Nº844
Sete características de um coração pascal
Formámos um coração pascal, que, entre outras, tem estas sete características:
1. Perdoa a todos, incluindo-se a si mesmo
O coração pascal cura as feridas antigas por meio do perdão. Este é a única forma de deixar o passado e avançar para um futuro melhor. Perdoar aqueles que nos magoaram, e a nós mesmos pelos nossos erros.
2. É grato
O coração pascal olha para as imensas tarefas que a vida exige, mas não se deixa sufocar pelo que falta fazer. Aprende com Deus que vai revelando o seu Plano de Salvação ao longo de muitos anos e prefere caminhar ao ritmo de cada povo. O coração pascal agradece o que foi feito, reconhece todo e qualquer gesto de bondade e colaboração dos outros, vê em tudo a presença providente de Deus, e acredita sempre num futuro melhor.
3. É generoso
O coração pascal sabe que nunca pode rivalizar com Deus. Ele ofereceu o melhor que alguém poderia dar: o Seu próprio filho. Mas sabe que qualquer gesto altruísta é imagem dessa dádiva de Deus.
4. Reestabelece a ligação com alguém do passado
«É assim que Deus demonstra o seu amor para connosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós», escreveu S. Paulo aos Romanos. Imitando Deus, o coração pascal vai ao encontro daquele(a) amigo(a) que já não vê há algum tempo ou que está longe ou que poderá precisar de ajuda para a abrir o coração.
5. Tem uma notícia alegre para comunicar
A ressurreição é a boa notícia do cristão. O Novo testamento da Bíblia começou pela narração da ressurreição de Jesus. Por isso, o coração pascal comunica pela ótica da boa notícia, pois é ela que vai transformar o mundo. É a verdade, a beleza, o bem quem tem o poder de vencer o mal e santificar a vida.
6. Gosta de ser surpreendido e de surpreender
Deus é «Aquele que pode fazer imensamente mais do que pedimos ou imaginamos, de acordo com o poder que eficazmente exerce em nós», escreveu S. Paulo aos habitantes de Corinto. O coração pascal é aquele que é surpreendido pelo túmulo vazio, que, apesar de ter recebido todos os ensinamentos do Mestre, está constantemente a perguntar: «É agora que vais…?», «como é que vais…?»
7. É apaixonado pela compaixão
O coração pascal é imagem e semelhança de Deus. Pratica a compaixão para com os outros e para consigo próprio. Vê os outros sem julgamentos e tem consciência das suas falhas. Celebra a bondade das pessoas.
Fernando Felix Ferreira (Adaptado)
II DOMINGO DE PÁSCOA
Viver unidos
O pároco de uma igreja reparou que um dos seus mais assíduos fiéis desertava, várias semanas seguidas, à missa dominical. Uma noite decidiu visitá-lo. Encontrou-o sozinho em casa, sentado junto à lareira. Depois dos cumprimentos habituais, sentaram-se os dois em silêncio. Então o padre, tirou uma brasa da lareira, colocou-a isolada no pavimento e ficou a olhar. Pouco a pouco aquele carvão, separado do braseiro, foi-se apagando. Então o paroquiano tomou a palavra:
– Obrigado, Reverendo, por esta lição. No próximo domingo, lá estarei com a comunidade porque não quero que a minha vida espiritual se apague lentamente como esta brasa.
Às vezes, um gesto vale mais que mil palavras bem como um estímulo é mais eficaz que uma dura repreensão.
A mensagem deste segundo Domingo da Páscoa é um convite à vida comunitária sem a qual é-nos difícil viver. A comunidade primitiva tinha um só coração e uma só alma. Tomé, isolado do grupo dos Discípulos, definhava na sua fé. O amor não é um simples sentimento na comunhão dos mesmos ideais. É uma força que entusiasma. A comunidade dos crentes era assim um sinal muito claro de Jesus Ressuscitado que prometeu estar presente no meio dos que acreditam nele.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
MEDITAR
As raízes!
Lembremo-nos sempre das nossas raízes:
É por elas que recolhemos os nutrientes necessários à vida,
e que as folhas, flores e frutos podem brotar,
ainda que noutras geografias da nossa existência.
