Nº 435

 

«UMA HISTÓRIA, POR FAVOR!»

 

Um destes dias, ia sentada no autocarro atrás de uma menina e da sua mãe, que tinha ido buscá-la à escola. Como a menina não fazia questão de falar baixo e o autocarro ia silencioso, não pude deixar de ouvir a conversa…

- Mãe, logo contas-me uma história antes de eu dormir?

A mãe não respondeu, mantendo-se virada para a paisagem que via pela janela. Assim, a filha voltou a pedir, desta feita com mais delicadeza:

- Mãe, logo à noite contas-me uma história, por favor?

 A jovem mãe da criança deu-lhe, então atenção:

- Ó Ana, tu sabes que eu não tenho cabeça para te contar histórias! Ando estafada, não vês?

- Mas era só uma história pequenina… - tornou a Ana, fazendo uma voz irresistível.

- Tu agora até já sabes ler! – atalhou a mãe.

- Pois, mas não é a mesma coisa – refilou a menina.

- Ora! Quando fores passar um fim de semana a casa do teu pai, pede-lhe que te conte uma história, que ele deve andar mais folgado do que eu – replicou a mãe, já a impacientar-se.

A criança ficou algum tempo calada. Por fim, voltou à carga:

- É que o pai não tem tempo. Ele chega a casa quando eu já estou a dormir…

- Pedes-lhe que te conte a história de manhã – sugeriu a mãe, agora mais sensibilizada.

- Oh… De manhã o pai vai logo para o computador e, além disso, tem de ser à noite!

A mãe não entendeu aquela lógica e, desviando novamente o olhar da janela, interessou-se:

- Mas, afinal, tem de ser à noite porquê?

- É que a minha professora disse que, quando ela era pequenina, o pai ou a mãe dela contavam-lhe uma história à noite e que isso a fazia sonhar!

- Ah, já estou a perceber… - disse, então, a mãe da Ana. – Tu queres é sonhar… E queres sonhar com quê, posso saber?

A menina voltou a ficar em silêncio. Depois, respondeu, como se falasse para si mesma:

 - Eu queria sonhar que o pai e tu tinham um bebé… E eu tinha um mano pequenino…

A mãe exasperou-se:

- Mas que coisa! Então tu não sabes que o teu pai escolheu a família dele, Ana?! Não falámos já tantas vezes sobre isso?!

- Sim… - respondeu a menina, em voz mais baixa, encolhendo-se no banco. – Mas o que eu queria saber é porque é que ele não me escolheu a mim…

A conversa terminou ali. Mãe e filha saíram do autocarro poucos minutos depois. Eu fiquei a olhá-las, pela janela, solidária com a perplexidade triste da menina, cuja pergunta (cheia de sentido e legitimidade) não obteve qualquer resposta.

E pensei: hoje, como ontem, ser criança deveria ser sinónimo de… ser feliz! Como seria bom se a Ana e todos os meninos e meninas do mundo não tivessem de pedir «por favor» uma história que lhes desse o direito a serem felizes, ainda que apenas no país dos sonhos!

 

In Agência ECCLESIA para assinalar o Dia  Mundial de Criança , escrito por Maria Teresa Maia Gonzalez

 

X DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema:

A dimensão profética percorre a liturgia da Palavra deste domingo, em Elias, o profeta da esperança e da vida, em Paulo, o profeta do Evangelho recebido de Deus, e, particularmente, em Jesus, o grande profeta que visita o seu povo em atitude de total oblação.

A primeira leitura apresenta-nos a figura da mulher de Sarepta, que significa a perda da esperança e o sentimento de derrota e de procura de um culpado, e a figura do profeta Elias, que acredita no Deus da vida, que não abandona o homem ao poder da morte, ressuscitando o filho da viúva.

No Evangelho, temos a revelação de Deus expressa na atitude de piedade e compaixão de Jesus no milagre da ressurreição do filho da viúva. Deus visita o seu povo em Jesus, “um grande profeta”, realizando o reino pela ressurreição, oferecendo a sua vida e dando-lhe pleno sentido.

Na segunda leitura, acolhemos a absoluta gratuidade da conversão de Paulo, para quem o Evangelho é uma força vital e criadora, que produz o que anuncia; a sua força é Deus. É uma força vital, uma dinâmica profética que ele recebeu directamente de Deus.

(Dehonianos)

 

MEDITAR

Os dez mandamentos da serenidade de João XXIII

1. Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver o problema da minha vida, todo de uma só vez.


2. Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras; não criticar ninguém; não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim.

3. Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste.


4. Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias, se adaptem todas aos meus desejos.


5. Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma.


6. Só por hoje praticarei uma boa acção sem contá-la a ninguém.


7. Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e se for ofendido nos meus sentimentos procurarei que ninguém o saiba.


8. Só por hoje me farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso, vou fazê-lo. E me guardarei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão.


9. Só por hoje ficarei bem firme na fé, de que a Divina Providência se ocupa de mim como se existisse somente eu no mundo - ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.


10. Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar o que é belo e não terei medo de crer na bondade.


Durante doze horas de um dia posso fazer bem o que me desanimaria se pensasse que teria que fazê-lo durante toda a minha vida.

 

 

 

CONTO (306)

 ESPELHO PARTIDO

Um professor deu a sua lição e no fim fez a pergunta ritual:

- Há alguma pergunta?

Um estudante perguntou:

- Qual é o significado da vida?

Alguns dos presentes sorriram. O professor olhou longamente para o estudante, perguntando com o olhar se era uma pergunta séria. Compreendeu que era.

- Vou responder-te.

Tirou da carteira um pequeno pedaço de espelho. Depois disse:

- Era criança durante a guerra. Um dia, no caminho, vi um espelho partido. Conservei o fragmento maior. Ei-lo. Comecei a brincar e deixei-me encantar pela possibilidade de dirigir a luz reflectida nos ângulos escuros onde o sol nunca brilhava. Conservei o pequeno espelho. Tornando-me adulto, acabei por perceber que não era apenas uma brincadeira de criança, mas a metáfora daquilo que eu poderia fazer na vida.

Perguntas pelo significado da vida. Para mim, a vida tem sentido se posso projectar um pouco de luz - a verdade, a compreensão, a bondade, a ternura - para os recantos mais escuros do coração das pessoas. Talvez outras pessoas, vendo o que eu faço, decidam fazer o mesmo. E o mundo será mais luminoso e feliz.

 In ALEGRE MANHÃ de Pedrosa Ferreira

 

Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido...

(Confúcio)

 


 

FESTA DE SANTO ANTÓNIO NA PARÓQUIA DE SANTO ANTÓNIO

Tríduo - 9, 10 e 11 de Junho às 20.30 horas.

Dia 13 de Junho, missa de Festa às 13.00 horas e procissão às 19.30 horas.

 

FESTA DE SANTO ANTÓNIO NAS MANADAS

No próximo Domingo, dia 13 de Junho, na Ermida de Santo António das Manadas haverá a festa de Santo António com Eucaristia às 17 horas seguida de procissão e sermão no cais.

 

FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

No próximo Domingo, 13 de Junho, na paróquia da Ribeira Seca teremos a festa do Sagrado Coração de Jesus.  A Eucaristia será às 11horas  seguida de procissão.

É, também, o dia da “Primeira Comunhão”. É um dia importante para as crianças, para os seus pais e para toda a comunidade.

 

RECEITAS DA PARÓQUIA DO NORTE GRANDE

Bazar - 504,54€; Rifas - 158,05€; Boletim 149,27€.

 


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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