Nº 809
Tu escreves a tua história!
O mundo que os nossos pés pisam convenceu-nos das coisas mais extraordinárias. Convenceu-nos a acreditar que a igualdade se conquista e se alcança. Fez-nos crentes numa paz bonita e florida que só existe nos filmes. Levou-nos a crer nas boas intenções, na bondade, no autêntico, no verdadeiro e no simples. Abraçou-nos com palavras de fazer tremer qualquer um. Com essas palavras construiu frases capazes de nos fazer baixar todas as guardas e de nos fazer suspender todas as defesas. Disse-nos que só vencemos se estivermos juntos. Que o bem compensa. Que a guerra acaba (um dia). Que os amigos são para sempre. Que a vida dá mais do que tira. Que o sol é para todos. Que vale a pena cuidar do que está perto e de quem está perto. Ou longe. Que havemos de ser felizes (um dia). Que a vitória é sempre menos interessante que o simples facto de participar ou fazer parte.
O mundo que as nossas mãos agarram convenceu-nos das coisas mais extraordinárias. E absurdas, também. Não nos contou que nunca seremos todos iguais e que isso não será, necessariamente, terrível. Não nos disse que, mesmo juntos, nem sempre vencemos. Que escolher o bem também pode fazer doer. Que a guerra acaba mas que nada fica como estava antes. Que os amigos também se ausentam e chegam a esquecer-se do caminho de volta. Que a vida não sabe nada de pesos e medidas. Que o sol não é para todos. Que cuidar traz cansaço e mágoas. Que não seremos felizes todos os dias. Que ninguém gosta de perder.
O mundo que os nossos olhos recebem convenceu-nos das coisas mais extraordinárias. E mais bonitas, também. Que o pão sabe melhor se estiver quente. Que quando um dia nasce há um mistério por viver que ainda não pertence a ninguém. Que quando o dia segura a porta para a noite passar, tudo se acalma. Que quando o mar nos beija os dedos dos pés vale a pena sentir frio. Que voltamos a nascer quando poisam em nós as asas dos que amamos. Que chorar lava e limpa o que a vida não leva. Que os olhos contam histórias mais bonitas do que as bocas ou as vozes. Que não somos iguais nas vontades e nos sonhos. E ainda bem.
Não acredites só no que o mundo tem para contar. Agarra na tua história e conta-lhe o que ainda ninguém sabe.
Marta Arrais
TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
A festa da Transfiguração do Senhor, celebrada no Oriente desde o século V, celebra-se no Ocidente desde 1457. Situada antes do anúncio da Paixão e da Morte, a Transfiguração prepara os Apóstolos para a compreensão desse mistério. Quase com o mesmo objetivo, a Igreja celebra esta festa quarenta dias antes da Exaltação da Cruz, a 14 de Setembro. A Transfiguração, manifestação da vida divina, que está em Jesus, é uma antecipação do esplendor, que encherá a noite da Páscoa. Os Apóstolos, quando virem Jesus na sua condição de Servo, não poderão esquecer a sua condição divina.
Dehonianos
MEDITAR
Nossa Senhora das Neves
O Dia de Nossa Senhora das Neves celebra-se a 5 de agosto.
Nossa Senhora das Neves é um nome que se atribui na Igreja Católica à Santa Maria, a mãe de Jesus Cristo. A festa foi instituída no ano de 352.
A lenda de Nossa Senhora das Neves conta que um casal romano muito rico e já idoso, sem filhos, pediu orientação sobre o que fazer às suas posses a Nossa Senhora. Em sonhos, na noite de 4 para 5 de agosto, Nossa Senhora disse ao homem do casal para lhe edificar uma basílica na colina de Roma que no dia seguinte apareceria coberta de neve.
Realmente, em plena época de maior calor em Itália, nevou milagrosamente no monte Esquilino a 5 de agosto, no local onde se encontra agora a Basílica de Santa Maria Maior, assim chamada por ser a maior (e a primeira) de todas as Igrejas de Roma dedicadas à Virgem Maria. O Papa Libério, que recebeu a mesma aparição em sonhos, mandou construir a Basílica no século IV. Nossa Senhora das Neves também é conhecida como Santa Maria Maior devido ao nome da Basílica.
