Nº 823

FAZER MEMÓRIA

Gosto de trazer à memória o sorriso do meu pai bem como a preocupação constante de minha mãe. Lembro-me, muitas vezes, de pessoas que me ajudaram a crescer na vida. Tenho professores e gente do meu dia-a-dia da vida pastoral. Gente que me ajudou a apreciar as coisas da vida e gente que me chamou à atenção para determinados aspetos, alguns dos quais sozinho não era capaz de lá chegar.

Pessoas grandes que ainda me falam ao coração e me fazem ter um reconhecimento interior especial.

No silêncio da vida vêm-me imagens, olhares, dizeres destes que são grandes na vida e continuam grandes na festa do céu.

Hei de ter sempre um carinho especial e uma lembrança eterna para com essa multidão de gente que me fala cá dentro.

Esta ilha de São Jorge tem um carinho especial para com estes que já partiram para a alegria do Banquete para sempre com o Bom Deus. Nota-se na forma como durante este mês de novembro as pessoas, nas eucaristias, fazem a sua memória mandando celebra as “Missas pelas Almas”. No início da minha ação pastoral como pároco, na Piedade e Ribeirinha do Pico, havia o hábito de dar a oferta para estas missas.

Na freguesia da Piedade traziam o milho já debulhado e era depositado sobre o soalho da igreja, resguardado pelos bancos deitados para depois ser feita a arrematação para se celebrar as Missas das Almas. Na freguesia da Ribeirinha, cada família trazia as espigas com o milho para ser igualmente arrematado, para que o produto fosse a celebração das referidas missas.

Entendo que havia esta partilha para que todos tivessem a oração para com os seus familiares, amigos e mesmo para as pessoas, da paróquia, que já não tinham quem elevasse o seu olhar para este convívio eterno.

Estas Missas têm um profundo sentido para além daquele que está no Livro dos Macabeus ou nas Cartas de São Paulo.

O que posso dar de mais belo aos meus pais, familiares e amigos? Aquelas pessoas grandes que me ajudaram e recordo com tanto carinho? Qual o presente mais belo e precioso que posso fazer?

A meu ver o que de mais belo lhes posso dar e oferecer é, no recolhimento agradecido do meu coração, celebrar a festa permanente que me pode juntar a eles no convívio eterno da beleza do céu. A este presente chamo Eucaristia.

Temos ainda comunidades que fazem isto com muito apreço e carinho e vão continuar a fazer.

Na Carta Familiar desta semana vamos fazer chegar às famílias um envelope com esta intenção de celebrar “Missas pelas Almas”. É uma forma de recordar e possibilitar às famílias a atenção e carinho para com os seus familiares que estão junto de Deus e se alegram connosco na Santa Eucaristia.

Pe. Manuel António

 

XXXII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ser responsável

– Ainda bem que estavas atento à leitura e não dormiste como aquelas personagens – respondi timidamente. Como és responsável por aquilo que pensas não vás a reboque de ninguém. É isso mesmo que se passa nesta parábola.

Ninguém partilhou porque cada uma devia responder pela sua vida. É uma experiência pessoal que não pode ser responsabilizada aos demais.

Não sei se o meu amigo ficou mais esclarecido. Ao voltar para casa fui pensando que afinal é preciso vigiar, estar atento porque na hora em que menos esperamos vem uma lição e de quem não contamos vem uma chamada de atenção. E fui preparando o sermão que devia ter feito:

Estes dois grupos de pessoas representam cada um de nós. Estamos divididos: às vezes preparados, outras vezes pensado em tudo menos naquilo que de facto tem importância. Dentro de nós coexiste o bem e o mal. Ninguém nos poderá emprestar uma parte da sua vida. Devemos ser responsáveis.

O homem prudente é como um alfinete: É a sabedoria, isto é, a sua cabeça que lhe dá a força para ir até onde deve e o impede de ir além de mais.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

MEDITAR

 

SÃO FELIZES DE VERDADE...

 

Felizes os que falam do que vivem, do que sabem, do que entendem, do que leram, do que buscaram conhecer melhor.

 

Felizes os que não fazem juízo de ninguém.

 

Felizes os que tratam qualquer ser humano com a dignidade inerente a qualquer ser humano.

