Nº 912
Que vais fazer destas férias?
Estamos em pleno verão. Tempo de férias, de relax, de tempos vagarosos. Um tempo precioso, mas não óbvio, e por isso a pedir opções. Com efeito, pode ser um espaço vazio, de total descompromisso, de não sentido, ou tornar-se tempo oportuno para a regeneração do físico, do espírito, das relações. Um tempo a atravessar na gratuidade.
Eis então que, não tomados pelo frenesi da correria quotidiana, podemos apreciar uma leitura de modo mais distendido e tranquilo, sorrir com uma banda desenhada, brincar com os folhos, usufruir de amizades sem a ansiedade do relógio, dedicar-nos tempo para a oração sintonizada com a respiração da alma, oferecer-nos o presente de um espaço não asfixiado no encontro com a Palavra.
O importante é sobre tudo isto ter um pensamento, formular uma opção consciente para colocar no centro as coisas verdadeiramente importantes que dizem respeito ao bem-estar físico, relacional, espiritual, cultural. Até porque também as férias podem ser vividas com frenesim, o frenesim do divertir-se ao máximo e a todo o custo, de desligar de tudo (mas mesmo de tudo) e se possível de todos, de não fazer nada (mas mesmo nada).
Neste pensar nas coisas prioritárias, torna-se decisivo para a qualidade das férias recordar que não estamos sós, e que, junto a nós, há pessoas para as quais esta estação pode tornar-se ainda mais um peso em termos de solidão, de cansaço. A proximidade gratuita a quem é mais frágil, que deveria fazer parte do nosso dia a dia, nas férias não deve ir de férias, mas ser um elemento fundamental.
São ocasiões em que se fortalecem relações, se redescobrem possibilidades de dedicação aos outros. É belo pensar este conjunto de propostas como um grande pulmão de humanidade e espiritualidade que alimenta as nossas comunidades civis e eclesiais
Estes meses fazem parte normal da existência, e também por isso podem ser vividos com ligeireza e inteligência. Cada um encontrará o seu passo, o seu ritmo animado de paixões e desejos, numa mistura única e, portanto, se possível, não casual ou só ditado pela disposição do momento.
Entre as múltiplas propostas que animam o verão, uma palavra particular para as dirigidas aos mais novos: campos de férias, acampamentos, experiências de voluntariado que envolvem milhares de jovens.
Trata-se de oportunidades que têm no centro a atenção educativa. Tornam-se possíveis graças à generosidade e dedicação de muitos animadores, educadores, adultos, padres, religiosas e religiosos. De tudo isto é importar estar consciente e, digamo-lo, também ser-lhes reconhecidos, porque se trata de um serviço que ajuda a fazer das férias um tempo de sentido.
Lauro Paoletto | In SIR
A magia acontece
Procuramos a magia lá fora no sol que nasce, no pôr-do-sol, na tempestade que passa, na chuva que termina e no arco-íris que se forma depois de uma tempestade anunciando dias de sol. Procuramos magia na natureza. No vento que sopra fazendo as árvores dançar as mais delicadas e suaves melodias. Procuramos magia na brisa que nos beija quando observamos sentados o ondular do mar que explode e logo se acalma. Procuramos magia fora de nós. Quando a maior magia está em nós, dentro de nós. A maior magia está em cada ser humano, está na sua capacidade de se restabelecer depois de chegar ao fundo do poço.
A maior magia está na nossa capacidade em beijarmos as nossas feridas, uma a uma. Está na nossa capacidade de nos cuidarmos mesmo quando não queremos muito, mesmo quando nos achamos a pior pessoa do mundo. Magia é o amor entre duas pessoas seja amizade ou romance. Magia é a capacidade de um abraço curar tudo. Magia é como chorar nos traz claridade, transparência e nos possibilita ver a luz mais de perto. Magia é como depois de tantas caídas, de tantos erros e de tanto cansaço ainda encontras na missão o teu verdadeiro amor.
