Nº 437
CRESCER NA FÉ
Em quase todas as comunidades fazem-se as festas da Primeira Comunhão e Profissão de Fé. São etapas importantes no crescimento da fé.
Fé que não é um conjunto de teorias e verdades abstractas que se aprendem e se sabem de cor.
Fé que não é um rótulo que se recebeu aquando do Baptismo e que agora se vai aproveitando pela catequese e pelas festas.
Fé que não é um sentimento vago, distante e ausente.
Fé que nasce da confiança que se põe em Deus e que nasce no coração daquele que acolhe Jesus Cristo através da Sua Palavra de vida.
Fé pessoal e assumida com audácia e todos os dias. Não uma fé ocasional, quando dá jeito e de fim de curso e entrega de diploma.
Fé que compromete, que respira, que dá oxigénio para a vida que é experimentada constantemente.
Fé que é luz, que ilumina a própria vida mesmo no meio das sombras do tempo que passa.
Fé que é adesão pessoal a Jesus Cristo. Compromisso responsável com Ele. Que transforma, desconserta, mas que salva. Fé que não segue a lógica dos Homens mas de Deus.
Fé que faz ver os outros e o mundo com os olhos de Deus que é sempre bondade e misericórdia.
Fé que compromete com o mundo e, por isso, ilumina e anima as atitudes e acções. Os gestos e as palavras. Fé nunca é fuga do mundo e das coisas do mundo mas é activa e entrega confiante porque se tem a força transformadora de Deus.
Fé de quem sabe em quem acredita e se entrega a Ele, não uma fé de medo, desilusão e vazio.
Nestas festas e neste tempo é bom perguntarmo-nos pelo tipo de fé que temos e vivemos. Que tipo de fé transmitimos. Ou então perguntar: o que é isso de fé?
Após esta breve reflexão gostaria de deixar o meu apreço aos pais que se esforçam para que os seus filhos tenham uma educação da fé adequada pela catequese, aos catequistas que dispõem do seu tempo, conhecimentos e vivência para caminhar na fé com os seus catequizandos e às comunidades que são o sustentáculo da vida de fé.
Pe. Manuel António
XII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Tema:
A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a figura de Jesus: quem é Ele e qual o impacto que a sua proposta de vida tem em nós? A Palavra de Deus que nos é proposta impele-nos a descobrir em Jesus o “messias” de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida; e convida cada “cristão” à identificação com Cristo – isto é, a “tomar a cruz”, a fazer da própria vida um dom generoso aos outros.
O Evangelho confronta-nos com a pergunta de Jesus: “e vós, quem dizeis que Eu sou?” Paralelamente, apresenta o caminho messiânico de Jesus, não como um caminho de glória e de triunfos humanos, mas como um caminho de amor e de cruz. “Conhecer Jesus” é aderir a Ele e segui-l’O nesse caminho de entrega, de doação, de amor total
A primeira leitura apresenta-nos um misterioso profeta “trespassado”, cuja entrega trouxe conversão e purificação para os seus concidadãos. Revela, pois, que o caminho da entrega não é um caminho de fracasso, mas um caminho que gera vida nova para nós e para os outros. João, o autor do Quarto Evangelho, identificará essa misteriosa figura profética com o próprio Cristo.
A segunda leitura reforça a mensagem geral da liturgia deste domingo, insistindo que o cristão deve “revestir-se” de Jesus, renunciar ao egoísmo e ao orgulho e percorrer o caminho do amor e do dom da vida. Esse caminho faz dos crentes uma única família de irmãos, iguais em dignidade e herdeiros da vida em plenitude.
(Dehonianos)
OU ATÉ SE NÃO PUDER SER...
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser…
Álvaro de Campos in O que há em mim é sobretudo cansaço
CONTO (308)
O MENDIGO
Uma vez, um rei admitiu na sua corte um escravo mendigo, fazendo dele seu conselheiro.
Os outros cortesãos tinham ciúmes e observavam todos os movimentos com a intenção de o denunciarem por alguma falta, foram ter com o rei e disseram-lhe:
- Vigiamos o teu escravo e vimos que, todos os dias, vai a um quarto onde ninguém pode entrar, passa aí algum tempo e depois sai. Deve andar a tramar algo contra sua majestade.
O rei recusou-se a pensar mal do seu escravo, mas o mistério do quarto fechado inquietava-o. Um dia, pediu-lhe que lhe mostrasse esse famoso quarto onde ia tantas vezes.
- Não, majestade!
- Se não me permites entrar, perderei toda a confiança que tenho em ti.
O escravo acabou por abrir a porta, deixando que entrassem todos os cortesãos. O quarto estava vazio. Tudo o que havia nele era um cabide na parede onde estavam dependurados uma velha capa cheia de buracos, um bastão e uma malga de mendigar.
Quando o rei pediu uma explicação, disse:
- Majestade, durante anos tive a honra de ser seu conselheiro e amigo. Mas procurei não me esquecer daquilo que fui, das minhas origens.
In ALEGRE MANHÃ de Pedrosa Ferreira
Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.
Mahatma Gandhi
ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DA CALHETA
Informa-se que estarão abertas inscrições para os exames de final de ciclo (4º ano, 6º ano e 9º ano), que se realizarão de 13 a 20 de Julho de 2010 pelo que todos os interessados deverão dirigir-se aos Serviços Administrativos daquela Escola.
No acto da inscrição serão fornecidas aos candidatos todas as informações relativas aos respectivos exames.
INFORMAÇÃO AOS MUNÍCIPES
A pedido do Comando Operacional dos Açores e com o objectivo de evitar algum desconforto que esta situação possa causar, informa-se toda a população de que as Forças Armadas vão realizar, no concelho da Calheta, de 21 a 25 do corrente mês, o Exercício “Açor 101” que consiste num treino militar com a finalidade de testar e exercitar a defesa militar do Arquipélago dos Açores.
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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