Nº 447

 

PEQUENEZ

«Ao longo destes anos encontrei-me com pessoas que se foram afastando de Deus porque já não suportavam ouvir constantemente dizer que Ele é “Omnipotente” e “Todo-Poderoso”. Sentiam-se mal diante desse Deus.

Este pode ser um dos nossos maiores erros. O poder de Deus não é como às vezes imaginamos. Na realidade Deus não é “Omnipotente”. Não pode fazer qualquer coisa. Deus não pode abusar de nós, não pode manipular, humilhar, zombar de ninguém. Deus é amor e só pode o que o amor pode.

Repara, para agredir, para destruir, ou magoar não se necessita de um grande poder. Qualquer um pode fazer mal. Mas, para acolher, para perdoar, para respeitar, para amar, para fazer sempre o que é bom, já é necessário ser GRANDE. Deus é assim!

Por isso, ainda que às vezes nos custe a crer, Deus manifesta-se no pequeno, no frágil, no humilde. Deus é grande e não necessita defender-se dos seres humanos. É forte e não necessita de andar a exibir a sua força. É amor e não necessita de controlar, dominar nem esmagar ninguém.

É necessário recordar isto porque sempre que entre os cristãos se entendeu muito mal a Omnipotência de Deus, e se exaltou falsamente o seu poder, converteram-no num “poderoso” indigno, para fomentar a intolerância, a repressão moral, o medo de Deus e o “terror religioso”.

Tudo mudará no dia em que sentirmos Deus como um amigo humilde, próximo e respeitador. Não posso explicar com palavras, mas Deus é uma “presença” afável, próxima, que nos faz viver e amar a vida de maneira diferente. Deus não nos está a barrar caminhos ou a travar o desejo de sermos plenamente felizes. Não está no nosso coração a pressionar-nos ou a violentar-nos. É o nosso melhor Amigo. Nele podemos encontrar a luz mais clara e a força mais vigorosa para enfrentarmos a dureza da vida e o mistério da morte.

Deus não nos vai gritar. Jamais nos forçará. Jamais imporá sobre nós a sua força. Vai-nos respeitar sempre, façamos o que fizermos. Ele deu-nos a vida como presente. É nossa.   Somos nós que temos de decidir como queremos viver e para quê. Ele só quer que vivamos bem.

Às vezes, pode-nos parecer que Deus é demasiado “invisível”. Não O sentimos. Não o podemos tocar. Não escutamos a sua voz. Cremos que não há ninguém ao pé de nós. Mas o que sucede é que Deus é discreto e respeita até ao fim as nossas decisões. A sua presença é tão humilde, próxima e íntima que pode passar despercebida.

E como posso encontrar-me com esse Deus? Não sei. Creio que há que buscá-Lo de um modo simples, sem complicações, com um coração límpido e numa atitude confiada. Todos nós podemos dizer coisas muito acertadas. Mas só tu sabes o que te faz bem e o que te aproxima verdadeiramente desse Mistério a que chamamos Deus.

Não podemos esquecer a alegria de Jesus ao comprovar que a gente mais humilde e sincera era a que melhor captava a experiência de Deus. Numa ocasião deu graças a Deus com estas palavras: ‘Eu te Bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos, e as revelaste aos pequeninos’»

José António Pagola (Adaptado)

 

XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema:

A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre alguns valores que acompanham o desafio do “Reino”: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado.

O Evangelho coloca-nos no ambiente de um banquete em casa de um fariseu. O enquadramento é o pretexto para Jesus falar do “banquete do Reino”. A todos os que quiserem participar desse “banquete”, Ele recomenda a humildade; ao mesmo tempo, denuncia a atitude daqueles que conduzem as suas vidas numa lógica de ambição, de luta pelo poder e pelo reconhecimento, de superioridade em relação aos outros… Jesus sugere, também, que para o “banquete do Reino” todos os homens são convidados; e que a gratuidade e o amor desinteressado devem caracterizar as relações estabelecidas entre todos os participantes do “banquete”.

Na primeira leitura, um sábio dos inícios do séc. II a.C. aconselha a humildade como caminho para ser agradável a Deus e aos homens, para ter êxito e ser feliz. É a reiteração da mensagem fundamental que a Palavra de Deus hoje nos apresenta.

A segunda leitura convida os crentes instalados numa fé cómoda e sem grandes exigências, a redescobrir a novidade e a exigência do cristianismo; insiste em que o encontro com Deus é uma experiência de comunhão, de proximidade, de amor, de intimidade, que dá sentido à caminhada do cristão. Aparentemente, esta questão não tem muito a ver com o tema principal da liturgia deste domingo; no entanto, podemos ligar a reflexão desta leitura com o tema central da liturgia de hoje – a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado – através do tema da exigência: a vida cristã – essa vida que brota do encontro com o amor de Deus – é uma vida que exige de nós determinados valores e atitudes, entre os quais avultam a humildade, a simplicidade, o amor que se faz dom.