Magia é um amor usado, com anos de idade, com vivências, com separações, com promessas de nem mais um dia. Magia é gritar aos sete ventos nunca mais, não quero mais, não aguento mais. Magia é depois da maior tempestade interior voltar a casa e ter a lareira acesa e descobrires que Deus ainda te ama e que está tudo bem. Magia é compaixão.
Magia é redescobrir a paixão, uma e outra vez pela mesma coisa. Magia é redescobrir o amor uma e outra vez pela mesma pessoa. Magia não é uma pessoa à prova de balas, nem um amor novo a estrear. Magia é um amor, com vida, com passado, com feridas, cicatrizes, com dores, com erros. Magia é um amor antigo e usado. Magia é um amor em segunda mão, talvez em terceira. Magia é tentar não uma vez, mas vezes infinitas. Magia é tentar até conseguir, tentar até dar certo, tentar até evoluir e crescer.
Assim é na vida e na missão. Talvez ontem tenha adormecido cansada e esgota em tempestade e em crise. Mas hoje. Hoje é um novo dia, o sol brilha e senti-me renascida quando me cruzei com esta frase: “Ide, sem medo, para servir. Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe mais alegria.” (Papa Francisco) A magia aconteceu, o amor voltou a amanhecer e eu soube-me outra vez apaixonada. Não por algo diferente, não por alguém novo. Pelo mesmo de sempre: a missão. A vida não é fácil. A missão não é fácil. Nunca ninguém me prometeu facilidades. Mas digo-vos é sempre a primeira vez. É sempre como um regresso a casa. Quando me apaixono outra vez. Me cruzo outra vez com esta certeza de que seja como flor é pelo amor que vou. É pelo amor que vamos.
Paula Ascensão
MEDITAR
TU ÉS O QUE SEGUES...
A sociedade vive um momento de inversão de valores.
As pessoas estão intoxicadas pela ausência de amor!
Muitos aparentam ser bons amigos, mas são maus.
Então em quem confiar?
Que amizades serão saudáveis?
Como saber escolher a quem seguir?
A orientação de Jesus é clara:
"Tem cuidado! Não te conformes com esta cultura ao ponto de não pensares mais."
Mantem o foco em Deus e experimente a vontade d'Ele para a tua vida.
As atitudes mostram o que vai no coração...
Como é que o programa a que assistes e as pessoas ou o perfil que segues encaram os valores da vida?
Como está o teu coração?
Que tipo de tesouro está lá guardado? Qual a característica dos teus amigos? Com quem sais?
Que lugares frequentas?
Do que falam quando estão juntos?
Tudo isto é importante, porque molda o teu coração... e o meu também!
Tu és o que segues!
Se segues a Luz, serás Luz...
Se segues a noite, serás escuridão.
Eugénia Pereira
PENSAMENTO DA SEMANA
Há uns que ficam na história por causa do berço em que
nasceram, e outros por terem abandonado o que ele
lhes oferecia!
Há uns que levam tudo à frente,
e outros que vão à frente a levar com tudo!
Há uns,
e há outros.
São sempre os outros que nos salvam...
Rui Santiago
INFORMAÇÕES
ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
MANADAS - 5ª feira, 1 de agosto, das 10 horas às 11 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.
Missão São Jorge
30 Julho – Missa na Igreja Matriz da Calheta às 19h00
31 de Julho - Missa na Igreja Matriz da Calheta às 19h00
1 de Agosto - Missa na Igreja Matriz da Calheta às 19h00
3 de Agosto - Missa no Santuário de Santo Cristo às 11h00
FESTA DE SANTO CRISTO NA FAJÃ DAS ALMAS
Domingo, 4 de agosto às 17 horas.
FESTA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES
NORTE GRANDE
Tríduo: Dias 31 de julho 1 e 2 de agosto às 20 horas.
Dia 1 de agosto - confissões das 19 às 20 horas
Festa: dia 4 de agosto
- Missa de festa às 12 horas e Procissão às 19 horas.
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Agenda Pastoral
Destaque
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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