Nº 939

 

D. MANUEL MARTINS

Profeta da Esperança e construtor da Justiça!

 

O lançamento do livro “Testemunho de duas vidas compartilhadas”, da autoria do presidente da Cáritas Portuguesa, professor Eugénio da Fonseca, é o pretexto para trazer à nossa Carta Familiar, a história de vida e a caminhada de fé, do primeiro bispo da diocese de Setúbal, D. Manuel da Silva Martins.

Nasceu em Leça do Balio, no distrito do Porto, a 20 de janeiro de 1927, no seio de uma família profundamente cristã, de quem recebeu uma esmerada formação.

Na juventude frequentou os seminários da diocese do Porto e, depois de ordenado sacerdote, a 12 de agosto de 1951, foi aluno da Universidade Gregoriana, em Roma, formando-se em Direito Canónico.

D. Manuel Martins foi formador do seminário do Porto e pároco de Cedofeita, uma freguesia situada no coração da Cidade Invicta.

A 16 de julho de 1975, o Papa São Paulo VI vai chama-lo para ser Bispo de Setúbal. D. Manuel recebe a Ordenação episcopal, na catedral sadina, a 26 de outubro, sob fortes protestos populares, incendiados por grupos políticos radicais. 

Seguindo os passos do Bom Pastor, D. Manuel Martins sempre quis estar ao lado do seu Povo, defendendo sobretudo os pobres e os injustiçados por políticas laborais desumanas.

Foi a Voz dos sem voz, não poupando na firmeza das palavras e na coragem da convicção, quando se tratava de defender os Direitos Humanos, negados aos milhares de trabalhadores mal pagos, em tantas fábricas e empresas, que então proliferavam na sua diocese de Setúbal.

Pessoalmente, tive a graça de conhecer e de privar, muitas vezes, com o D. Manuel. Acolhi-o na Ilha do Corvo, a 16 de julho de 2006! Aceitou – prontamente – substituir-me durante as férias e durante 15 dias foi pároco, na mais pequena parcela dos nossos Açores.

Da nossa amizade fecunda fica a boa memória da humildade e da simplicidade do Bispo Manuel, da sua constante preocupação pelos irmãos mais desfavorecidos e pelo seu Amor Maior ao Evangelho de Cristo e à Sua Igreja.

D. Manuel da Silva Martins é – com toda a certeza – um exemplo luminoso e inspirador, do Padre que procuro ser, cada dia!

Partiu para o Céu, a 24 de setembro de 2017, convertendo-se numa estrela brilhante, a iluminar para sempre o firmamento da Igreja e da Humanidade.

     

Padre Alexandre Medeiros

 

A PALAVRA DO SENHOR

 

FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR

 

+ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

 

Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo».

REFLEXÃO

               

                Maria e José levaram o Menino a Jerusalém, para o apresentar ao Senhor. Um casal jovem, com a sua primeira criança, chega levando a pobre oferta dos pobres, duas rolas, e o mais precioso dom do mundo: uma criança.

                No limiar, dois anciãos à espera, Simeão e Ana. Que aguardavam, diz Lucas, «porque as coisas mais importantes do mundo não são para procurar, mas para esperar» (Simone Weil). Porque quando o discípulo está pronto, o mestre chega.

                Não são os sacerdotes a acolher o Menino, mas dois leigos, que não desempenham qualquer papel oficial, mas são dois enamorados de Deus, olhos velados pela velhice, mas ainda acesos de desejo.

                Jesus «é nosso, de todos os homens e de todas as mulheres. Pertence aos sedentos, aos sonhadores, como Simeão; àqueles sabem ver para além, como Ana; àqueles capazes de se encantar diante de um recém-nascido, porque sentem Deus como futuro e como vida» (M. Marcolini).

                Ele está aqui para a ressurreição! Para Ele ninguém é dado por perdido, ninguém está acabado para sempre, é possível recomeçar e ser novo. Será uma mão que te tomará pela mão, que repetirá a cada aurora aquilo que disse à filha de Jairo: “Talità kum”, menina, levanta-te! Jovem vida, levanta-te, ergue-te, aparece, resplandece, retoma a estrada e a luta.

                Na Festa da Apresentação. O Menino Jesus é levado ao templo, perante Deus, porque não é simplesmente o filho de José e Maria: «Os filhos não são nossos» (Kalil Gibran), pertencem a Deus, ao mundo, ao futuro, à sua vocação e aos seus sonhos, são a frescura de uma profecia “biológica”. A nós cabe proteger, como Simeão e Ana, pelo menos o espanto.

Padre Ermes Ronchi

do comentário ao Evangelho da Festa da Apresentação do Senhor

 

 

 

PARA MEDITAR

 

Celebremos o Mistério
da Divina Eucaristia
Corpo e Sangue de Jesus:
                                       O Mistério de Deus vivo,
                                       tão real no Seu altar
                                       como outrora sobre a cruz.

Foi na Noite Derradeira
que, na Ceia com os Doze,
Coração a coração,
                                       Se deu todo e para sempre
                                       mãos em bênção sobre a Mesa
                                       da Primeira Comunhão.

Assim, Deus, que Se fez Homem,
tudo fez em plenitude
de humildade e de pobreza.
                                        E o milagre continua:
                                        Onde falham os sentidos,
 

                                        chega a esperança de quem reza.

 

In memoriam de São Tomás de Aquino 1225—1274

 

PENSAMENTO DA SEMANA

“O Senhor nosso Deus,

                          Ama aquele que partilha os seus bens

                                            renovado pela virtude da Alegria”. 

 

Apóstolo São Paulo

cf. 2ª Carta aos Coríntios 9,7

 


 

INFORMAÇÕES

  ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

BISCOITOS - 3ª feira, 4 de fevereiro das 16h 30 às 17h 30, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

MANADAS - 5ª feira, 6 de fevereiro, das 10 horas às 11 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

RIBEIRA SECA - 6ª feira, 7 de fevereiro, das às 16h 30 às 17h 30, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

 

CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

 A Direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Calheta informa a vinda dos seguintes médicos:

 Dr. ª Maria Graça Almeida - Especialidade: Ginecologia – Obstetrícia Data: 4 de Fevereiro de 2020 - Dr. ª Alexandra Dias - Especialidade: Pediatria - Data: 22 e 23 de Fevereiro de 2020 - Dr. ª Lourdes Sousa - Especialidade: Dermatologia - Data: 24 e 26 de Fevereiro de 2020 - Dr. ª Renata Gomes - Especialidade: Cardiologia - Data: Fevereiro 2020 (dias ainda por estabelecer) - Dr. Brasil Toste - Especialidade: Otorrinolaringologia - Data: Março 2020 (dia ainda por estabelecer) - Dr. ª Paula Pires - Especialidade: Neurologia e Neuropediatria - Data: Maio 2020 (dias ainda por estabelecer).

 

Aos eventuais interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110 / 295460111.

 


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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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