(Dehonianos)

 

MEDITAR

ORAÇÃO DO PARAQUEDISTA

“Dai-me, Senhor meu Deus, o que Vos resta;
Aquilo que ninguém Vos pede.
Não Vos peço o repouso nem a tranquilidade,
Nem da alma nem do corpo.
Não Vos peço a riqueza, nem o êxito, nem a saúde;
Tantos Vos pedem isso, meu Deus,
Que já não Vos deve sobrar para dar.


Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que todos recusam.
Quero a insegurança e a inquietação,
Quero a luta e a tormenta.
Dai-me isso, meu Deus, definitivamente;
Dai-me a certeza de que essa será a minha parte para sempre,
Porque nem sempre terei a coragem de Vo-la pedir.


Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que os outros não querem;
Mas dai-me, também, a coragem, a força e a fé."

(Fonte: Brigada de Infantaria Pára-Quedista Brasileira)

 

CONTO (317)

CONTO AFRICANO

Numa tarde de Verão, depois dos cantos e danças, todos se sentaram em redor do chefe da tribo. Ele fixou o olhar num dos seus guerreiros e começou a falar-lhes assim:

- Se alguém fizer mal ao teu irmão e tu quiseres vingar-te matando o assassino, faz o seguinte; senta-te, enche o cachimbo e fuma. Compreenderás então que a morte é um castigo desproporcionado e resolverás dar-lhe apenas uma boa sova.

Antes, porém, enche novamente o teu cachimbo e fuma até o esvaziares. Convencer-te-ás que, em vez da sova, bastaria uma boa repreensão. Se, entretanto, encheres o cachimbo pela terceira vez e ficares a reflectir até o esvaziares, ficarás persuadido que é melhor ir ao encontro do inimigo e abraçá-lo.

in, Bons dias, de Pedrosa Ferreira

 

 

Madre Teresa de Calcutá: ninguém é insignificante

“Madre Teresa mostrou a todos a estrada, fazendo ver que, quando se tem paixão pela vida e pela dignidade humana, ninguém é insignificante neste mundo”, afirmou o sub-secretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.

Em declarações à Rádio Vaticano, o Arcebispo Felix Machado salientou que a religiosa nascida em Skopje, actual capital da Macedónia, deixou a segurança do convento onde vivia “sem levar nada consigo e sem saber o que aconteceria com ela”.

“De facto, Madre Teresa acreditou somente naquela voz que pode tornar diferente o mundo, mesmo se se está sozinho, pobre e marginalizado. Esse é, sem dúvida, o maior dom da sua humanidade.”

No entender do arcebispo, Madre Teresa é um exemplo de como se pode “ir contra a corrente”: “Muitas vezes as pessoas encontram dificuldades em levantar a voz diante de opressões e injustiças sociais”.

A 26 de Agosto, assinalaram-se os 100 anos do nascimento da fundadora da congregação católica Missionárias da Caridade, que se distinguiu inicialmente pelo trabalho realizado com sem-abrigo, excluídos e famintos de todas as idades nas ruas da cidade indiana de Calcutá.

“Madre Teresa é uma figura internacional, amada por todos. Ela teve um impacto sobre o mundo seja quando estava viva como após a sua morte, e por essa razão é essencial comemorar o primeiro centenário”, frisou D. Felix Machado.

O prelado acredita que a evocação da memória de Agnes Gonxha Bojaxhiu, nome original da missionária, é um convite ao envolvimento dos jovens no apoio aos excluídos.

O arcebispo recordou algumas das palavras que Madre Teresa dirigiu à juventude: “Vocês são pessoas de esperança. Doem as suas vidas aos marginalizados e façam com que o amor seja a coisa mais importante das suas vidas”.

D. Felix Machado considera que a religiosa falecida a 5 de Setembro de 1997 e beatificada em 2003 revelou ao mundo “o verdadeiro significado da vida, ainda que seja precisamente isso o que as pessoas muitas vezes ignoram”.

In, Agência  Ecclesia

 

 

 

Nenhum caminho é longo demais quando um amigo nos acompanha.


Autor desconhecido

 


 

FESTA DE SANTO CRISTO

CALDEIRA

 

De 31 de Agosto a 4 de Setembro . Missa às 20h00 antecedida de confissões.

 

Dia 5 de Setembro:

                                               - 9h00 - Eucaristia
                                               - 11h00 - Eucaristia de Festa seguida de arrematações e procissão.


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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