dia 13 de junho.

 

Assim, durante os séculos XIII e XIV, Santo António é venerado em Lisboa, sua cidade natal e nalguns mosteiros portugueses dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, com os quais estudou e viveu, professando a mesma forma de vida, antes de se fazer Franciscano. É venerado também na diocese de Pádua e nas igrejas franciscanas, um pouco por todo o lado.

 

No século XV, o movimento dos espirituais, que se emancipava dentro da Ordem dos Frades Menores, levou Santo António para outros lugares da Europa, onde ainda não era conhecido, o que contribuiu decisivamente para aumentar o culto e veneração a este Santo. Nos séculos XVI, XVII e XVIII, as viagens marítimas dos navegadores portugueses, espanhóis e italianos levaram a sua fama às terras de África, América e Ásia. Normalmente as expedições marítimas contavam com a presença de alguns missionários, que, quando eram Franciscanos, se encarregaram de implantar a devoção antoniana nas terras onde desembarcavam.

 

O aparecimento da imprensa não só veio contribuir para a divulgação em larga escala da sua vida. As pinturas e esculturas dos artistas mais célebres foram reproduzidas em gravuras e, multiplicadas aos milhares, eram distribuídas nos santuários antonianos mais importantes, para responderem ao desejo dos devotos.

 

Por ocasião das comemorações do sétimo centenário, na última década do século XIX, Santo António atinge o máximo da sua popularidade. Nesta ocasião, para além das outras manifestações de piedade começou a sublinhar-se o aspeto social do Santo. A bênção do pão de Santo António e a sua distribuição aos pobres generaliza-se por todos os países, o que faz com que quase todas as representações do Santo feitas no século XX o apresentem com um Alforge de pão para distribuir aos pobres, embora conservem outros símbolos tradicionais.

Acácio Sanches

 

MEDITAR

Recantos de uma vida

 

Ajuda-me, Senhor, a rezar os recantos vazios de uma vida cheia.

Vida que me dás em abundância e que renovas a cada dia.

Vida que consolas na tristeza, que acompanhas na solidão,

Que sustentas na fraqueza e que animas no cansaço.

 

Vida que chora, que ri, que grita e que emudece,

Vida que nem sempre compreende os teus caminhos

E que tantas vezes hesita, tropeça e duvida.

 

Vida que às vezes não te reconhece

A caminho da Emaús do orgulho e dos projetos pessoais.

Vida que, errante e desanimada, teimosamente se afasta

Da Jerusalém da tua vontade e da generosidade do teu amor.

 

Amor das surpresas e do oportuno e incisivo sentido de humor,

Amor que vem ao meu encontro, que se faz alimento no pão repartido,

Amor que se fez Palavra e que comigo faz memória

Da história que contamos juntos.

 

Palavra que desperta este coração “lento de espírito” (Lc 24, 25),

Que o questiona, interpela, converte e ressuscita

Das trevas sepulcrais em que, de tempos em tempos, habita.

 

Vida transfigurada que derramas sobre mim,

Quando contrito te procura o meu coração.

Coração que bate assustado por ser desconfiado,

Mas que sempre encontra misericórdia e perdão,

Quando repousa reconciliado e abrasado no teu.

 

Vida imperfeita, mas profundamente agradecida

Por tudo quanto me tens dado a viver.

O doce do mel e o amargo do fel ganham novo sentido

Quando contemplo a cruz da tua paixão.

 

Reza comigo, Senhor, os recantos vazios de uma vida cheia,

Recantos que iluminas com a alegria pascal

Da vida que entregaste por mim.

Vida nascida numa primavera florida e que ainda tem tanto para aprender.

 

Raquel Dias

 

CONTO (687)

A Verdade e a Parábola, um conto judaico

Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como o seu próprio nome.

Todos os que a viam lhe viravam as costas, por vergonha ou medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.

Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

Uma tarde, muito desconsolada e triste, Verdade encontrou Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

– Verdade, porque estás tão abatida? – perguntou Parábola.

– Porque devo ser muito feia e antipática, já que os pessoas me evitam tanto! – respondeu a amargurada Verdade.

– Que disparate! – Parábola sorriu. – Não é por isso que as pessoas te evitam. Toma. Veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.

Então, Verdade vestiu algumas das lindas vestes de Parábola, e, de repente, por toda a parte onde ela passava, Verdade era bem acolhida e festejada.

Moral da história: As pessoas não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Elas preferem-na disfarçada.

Publicado por Fraternitas Movimento

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A oração salvou-me a vida. Sem a oração teria ficado muito tempo sem fé.
Ela salvou-me do desespero. Com o tempo a minha fé aumentou e a necessidade de orar tornou-se mais irresistível…
A minha paz muitas vezes causa inveja. Ela vem-me da oração.
Eu sou um homem de oração.
Como o corpo se não for
lavado fica sujo, assim a alma sem oração se torna impura.

M. Gandhi

 


 

INFORMAÇÕES

 MISSA DA FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Manadas - 5ª feira, 18 de junho, às 11 horas.

Ribeira Seca - 6ª feira, 19 de junho, às 18 horas.

 

ARREMATAÇÃO

Informa-se os interessados que no próximo domingo, 21 de junho, depois da Missa do meio dia, na Ribeira Seca, haverá a arrematação de um bezerro de 4 meses.

 

MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA

No próximo domingo, 21 de junho, às 16:00 horas.

 

CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na Clínica da Instituição o Dr. Brasil Toste, Otorrinolaringologista, final de junho ou princípio de julho; Dr.ª Maria Graça Almeida, ginecologista e obstetra, data por estabelecer; Dr.ª Renata Gomes, Cardiologista, em junho; Dr.ª Paula Pires, Neurologista e Neuropediatra, em agosto; Dr.ª Alexandra Dias, Pediatra, data por estabelecer; Dr. Tiago Ribeiro, osteopata (massagem terapêutica), data por estabelecer; Dr.ª Lourdes Sousa, Dermatologista, em agosto; Dr.ª Paula Ribeirinho, terapeuta da fala, às segundas e quartas feiras; Elisabel Barcelos, Psicóloga Clinica e Formadora, nas áreas de avaliação Psicológica de Condutores (testes psicotécnicos), Avaliação Psicológica, acompanhamento Psicológico e formação em temas ligados à Saúde Mental e /ou Psicologia, quintas e sextas-feiras; Dr. Rui Amaral, Imagiologista e Radiologista, data por estabelecer; Dr. Carlos Aguilar, Oftalmologista, data por estabelecer.

Os interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110/ 295460111.


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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