A Nossa Senhora das Neves é a padroeira da paróquia do Norte Grande em São Jorge e da Relva em São Miguel.
CONTO (659)
A GOTA DE ÁGUA
Quando a terra ainda não estava completa, o hidrogénio sobrevoava sobre aquele caos, procurando alguma coisa. O Senhor perguntou-lhe:
- Que procuras?
Ele respondeu:
- Senhor, tenho uma grande sede, mas não encontro sequer uma gota de água neste imenso deserto!
O Senhor disse-lhe:
- Podes encontrá-la, mas com uma condição: que tu desapareças completamente naquilo que encontres. Continua a procurar…
Passado pouco tempo. O Senhor encontrou-se com o oxigénio, que também vagueava desconsolado. O Senhor perguntou-lhe:
- Também andas à procura de alguma coisa?
O oxigénio respondeu:
- Senhor, tenho uma imensa sede e não encontro sequer uma gota de água.
- Irás encontrá-la, mas apenas se estiveres disposto a desaparecer nela.
A palavra do Senhor realizou-se. O hidrogénio encontrou o oxigénio, os dois gostaram um do outro, uniram-se e fundiram-se até desaparecerem.
A morte deles criou a gota que se tornou no início da vida.
In Tutti Frutti de Pedrosa Ferreira
«As férias devem servir, acima de tudo, para estarmos juntos daqueles, que habitualmente vivem connosco e que, por questões de horários de trabalho e de outros compromissos, não prestamos a devida atenção. É o caso dos nossos pais, dos nossos filhos, familiares e amigos... É um tempo para aprofundar as relações, para as tornar mais transparentes e verdadeiras. A partilha com a família, traz-nos a verdadeira felicidade e a reta alegria. Faz-nos sentir menos sós....
(...)
Bem Aventurados os que partilham as suas férias com os mais necessitados; os que sofrem; os que passam fome; os que não têm saúde, educação... Penso naqueles que partiram para as missões, movidos pelo espírito cristão-missionário ou apenas com o intuito de partilhar um pouco da sua vida e do seu tempo de férias... Penso naqueles que não fazem férias no combate aos incêndios... Penso naqueles que vão visitar centros para deficientes, lares e aldeias "perdidas" nas serras ou nas planícies... Penso naqueles que doam o seu sangue... Penso naqueles que colocam a sua vida em perigo para nos alertar das injustiças e das perseguições que tantos nossos irmãos sofrem...»
Paulo Victória
FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
NORTE PEQUENO
Tríduo: dias 10, 11 de agosto às 20h00 e 13 de agosto às 11h00.
FESTA: dia 15 de agosto - Missa às 12h00 - Procissão às 19h00.
Procissão de Sto. Antão e bênção do gado: dia 13 de agosto às 10h45 seguindo-se a Eucaristia.
MUSEU FRANCISCO LACERDA
O Museu Francisco de Lacerda promove nas suas instalações nos dias 11 e 12 de agosto, sexta e sábado das 10h30 às 12h00, uma Oficina de Encadernação, destinada a crianças e jovens(+10).
Padre Joaquim Cunha tem 105 anos
O sacerdote mais idoso de Portugal, padre Joaquim Cunha, com 105 anos de idade, vai celebrar 80 anos de ordenação a 8 de agosto, anunciou o bispo do Porto.
A 13 de maio, durante a sua visita a Portugal, o Papa Francisco cumprimentou o padre Joaquim Pereira da Cunha, que o bispo do Porto apresentou então como "memória viva” da diocese.
A saudação do Papa decorreu junto à Basílica Nossa Senhora do Rosário de Fátima, antes de um momento de oração junto ao túmulo dos Pastorinhos, oferecendo ao sacerdote um terço e a medalha do pontificado.
Ecclesia
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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