Lembremo-nos sempre das nossas raízes
e alimentemo-las com nutrientes do bem e do belo. Do que nos acrescenta à vida.
Lembremo-nos sempre das nossas raízes:
É aí que encontramos o sentido e o sabor do que somos, do que construímos e a beleza e o desafio do que ainda podemos crescer.
Lembremo-nos sempre das nossas raízes:
É no silêncio, na simplicidade, na discrição, mas também na persistência do trabalho das raízes que vivemos e saboreamos a essência do ser.
Sejamos nós audazes, para sempre nos lembrarmos das nossas raízes.
É lá que está e de onde brota a nossa existência!
As raízes...
Elementos singelos e preciosos à vida em germinação, em profundidade.
Lembremo-nos sempre das nossas raízes!
É por elas que construímos a nossa história. Também a da fé.
Nas raízes da fé, está a certeza plena de termos sido salvos pelo Amor.
Um amor que anunciamos e proclamamos como mistério mas também como certeza de que em Cristo enraizados, sempre daremos frutos bons e em abundância.
Lembremo-nos sempre das nossas raízes!
CONTO (645)
AS QUATRO VELAS
Quatro velas ardiam lentamente e falavam umas com as outras. A primeira disse:
- Eu sou a Paz! Os homens andam sempre em guerra. Não estão nada interessados em manter acesa a Paz. Acho que me irei apagar.
E assim foi-se apagando lentamente.
A segunda disse:
- Eu sou a Fé! Ninguém quer saber de mim. As pessoas só acreditam no que veem e apalpam. Não querem manter acesa a Fé. Por isso, não tem sentido estar acesa.
Quando acabou de falar, foi-se apagando lentamente.
Triste, a terceira vela disse:
- Eu sou o Amor! Não tenho força para continuar assim. As pessoas preferem o egoísmo e o individualismo. Por isso, não tem sentido estar acesa.
E também ela se apagou. Imediatamente, entrou uma criança e viu as três velas apagadas. Perguntou:
- O que é que acontece aqui?
Então uma quarta vela disse:
- Não tenhas medo. As velas da Paz, da Fé e do Amor decidiram apagar-se. Mas, enquanto a minha chama brilhar, poderemos voltar a acender as outras velas. Eu sou a Esperança!
A criança, de olhos a brilhar, pegou na vela da Esperança e acendeu as outras. Ficaram as quatro velas acesas.
Conta-se HOJE uma história maravilhosa: os discípulos, avisados pelas discípulas, correm ao sepulcro e encontram todos os planos remexidos.
Entre a gruta no chão de Belém e sepultura no chão de Jerusalém: um Deus que vem minar o mundo, esboroar fundamentos e refundar alicerces…
E, naqueles dias primeiros de surpresa pascal, os discípulos e discípulas do Mestre inventaram esta: "Quem é vivo sempre aparece!"
Rui Santiago Cssr
INFORMAÇÕES
CELEBRAÇÃO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
No dia 13 de abril, sexta-feira, celebração em louvor de Nossa Senhora de Fátima, na Ribeira Seca, às 18 horas com Eucaristia e Procissão no interior da Igreja.
MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA
A missa no Santuário da Caldeira de Santo Cristo será no dia 15 de abril pelas 16 horas.
IRMANDADE DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DA VILA DA CALHETA – Pagamento de quotas e entrega de prémios para o bazar, a partir do dia 12 de Abril na sede da Irmandade, às terças e quintas-feiras das 16,30 às 18,30 horas e domingos das 10 às 12 horas. O valor das quotas foi atualizado para 12,50 euros por aprovação da Assembleia Geral.
DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA
O Papa S. João Paulo II, no dia 30 de abril do ano 2000, na canonização de Santa Faustina, instituiu o segundo Domingo de Páscoa como Domingo da Divina Misericórdia: “Quero transmitir ao novo milénio e a todo o mundo esta mensagem da Divina Misericórdia, para que conheçam melhor o verdadeiro rosto de Deus Misericordioso”. “A minha generosidade com os pecadores, quando se arrependem, não tem limites. Busco-os com a Minha Misericórdia em todos os seus caminhos. Falo-lhes por meio dos remorsos da consciência, pelas frustrações e sofrimentos…Interpelo-os pela voz da Igreja” (Diário de Sta Faustina 1728).
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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