Nº 759

 

DO AMOR
Hoje o azul do céu
Acordou-me do cinzento enviesado que insiste em encobrir este mês!
É difícil não fazer jejum de alegria quando à nossa volta desabam vidas…
Quando do oriente ao ocidente,
Se entrelaçam políticas e vontades sem amor!
Se procuram soluções, rápidas e avulsas,
onde o bem-estar de alguns se troca pela vida de outros!
 
Sei que o sofrimento é condição da vida,
Mas quero um mundo melhor!
Quero um Sol aceso em todos os corações.
Porque cada homem, mulher ou criança, o merecem,
Aqui ou em qualquer parte do mundo!
 
Não foram pregos que te mantiveram na cruz, Jesus… Foi o amor!
Não pensavas só em alguns quando disseste à tua Mãe: “Eis o teu filho!”
Então, que nos falta? Para te descobrirmos, realmente?
Para ousarmos quebrar as barreiras, os muros, as cercas?
Na Hungria, na Grécia ou em Israel…
Mas aqui também, no meu coração?
 
Não quero cair na retórica do sentimento bonito,
Da palavra que emociona.
Quero-te a Ti, Senhor…
Humildemente, quero a Tua vontade. Profunda e pura!
É muito fácil perder-me na normalidade dos dias!
Por isso peço que rasgues mesmo o que é velho em mim,
Para começar de novo, como Paulo, no caminho de Damasco.
 
Precisamos de Ti!
No burburinho da confusão que se instalou à escala global,
é este o grito que o mundo lança,
e que ecoa individualmente no coração de cada um!
Precisamos de Ti, Senhor da misericórdia!
De parar, de Te ouvir, de Te sentir!
Não nos deixes desanimar, que nos afundamos.
Rompe o que em nós ainda é medo, insegurança, revolta ou falta de amor…
Vem estender-nos a mão,
neste ano que ainda agora começa…
 
E Maria, não te canses de segredar aos corações:
“Fazei tudo o que Ele vos disser!”
 
Catarina Gregório Martins (adaptado)
 
XXI DOMINGO TEMPO COMUM
A liturgia deste domingo propõe-nos o tema da “salvação”. Diz-nos que o acesso ao “Reino” – à vida plena, à felicidade total (“salvação”) – é um dom que Deus oferece a todos os homens e mulheres, sem exceção; mas, para lá chegar, é preciso renunciar a uma vida baseada nesses valores que nos tornam orgulhosos, egoístas, prepotentes, autossuficientes, e seguir Jesus no Seu caminho de amor, de entrega, de dom da vida.

 

Na primeira leitura, um profeta não identificado propõe-nos a visão da comunidade escatológica: será uma comunidade universal, à qual terão acesso todos os povos da terra, sem exceção. Os próprios pagãos serão chamados a testemunhar a Boa Nova de Deus e serão convidados para o serviço de Deus, sem qualquer discriminação baseada na raça, na etnia ou na origem.

 

No Evangelho, Jesus – confrontado com uma pergunta acerca do número dos que se salvam – sugere que o banquete do “Reino” é para todos; no entanto, não há entradas garantidas, nem bilhetes reservados: é preciso fazer uma opção pela “porta estreita” e aceitar seguir Jesus no dom da vida e no amor total aos irmãos.

 

A segunda leitura parece, à primeira vista, apresentar um tema um tanto deslocado e marginal, em relação ao que nos é proposto pelas outras duas leituras; no entanto, as ideias propostas são uma outra forma de abordar a questão da “porta estreita”: o verdadeiro crente enfrenta com coragem os sofrimentos e provações, vê neles sinais do amor de Deus que, dessa forma, educa, corrige, mostra o sem sentido de certas opções e nos prepara para a vida nova do “Reino”.

 

Dehonianos

 

 
MEDITAR
 

 

Ensina-me a fazer as perguntas certas,

 

Bom Deus, meu Senhor e meu Dono.

 

Ensina-me a fazer as perguntas certas…

 

 

 

Em cada momento, em cada situação,

 

em cada encontro e desencontro da minha Vida,

 

ensina-me as fazer as perguntas certas…

 

 

 

Não Te peço mais as respostas,

 

Deus que me respeitas como terra sagrada

 

e descalças as sandálias para Te passeares em mim,

 

peço-Te o dom de saber fazer as perguntas certas…

 

Fazê-las a Ti, a mim, aos que me amam e aos que me mordem.

 

 

 

Testemunho a Tua Fidelidade, anuncio a Tua Bondade,

 

experimento o Teu Perdão, agradeço a Tua Paz…

 

e peço a Sabedoria, Deus,

 

aquela que molde em mim um Coração parecido ao de Jesus…

 

 

 

Ensina-me, Senhor, a fazer sempre as perguntas certas."

 

 

 

 in Salmos para o Terceiro Milénio 2, 2010

 

 
CONTO (618)
 
AS ESTAÇÕES
Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que os seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada num lugar distante.
O primeiro filho foi lá no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o quarto e mais jovem, no outono.
Quando eles voltaram, reuniu-os e pediu que cada um descrevesse o que tinha visto.
O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo filho disse que ela era recoberta de botões verdes e cheia de promessas.
O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que era a coisa mais graciosa que ele tinha visto.
O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas…
O homem, então, explicou aos filhos que todos eles estavam certos, porque eles tinham visto apenas uma estação da vida da árvore…
Ele disse que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, apenas por uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos no fim, quando todas as estações estiverem completas.
Se desistires quando for inverno, perdes a promessa da primavera, a beleza do verão, a expectativa do outono.
Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgues a vida apenas por uma estação difícil.
 
Autor desconhecido

 

O coração tem gravado, o passado lembrado!
Caminhos percorridos,
Olhares cruzados,
Mãos oferecidas,
Sentimentos partilhados,
Sorrisos cúmplices.
Retalhos com vida.
Amor compartido, passado lembrado!
Saudade que não morre, e faz memória
de importâncias sem sentido.
Saudade que nos liga e não desliga.
Saudade que fica.
Saudade que magoa, dói e corrói
e nos arranca bocados de Vida.
A cada passo (blog)

 

INFORMAÇÕES
MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA

 

No próximo domingo, 28 de agosto, às 17 horas.
 

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO
RIBEIRA DO NABO
Missa de Festa: 28 de agosto às 17h00 seguindo-se a procissão.
 
 
FESTA DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO - LOURAL
Tríduos: 22, 23 e 24 de agosto às 20h00.
Missa de Festa: 28 de agosto às 14h00 seguindo-se a procissão.
 
 
 FESTA DE SANTA FILOMENA - PENEDIA
 Missa de Festa: 28 de agosto às 11h00 seguindo-se a procissão.

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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