Nº 763

 

O AMOR DA PAIXÃO EM POEMA
Há o amor que faz com que as pessoas que se amam estejam sempre juntas.
e há o amor que faz com que as pessoas que se amam, mesmo longe, nunca se separem.
Há o amor que nem sempre está presente nas alegrias de quem é amado,
e há o amor que nunca está ausente na dor de quem sofre.
Há o amor que é mais forte do que a morte,
e há o amor que leva quem ama até a morte.
Há o amor que não aceita meias medidas,
e há o amor que é sem medida
Há o amor que não se vende,
e há o amor que não se rende.
Há o amor que não se cansa
e há o amor que nunca descansa.
Há o amor de quem sofre com quem sofre,
há o amor de quem sofre para que ninguém sofra.
Há o amor que suporta a tudo,
e há o amor que suporta a todos.
Há o amor que abraça os amigos,
e há o amor que recebe os inimigos.
Há o amor que faz tudo o que Deus pede,
e há o amor que faz tudo o que Deus merece.
Se todo e qualquer amor é admirável,
existe uma forma que é mais admirável do que todas as demais formas de amar.
E qual seria esta forma?
É quando a um supremo amor se junta uma suprema dor!
Se Cristo só pensasse em si e não pensasse em nós,
que seria de nós?
Se Cristo só pensasse em se salvar,
que esperanças teríamos?
Se Cristo pensasse em abandonar a cruz por amor de sua Mãe,
que amor restaria para nós?
Se Cristo abandonasse o amor pelo tamanho de sua dor,
que amor restaria então para as nossas dores?
Senhor, bendito sejas por me lembrares
todas essas coisas sobre o amor!

Pe. Orlando Gambi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XXV DOMINGO TEMPO COMUM
A liturgia sugere-nos, hoje, uma reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir na nossa vida. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo imoderado do lucro manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são convidados a procurar os valores do “Reino”.

 

Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar sempre mais as suas riquezas, que apenas pensam em explorar a miséria e o sofrimento dos pobres. Amós avisa: Deus não está do lado de quem, por causa da obsessão do lucro, escraviza os irmãos. A exploração e a injustiça não passam em claro aos olhos de Deus.

 

O Evangelho apresenta a parábola do administrador astuto. Nela, Jesus oferece aos discípulos o exemplo de um homem que percebeu como os bens deste mundo eram caducos e precários e que os usou para assegurar valores mais duradouros e consistentes… Jesus avisa os seus discípulos para fazerem o mesmo.

 

Na segunda leitura, o autor da Primeira Carta a Timóteo convida os crentes a fazerem do seu diálogo com Deus uma oração universal, onde caibam as preocupações e as angústias de todos os nossos irmãos, sem exceção. O tema não se liga, diretamente, com a questão da riqueza (que é o tema fundamental da liturgia deste domingo); mas o convite a não ficar fechado em si próprio e a preocupar-se com as dores e esperanças de todos os irmãos, situa-nos no mesmo campo: o discípulo é convidado a sair do seu egoísmo para assumir os valores duradouros do amor, da partilha, da fraternidade.
Dehonianos

 

 
MEDITAR
SOMOS UM MISTÉRIO CHAMADO AMOR

 

 

Assim como a vida natural não pode subsistir sem água, 

 

também a pessoa humana, privada de amor, 

 

não pode emergir no melhor das suas possibilidades de vida espiritual.
 

 

A experiência ensina-nos que a vida humana, privada de amor, acaba por definhar e morrer.

 

 

 

O amor não é nunca uma questão secundária, 

 

pois Deus é amor e Deus é o fundamento da realidade.
 

 

A afirmação da essência amorosa do ser de Deus é das mais importantes da Bíblia 

 

Dizer que Deus é amor significa que a Divindade é relações de comunhão infinitamente perfeita.
 

 

A bíblia diz também que o Homem é imagem e semelhança de Deus.

 

Isto que dizer que a tarefa histórica da humanização do Homem é uma tarefa de amor.

 

A pessoa humana nasce com um feixe original de possibilidades para se humanizar.

 

Estas possibilidades (ou talentos, como Jesus lhes chamou) 

 

possibilitam ao Homem uma diversidade enorme de opções, escolhas e compromissos de vida.
 

 

A dignidade da pessoa está na sua vocação a ser autora de si própria.

 

A grandeza e dignidade da pessoa humana começa no facto de não nascer determinada.

 

A natureza não nos humaniza. 

 

A tarefa da humanização tem de ser realizada por nós.

