Nº 762

 

Encontrei no “Portal Raizes” o texto que transcrevo de um mestre em matéria de Psicologia e Comportamentos, que julgo de utilidade neste início de ano escolar:
“Geração triste”
“Nunca tivemos uma geração tão triste, tão depressiva. Precisamos ensinar as nossas crianças a fazerem pausas e contemplar o belo. Essa geração precisa de muito para sentir prazer: viciamos os nossos filhos e alunos a receber muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. O resultado: são intolerantes e superficiais. O índice de suicídio tem aumentado. A família precisa de se lembrar que o consumo não faz ninguém feliz. Suplico aos pais: os adolescentes precisam ser estimulados a se aventurar, a ter contato com a natureza, a encantar-se com a astronomia, com os estímulos lentos, estáveis e profundos da natureza que não são rápidos como as redes sociais”.

 

É preciso fazer com que as cianças deixem os ecrans da televisão, os telemóveis. Passam muito tempo com estes meios que não facilitam o contacto uns com os outros, com os pais, irmãos, avós...

 

É preciso criar laços de amizade, de compreensão, de ternura.

 

Esta geração que estamos a acompanhar no seu crescimento é uma geração de gritaria, não ouvem quando falamos normal. A gritaria acontece quando as pessoas têm a impressão que estão muito longe umas das outras, então chamamos alto para que nos possam ouvir, ou então quando estamos zangados, aborrecidos, já não temos mais paciência, então gritamos. Mesmo, dentro da sala de aula, o professor grita para que prestem atenção. Toda a gente grita e berra… É um tempo triste e depressivo.

 

É preciso outro contacto com a natureza. Apreciar a sua beleza, a sua calma, a sua harmonia. O silêncio. Nestas festas das Fajãs tenho chamado tantas vezes a atenção para estas coisas. O caminhar para poder meditar na beleza que nos cerca. Não podemos mais estar fechados num quarto ou em casa porque corremos o risco de termos mentes também fechadas e não abertas aos outros, ao mundo e a Deus. Deixamos de pensar na sociedade e no seu bem. Deixamos de participar e de nos interessar pelo bem comum criando e fazendo uma sociedade pobre.

 

É preciso refazer caminhos. Caminhar lado a lado. Criar a alegria de estar e de viver.

 

Manuel António

 

 
XXIV DOMINGO TEMPO COMUM
A liturgia deste domingo centra a nossa reflexão na lógica do amor de Deus. Sugere que Deus ama o homem, infinita e incondicionalmente; e que nem o pecado nos afasta desse amor…
A primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Jahwéh face à infidelidade do Povo. Neste episódio – situado no Sinai, no espaço geográfico da aliança – Deus assume uma atitude que se vai repetir vezes sem conta ao longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de punir o pecador.
Na segunda leitura, Paulo recorda algo que nunca deixou de o espantar: o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.
Esse amor derrama-se incondicionalmente sobre os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas. Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de Deus e de Lhe agradecer.
O Evangelho apresenta-nos o Deus que ama todos os homens e que, de forma especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os marginalizados. A parábola do “filho pródigo”, em especial, apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.
Dehonianos

 

 
MEDITAR
 
OLHA PRA TRÁS
Quem não olha para trás não sabe de onde veio.

 

Quem não olha para trás partiu a bússola e rasgou os mapas dos países por onde foi gente.

 

Quem não olha para trás não sabe que o caminho que se faz hoje rima sempre com o que já se fez.

 

Olha para trás. E repara. Não lamentes nem te percas mas repara. Repara nos dias que se beijaram uns a seguir aos outros, com medo que a noite lhes roubasse a aventura e a alegria. Repara nas feridas que secaram com o sol da esperança que lhes deste. Repara nas mãos que nunca deixaram as tuas e nas que se separaram de ti.

 

Olha para trás. Devagar. Como quem espreita o que é ou já foi seu. Não te demores mas repara. Lê os lábios do teu caminho e todas as palavras que precisas para te dar alento. As boas e as de pedra. As doces e as de sal.

