Nº 941

 

O amor é discreto e sincero

As pessoas parecem gostar muito de fogos de artifício, em tudo. No entanto, o verdadeiro amor é modesto na sua forma, apesar da força do seu interior.

 

Estamos a ser cada vez mais impacientes, queremos alcançar os nossos fins sem demora. Tornámo-nos incapazes de esperar e, menos ainda, de tirar benefícios de cada espera. Afinal, apesar de não ser evidente, o amor precisa de tempo, trabalhando de forma recatada, mas firme, enquanto admira a fé de quem o espera com certeza e em sossego. Querer tudo agora é uma inquietação que desrespeita o real valor dos sonhos.

 

A paciência do amor implica que saibamos esperar, procurando os sinais subtis da sua chegada nos mais ínfimos pormenores do que nos rodeia. Sem nos deixarmos perturbar quando nada vemos.

 

A cada primavera, os jardins enchem-se de flores, sem que ninguém as veja chegar.

 

A sensatez do amor pede que sejamos sempre verdadeiros.

 

A falta de sinceridade, ainda que nas mais pequenas coisas, é causa de arrefecimento nas ligações humanas. Quem falta à verdade tende a distanciar-se. Muitos são os que mentem como forma de dar início interior ao processo de acabar com a relação, sendo que alguns o fazem antes mesmo da relação ter começado de facto. Uma espécie de traição a si mesmos e ao outro, antes de que isso se julgue possível.

 

A sinceridade implica que confiemos no outro, que valorizemos o que parece ser insignificante mas que é muito maior do que parece.

 

Quem ama dispensa exageros.

 

A presença do outro, a simples comunhão do mesmo silêncio, bastam.

 

O milagre profundo é que alguém está ali, me vê com olhos bondosos e me quer escutar com atenção. Esta é a certeza firme que me anima, consola e guia a minha vida.

 

Amar não é ser mais do que se é, mas também não é ser menos.

 

Amar é estar e ser, não é fazer.

 

Porque quem caminha em busca do amor já caminha no amor.

 

José Luís Nunes Martins

 

“Diga se o que se disser, a vida é a coisa mais bela!”

    Esta luminosa máxima do cardeal D. José Tolentino de Mendonça, há-de servir de mote para a minha reflexão sobre a recente polémica instalada neste País de brandos costumes – a despenalização da eutanásia.

Gostaria muito de partilhar, com os leitores da nossa Carta Familiar, duas breves histórias que ilustram a importância fulcral de promover e qualificar a Vida humana em cada uma das suas etapas – desde a sua concepção até ao seu fim natural.

A primeira história foi vivenciada por mim! Tive o privilégio de ser capelão do Lar D. Pedro V – durante 5 anos, acompanhei humana e espiritualmente, aquela simpática comunidade de pessoas envelhecidas, que habitavam no coração da cidade da Praia da Vitória, na ilha Terceira.

Um dia – na Missa e a propósito do ambiente e da liturgia da Palavra – falei do encanto maior e da felicidade suprema para quem alcança o estar para sempre junto do Senhor, no Paraíso. Então perguntei aos irmãos mais velhos quem gostaria de ir para o Céu naquele dia! Se estar junto de Deus é o melhor que pode acontecer à Pessoa humana, desejar ir para o Céu devia ser o sonho maior de cada um deles. Obtive como resposta um silêncio profundo e uns risos amarelos!

Afinal como diz o D. José Tolentino “Diga se o que se disser, a vida é a coisa mais bela!”.

A segunda história, foi vivida por um padre português, que durante 5 anos acompanhou a comunidade lusa que habitava na arquidiocese de Bruxelas, na Bélgica. Como falava fluentemente o francês, o sacerdote foi convidado a trabalhar como capelão num dos hospitais da capital belga.

Certo dia, enquanto fazia o acompanhamento aos doentes internados, deparou-se com um cenário deveras estranho – um grupo de pessoas rodeava uma cama e uma senhora segurava uma espécie de balão de soro. Aproximando-se do leito em que estava acamado um venerável ancião, o sacerdote inteirou-se de o tal balão continha o veneno para dar uma morte digna ao paciente. Quem estava a segurar o recipiente era …. a filha deste senhor!

Deve ser missão da ciência médica estar ao serviço da promoção da vida humana em todas as suas etapas, oferecendo à pessoa doente, os remédios e as terapias que lhe possibilitem a melhor qualidade de saúde e de vida.

Afinal, como diz o mais jovem cardeal português: “Diga se o que se disser, a vida é a coisa mais bela!”

 Padre Alexandre Medeiros

 

PARA MEDITAR

A caminho da fé

 Senhor,

Obrigada por abrasares o meu coração com as tuas palavras

E por este tempo que me concedes

Para gerá-las no meu seio e, a seguir,

Encarná-las no concreto da minha vida.

 

Nem sempre, como os discípulos de Emaús, reconheço a tua presença

Porque há momentos em que também os meus olhos

Estão impedidos de ver com o coração.

Talvez sejam esses os momentos

Em que te impeço de seres quem és

Porque quero que sejas um Deus criado por mim;

Um Deus que encaixe nos meus propósitos,

Por mais longe que eles estejam da tua vontade.

 

Caminha comigo até Emaús para despertar em mim

A grata memória da Palavra que se fez carne

E que na cruz se entregou e morreu por mim.

Revela-me a tua presença

E ensina-me a desejar-te na tua plena liberdade.

 

Cura-me da minha cegueira espiritual que me impede

De viver o mistério da Ressurreição

Como um convite a uma gratuidade maior.

Ensina-me a acolher o teu sofrimento redentor

Como luz para todas as agruras da vida.

 

Dá-me, Senhor, a graça de uma fé fervorosa e abrasadora;

De uma esperança enxertada na Palavra encarnada e crucificada,

Que entrou na glória da Ressurreição (cf. Lc 24, 26);

E de uma caridade desmesuradamente generosa.

 

Obrigada, Senhor, por ficares comigo (cf. Lc 24, 29)

E por te dares a conhecer, ao partir do pão (cf. Lc 24, 35),

Sinal de comunhão e amor que te torna

Realmente presente em cada Eucaristia.

 Raquel Dias

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

CUIDAR, AMANDO...

Cuidar é uma arte, uma entrega constante, é dar-se sem pensar em receber.

Cuidar é reaprender a viver todos os dias, é ser paciente, é ter a capacidade de se "pôr no lugar de", é inventar alegrias e afugentar as tristezas.

Cuidar é uma das formas mais belas de conjugar o verbo "Amar"…

 

Eugénia Pereira


 

INFORMAÇÕES

ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

MANADAS - 5ª feira, 20 de fevereiro, das 10 horas às 11 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia

RIBEIRA SECA - 6ª feira, 21 de fevereiro, das às 17h00 às 18h00, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

REUNIÃO DE PREPARAÇÃO DA VISITA PASTORAL DO BISPO DE ANGRA, D. JOÃO LAVRADOR

Ribeira Seca - 3ª Feira dia 18 de Fevereiro às 19 horas na Igreja Paroquial

Manadas - 5ª Feira dia 20 de Fevereiro às 19 horas na Igreja Paroquial

CULTO DA RIBEIRA SECA

O peditório para o Culto na Paróquia de São Tiago Maior da Ribeira Seca referente ao ano de 2020 rendeu 3 505 euros


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Agenda Pastoral

Destaque

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Nº 1148

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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