 

Felizes os que se dão ao trabalho de ouvir as partes, ouvir o máximo sobre tudo, p'ra não falar levianamente sobre ninguém.

 

Felizes os que não banalizam o sofrimento do outro, mesmo que este sofrimento seja resultado de alguma mazela pessoal.

 

Felizes os que nunca rotulam ninguém, antes, se põem no lugar do outro e agem com compaixão.

 

Felizes, sim felizes os que controlam a língua e os dedos antes de falar ou teclar algo sem o devido conhecimento.

 

Felizes os que aprenderam amar e amam, apenas amam.

Carlos Bregantim

 

CONTO (672)

 

OS DOIS PEREGRINOS

Dois peregrinos seguiam por um caminho agreste, enquanto soprava um vento frio. Adivinhava-se uma tempestade. Os dois homens caminhavam com dificuldade. Sabiam que, se não chegassem a tempo ao refúgio, pereceriam na tempestade de neve.

Quando seguiam ansiosos por uma vereda à beira de um abismo, ouviram um gemido. Um pobre homem tinha caído e, incapaz de sair da situação, gritava desesperado, por socorro.

Um dos dois disse:

- É o destino. Um homem condenado à morte. Não há nada a fazer.

E seguiu o seu caminho.

O outro, pelo contrário, parou e começou a descer para ir ao encontro do pobre homem. Carregou o ferido aos ombros e continuou a caminhar.

Caía a noite. O peregrino que carregava o ferido estava esgotado quando viu aparecer ao longe as luzes do refúgio. Animou o ferido a ter esperança, e avançou na noite escura. E eis que, de repente, tropeçou em algo.

Olhou e ficou horrorizado: aos seus pés estava o corpo do seu companheiro peregrino de viagem. Tinha morrido de frio.

Ele conseguiu salvar-se, porque carregava o pobre homem. O seu corpo e o esforço tinham-lhe mantido o calor suficiente para salvar a vida.

 

– Hoje, senhor padre, não posso concordar com o Evangelho que foi lido na Igreja. Então aquelas Virgens não quiseram partilhar do seu azeite com as colegas e foram elogiadas? Isso não pode ser pois é um convite ao egoísmo.

O tempo de Deus tem seus mistérios, porém não nos cabe entender, mas confiar...

O nosso tempo tem pressa, o Dele tem perfeição...

Esperar Nele pode ser a mais difícil das escolhas, mas Deus é o dono do tempo e como tal, determina o nosso hoje e escreve o nosso amanhã...

Quem Nele espera, jamais será dececionado, mas, sim, surpreendido.

 

 Delicadezas de Deus

 


INFORMAÇÕES

Manadas - terça-feira, 14 de novembro, das 17 às 18 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

Ribeira Seca - sexta-feira, 17 de novembro, das 17 às 18 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

 

CELEBRAÇÃO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

No dia 13 de novembro (segunda-feira), celebração em louvor de Nossa Senhora de Fátima, na Ribeira Seca, às 8 horas com recitação do terço, eucaristia e procissão no interior da Igreja.

 

MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA

No próximo domingo, 19 de novembro, às 15 horas.

 

CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na Clínica da Instituição a Dr.ª Renata Gomes, Cardiologista, 22 de novembro; Dr.ª Maria Graça Almeida, Ginecologista e Obstetra, em novembro; Dr.ª Paula Pires, neurologista e neuro-pediatra, no dia 1 de dezembro; Dr.ª Alexandra Dias, Pediatra, em dezembro; Dr. Carlos Aguilar, oftalmologista, data por estabelecer; Dr. Rui Amaral, imagiologia e radiologia, data por estabelecer;  Dr. Brasil Toste, otorrinolaringologista, em janeiro de 2018; Dr.ª Lourdes Sousa, Dermatologista, em fevereiro de 2018; Elisabel Barcelos, psicóloga clínica e formadora, nas áreas de avaliação psicológica de condutores (testes psicotécnicos), avaliação psicológica, acompanhamento psicológico e formação em temas ligados à saúde mental e/ou psicologia, às quintas e sextas.

Os interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110/ 295460111.

 

ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO


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Não se estende a mão quando não se ama.
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