 

Olha para trás para te lembrares do que te trouxe e do que trouxeste até aqui. Do caminho em que te tornaste. Para cada um de nós há apenas um caminho. Não vale a pena querer atalhar por outro. O que é nosso, há de ser para nós. O caminho que há para fazer não é de mais ninguém senão teu. Olha para trás sem ficar. Sem chorar e sem culpa. As lágrimas não regam futuros e a culpa é uma mordida funda e aflita.

 

Olha para trás e agarra-te bem. Abraça devagar as consequências dos teus erros para que não voltem. Afunda as dores e ata-as com pontas de futuro. O passado tem medo do que está para vir. E o que está para vir ganha-nos sempre. Quem se esquece de olhar para trás, esquece-se do que é seu. E isso é esquecer-se de (quase) tudo.

 

Olha sempre para a frente como quem sabe que, de vez em quando, precisará de olhar para trás.

 

Marta Arrais
 

 

 
CONTO (621)
 
DONO DA VERDADE
Sete sábios, cada um de uma religião, discutiam qual deles conhecia, realmente, a verdade.
Um rei muito sábio que observava a discussão aproximou-se e perguntou:
- O que estão vocês a discutir?
- Estamos a tentar descobrir qual de nós é o dono da verdade.
Ao ouvir isto, o rei, imediatamente, pediu a um de seus servos que levasse sete cegos e um elefante até o seu castelo. Quando os cegos e o elefante chegaram ao palácio, o rei mandou chamar os sete sábios e pediu-lhes que observassem o que ia acontecer.
O sábio rei pediu aos cegos que tocassem o elefante e o descrevessem, um de cada vez.
O primeiro cego tocou na tromba do elefante e disse:
- É comprido, parece uma serpente.
O segundo tocou-o no dente e disse:
- É duro, parece uma pedra.
O terceiro pegou no rabo e disse:
- É cheio de cordinhas.
O quarto pegou na orelha e disse:
- Parece um couro bem grosso.
E assim, sucessivamente, cada cego descreveu o elefante de acordo com a parte dele que tocava.
Quando todos terminaram de descrever o animal, o rei perguntou aos sete sábios:
- Algum destes cegos mentiu?
- Não! – responderam os sábios em coro – Todos disseram a verdade.
Então, o rei perguntou:
- Mas algum deles disse realmente o que é um elefante?
- Não, nenhum cego disse o que é um elefante, mesmo porque cada um tocou apenas uma parte dele – disse um dos sábios.
- Vocês, sábios, que estão a discutir quem é dono da verdade, parecem cegos. Todos estão a dizer a verdade, mas, como os sete cegos, cada um se refere apenas a uma parte dela – disse o sábio rei, concluindo:
- Ninguém é dono da verdade, porque cada um a vê de ângulo diferente…

 

Quando estamos interiormente despertos, atentos, com o ‘olhar limpo’, deixamo-nos cativar pelas coisas simples que sempre estiveram aí mas não tínhamos reparado nelas… E tudo adquire um novo sentido, um novo significado na nossa vida…
Grão de Mostarda

 


 

INFORMAÇÕES
 
NOSSA SENHORA de FÁTIMA na RIBEIRA SECA
Terça-feira, dia 13 de abril, às 19h00 haverá recitação do terço, seguida de Eucaristia e procissão no interior da Igreja.
 
CÁRITAS SANTA CATARINA
Estão abertas as inscrições para o ATL. Os interessados devem dirigir-se à Cáritas, nos dias úteis, entre as 14:30 e as 18:00, ou contactar através dos números: 295417081; 917585829.
Devem levar o Cartão de Cidadão do aluno e Declaração de Rendimentos do agregado familiar.
 
FESTA DE NOSSA SENHORA DAS DORES
FAJÃ DO OUVIDOR
Tríduo - 14, 15 e 16 de setembro às 20 horas.
 
Festa dia 18 de setembro: - Eucaristia de festa às 13 horas, procissão às 19 horas.

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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