 

Ninguém nos pode substituir nesta tarefa. 

 

Por outras palavras, ninguém nos pode realizar como pessoa humana.

 

É verdade que a pessoa não se pode realizar sozinha, mas os outros não a podem realizar.
 

 

Nem o próprio Deus nos pode substituir nesta tarefa. 

 

Sabemos que Deus está connosco, mas não está em nosso lugar.

 

Ou:

 

sabemos que Deus não está em nosso lugar, mas está connosco.
 

 

Calmeiro Matias

 

 

 

 
CONTO (622)
 
A MOCHILA E AS PEDRAS
Um fervoroso devoto estava a atravessar uma fase muito dificil da sua vida, com graves problemas de saúde na família e sérias dificuldades financeiras. Por isso rezava diariamente pedindo que o livrassem de tamanhas atribulações.

 

Um dia, enquanto fazia as suas orações, um anjo apareceu-lhe, com uma mochila e a seguinte mensagem:

 

O Senhor teve compaixão da sua situação e manda dizer que é para colocar nesta mochila o máximo de pedras que conseguires, e levá-la às costas, durante um ano, sem nunca a tirar. Manda também dizer que, se o fizeres, ao fim de um ano, ao abrir a mochila, terás uma grande alegria. E desapareceu, deixando o homem bastante confuso e revoltado.

 

"Como pode Deus brincar comigo desta maneira? Eu estou sempre a rezar, peco-Lhe ajuda, e Ele manda-me carregar pedras?" Já não me bastam os tormentos e provações que estou a viver?" Pensava o devoto. Mas, ao contar à esposa a estranha aparição, ela disse-lhe que talvez fosse prudente seguir as determinações dos Céus, e concluiu dizendo:

 

- Deus sabe o que faz...

 

O homem estava decidido a não fazer o que o Senhor lhe ordenara, mas, por via das dúvidas resolveu cumpri-la em parte, após ouvir a recomendação da sua mulher. Assim, colocou duas pedras pequenas, dentro da mochila e colocou-a às costas durante doze meses.

 

Quando terminou o tempo, mal se contendo de tanta curiosidade, abriu a mochila conforme as ordens do Senhor e descobriu que as duas pedras que trouxera às costas durante um ano tinham-se transformado em pepitas de ouro... , apenas duas pequenas pepitas.

 

Todos os episódios que vivemos na vida, inclusive os piores e mais duros de se suportar, são sempre extraordinárias e maravilhosas fontes de crescimento.

 

Temendo a dor, a maioria recusa-se a enfrentar os desafios.

 

Temendo o peso e o cansaço, a maioria faz tudo para evitar situações novas, embaraçosas, que envolvam qualquer tipo de conflito.

 

Mas aqueles que encaram a valer as situações que a vida propõe, aqueles que resolvem "carregar as pedras" com Amor, ao invés de evitá-las, negá-las ou esquivar-se delas, esses alcançam a plenitude de viver e transformam, com o tempo, o peso das pedras que transportaram em peso de sabedoria.
Como está a sua mochila?

 

Autor desconhecido

 

 

 

Quando eu for grande, Pai, é porque finalmente perdi a mania das grandezas. 
Vou amar o que é pequeno e encantar-me com a fragilidade, 
entusiasmar-me com a dádiva e emocionar-me com a debilidade, 
vou amar a carência e entregar-me inteiramente sem esperar recompensa.
 
Rui Santiago, in Ora Vê

 


 

INFORMAÇÕES
FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS ABERTA A TODA A COMUNIDADE
Biscoitos - Quarta Feira às 19h30
Manadas - Quinta feira às 19:00 horas
 
 
 
FESTA DE SÃO MATEUS
URZELINA
Dia 25 de setembro - Eucaristia de festa às 16 horas seguida de procissão.
 
FESTA DE SANTA RITA
MANADAS
Dia 25 de setembro - Eucaristia de festa às 12 horas seguida de procissão.
 
FESTA DO BOM JESUS
FAJÃ GRANDE
Tríduo: 21, 22 e 23 de setembro às 20 horas.
Festa dia 25 de setembro:
                               - Eucaristia de festa às 16 horas seguida de procissão.
 
 

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Jesus veio ensinar-nos a conhecermo-nos tais como somos,
com a nossa vocação profunda para o amor,
com todos os nossos dons,
com toda a beleza que está em nós,
mas também com tudo o que está ferido,
com tudo o que é frágil,
com tudo o que é pobre.

Jean Vanier, in A Fonte das Lágrimas

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