Nº 803

A ARTE DE CULTIVAR O AMOR

Ajuda-nos,  Espírito Santo, a cultivar a arte de alimentar o amor, a qual implica uma série de atitudes livres e conscientes:

Amar implica estar presente nas horas difíceis.

Amar é ajudar o outro a gostar de si, valorizando as suas realizações e empenhamentos, mesmo quando estes  não correspondam aos nossos interesses.

Amar é ajudar o outro a superar a solidão e ajudá-lo a suportar os fardos com que a vida, por vezes, nos carrega.

Amar é facilitar o amadurecimento do outro, dando-lhe oportunidades para que se realize com pessoa livre, consciente e responsável.

Quem ama não substitui, mas ajuda sem se sobrepor. O amor ajuda a pessoa a compreender que é melhor dar do que receber.

Amar é ajudar o outro a descobrir sentidos para viver de modo empenhado e feliz.

Amar é ser capaz de ficar calado quando se está magoado.

Amar é acreditar no outro e não pretender que a minha opinião é a única que vale.

Amar é saber calar-se quando sentirmos que a nossa conversa está a cansar o outro.

Amar implica reconhecer as qualidades do outro e não girar apenas em volta dos seus defeitos.

Amar é ser capaz de partilhar não só o que tenho, mas também o que sei e o que sou.

Amar é entender que a disponibilidade para escutar, acolher e aceitar as diferenças do outro vale mais do que dar muitos presentes.

Amar é estar atento e verificar se o outro está precisando de mim.

Ama mais quem se antecipa, a fim de ser dom para o outro.

O amor modela o nosso coração para a comunhão e capacita-nos para sabermos edificar a nossa casa sobre a rocha firme.

O amor tenta sempre aceitar os defeitos do outro, apesar disto exigir renúncia e sacrifício.

Sublinha as qualidades do outro e congratula-se com os seus sucessos.

O amor não está sempre a exigir disponibilidade da parte dos outros, mas procura estar disponível quando estes precisam de si.

Quando dá uma opinião ou aconselha alguém, a pessoa que ama procura comunicar sempre o melhor da sua experiência e do seu saber.

A pessoa que ama rejubila com os sucessos do outro como se de sucessos próprios se tratasse.

Calmeiro Matias (Adaptado)

 

XII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Não ter medo

Numa aula, estava eu a falar das invenções modernas.

– Algum de vós é capaz de mencionar alguma coisa importante que não existia há cinquenta anos?

Um miúdo muito ativo, sentado mesmo à minha frente, levantou a mão e respondeu:

– Eu, senhor Padre. Há cinquenta anos eu ainda não existia.

– Não. Eu pedi coisas e não pessoas – corrigi.

– Ah! Eu pensava que o senhor Padre ia dizer que eu não era importante.

Jesus Cristo no Evangelho repete, por três vezes, "não temais … vós valeis mais que três passarinhos". É preciso ter confiança em Deus, pois Ele faz tanta confiança em nós. Valemos muito mais do que pensamos.

Se não gostas de ti, quem irá gostar?

Se não te orgulhas do que fazes, quem se orgulhará?

Se não te alegras com a vida que tens, quem se vai alegrar com ela?

Sê tão forte que nenhum tormento possa perturbar a tua paz interior.

Procura a face luminosa de todas as coisas e faz com que o teu otimismo se torne realidade.

Preocupa-te com a tua própria perfeição e não te sobrará tempo para criticar os outros.

Sê bastante grande de espírito para não te atormentares, bastante nobre para não te encolerizares, bastante forte para não teres medo.

Deus faz sentir a todos que há algo de precioso em cada um.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

MEDITAR

 

Estar parado também é caminho?

Parar.

Parar para ver o que há em redor.

Parar para descansar à beirinha do que já se construiu.

Parar para recuperar forças.

Parar para respirar fundo e para fechar os olhos a tudo o que já não precisa de ser visto.

Parar para deixar cair o que já não faz falta.

Parar para aprender a abrir os braços outra vez.

Parar para encontrar um lugar seguro e para reparar no que nos tinha escapado antes.

Estar parado também pode ser caminho. Para andar para a frente e para soprar força aos remos da vida que vamos levando ao peito, é preciso saber atirar a rapidez para longe. É preciso despedir a rotina e dar casa a um ou outro dia que (nos) faça a diferença. Que nos faça diferentes.

Estar parado não é andar para trás. É segurar as aventuras e as histórias que fizemos nascer e deixá-las pousar, ao de leve, nos ramos de dentro que vão dar ao coração.

Estar parado não é desistir. Não é deixar de querer.

Estar parado é saber abrandar. Colocar o pé no travão de tudo o que nos obriga a avançar só porque sim.

Fazer caminho também é ousar parar. Para descobrir, sem pressas, que dentro dos trilhos que percorremos está mais de metade do que somos.Marta Arrais

 

O MENDIGO

Era uma vez um mendigo que estava sentado na rua a pedir esmola. Inesperadamente, viu o rei a aproximar-se, vestido com a sua capa e com uma coroa na cabeça. O mendigo pensou consigo: «Vou pedir-lhe esmola e ele certamente me irá dar o suficiente para viver pelo menos durante um mês».

Quando o rei passou diante dele, disse-lhe:

- Majestade, não me podia dar uma esmola?

O rei fixou-o e disse-lhe:

- Por que é que não és tu a dar-me algo? Porventura não sou eu o teu rei?

O mendigo não sabia o que responder e disse:

- Mas, majestade, eu sou pobre e não tenho nada!

O rei respondeu:

- Deves ter alguma coisa. Procura!

O mendigo procurou e encontrou uma laranja, um pão e uns grãos de arroz. Pensou que devia ficar com a laranja e o pão. Por isso, pegou apenas em cinco grãos de arroz e deu-lhos. O rei disse:

- Vês como tinhas alguma coisa para dar?

E o rei deu-lhe então cinco moedas de ouro, uma por cada grão de arroz. O mendigo, feliz, disse:

- Majestade, julgo que tenho outras coisas…

Mas o rei respondeu imediatamente:

- Só te posso recompensar por aquilo que deste de coração ao teu rei.

In TOMA E LÊ de Pedrosa Ferreira

 

Estar parado também pode ser caminho. Estar à espera também pode fazer parte do caminho. No entanto, parece-nos difícil não associar a esta palavra uma noção de movimento, de andança e de estrada percorrida. Soa-nos diferente, e até estranha, essa ideia de parar.

Importa dar aos outros o amor de os ouvir. A criança ama quem for capaz de se partilhar com ela. De lhe dar o que é, sem cuidar de exigir nada em troca. Os nossos melhores amigos são sempre crianças.”

José Luís Nunes Martins


INFORMAÇÕES

 

ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO

Ribeira Seca - quinta-feira, 29 de junho, das 18 às 19 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

Manadas - sexta-feira, 30 de junho, das 18 às 19 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

 

CASA À VENDA

Vende-se moradia na avenida Francisco Lacerda (junto à Escola Básica) na Vila da Calheta

Os interessados podem contactar através do número 295416513


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Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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