Nº 752

 

PARA SEMPRE
(Porque só o Amor inscreve Eternidade no Tempo…)´
Era uma vez uma concha…Linda! Enorme! Sabia de cor o ritmo das marés e o aconchego da areia molhada.

 

Do "marulho" das ondas e do seu vai e vem aprendera as permanentes mudanças da vida, os seus ritmos e, também, que o “para sempre” não é conjugável por uma concha…

 

(Só o coração do homem está vocacionado para o Eterno; só a ele é possível conjugar o Amor num Tempo Presente/Futuro/Infinito…)
Ondas como mãos a trouxeram à praia… Mãos de viajantes em férias a recolheram, esquecida na areia, como casca vazia e inútil… “Que linda concha!”

 

E começaram a nascer histórias: - De pão partido e repartido em comunhão de mãos…

 

De tela, que outras mãos desenharam e pintaram…

 

Num belo entardecer, a concha linda e enorme veio parar às nossas mãos - uma espécie de Herança. Sagrada! E foi a Gratidão, massada em silêncio e ternura…

 

Aprendemos a rezar junto dela como se fora um ícone escrito para nós.

 

Tornou-se janela de onde podemos olhar e ler uma História de quase 300 anos de rostos, de (a)venturas, de vidas gastas com aqueles que, de tão pequenos, não interessam a ninguém - os últimos da sociedade, de qualquer sociedade, em qualquer país do nosso Mapa Mundi.

 

É que, na nossa concha está desenhado o rosto de um Homem tão fecundo que, ainda hoje, continua a gerar “filhos”…mas, filhos dAquele Amor Eterno que não se cansa de moldar e olhar, encantado, a Obra das Suas mãos… em pedaços… desFigurada… desFeita… tão desFeita como esta nossa Humanidade tantas vezes se apresenta -,desFeita porque se FAZ a um jeito contrário ao Amor Criador que, se a sonhou inteira e linda, não desiste de quere-la ao Seu jeito - inteira e linda!

 

Então teve início uma outra História escrita pelas mãos cuidadosas de alguém que, de um modo genesíaco, moldou, compôs, refez, restituiu ao desfigurado rosto da concha a sua beleza antiga, acrescentando-lhe a graça de outras mãos, a doçura de outros cuidados, o riso de outros olhos e… “Deus viu que era bom”!

 

A nossa concha… linda como um ícone, traz agora es(ins)crita no seu corpo de concha uma História de Cicatrizes… como a nossa…

 

Quando a olhamos, vemos desenrolar-se à nossa frente um fio de ouro que começou lá atrás, num Princípio sem tempo, que percorre toda a História da Criação e, escreve em todas as línguas ”EU NUNCA desistirei de te amar”!...

 

Quando deixamos que nos olhe, impossível não nos sentirmos a fazer parte de uma História imensa de quedas e (in)fidelidades, inquestionavelmente amada por um Amor Criador que continua a moldar-nos por suas mãos e a querer-nos inteiros… ESSE Amor, que nos FAZ BEM FEITOS é FIEL e é PARA SEMPRE.

 

Glória Marques (Adaptado)

 

 
XIV DOMINGO TEMPO COMUM
Carga leve
A seara é grande mas os trabalhadores são poucos. Porquê? Os trabalhadores são poucos porque a seara é grande? Não! Talvez seja porque nem todos estão dispostos a trabalhar nestas condições: como ovelhas entre os lobos, num total desprendimento, sem bolsa, nem alforge, nem sandálias... e sem demoras. Estas exigências do trabalho serão muito pesadas ou essa bagagem toda seria ainda mais incomodativa e pesada? E desculpamo-nos dizendo que se a vida dos servidores do Evangelho fosse menos exigente haveria mais vocações ou se os padres pudessem casar haveria mais candidatos.

 

Não é bem assim porque a sabedoria popular diz que quem corre por gosto não “casa”. (Por coincidência escapou-se-me uma letra nesta última palavra e em vez de ‘cansa’ apareceu ‘casa’. Pois é, quem responde por gosto não casa).

 

Lembro-me de um missionário que num descampado, já cansado de tanto andar e longe de todo o conforto alcançou, a meio da caminhada, uma miudinha de dez anos, pobre e franzina. Ela respirava com dificuldade, toda transpirada, descalça mas carregava cuidadosamente um pequenito às costas. O padre prontificou-se para ajudá-la:

 

- Ó pequena, queres que te ajude pois levas muito peso…

 

Ela sorriu:

 

- Isto não é um peso, é o meu irmão.

 

O Evangelho não é carga pesada mas amor libertador. A sua exigência não é muita, o nosso amor é que pode ser pouco.

 

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

 
MEDITAR
 

 

SL 30
Eu honro o Teu Nome, Senhor, porque me reergueste
e não permitiste que a minha vida se tornasse motivo de troça.
Senhor meu Deus, virei-me para Ti e Tu curaste-me.
Senhor, livraste a minha vida das cadeias da morte 
e deste-me uma vida nova quando me tiraste do fosso.
 

 

Cantai ao Senhor, vós todos que O amais,
dai-Lhe graças e fazei sempre memória da Sua fidelidade.
A Sua zanga dura apenas um momento, 
mas a Sua ternura é para a vida inteira.
A noite traz as lágrimas, 
mas pela manhã explode a alegria.
 

 

Tranquilo, eu dizia:
“Está tudo controlado. 
Porque o Senhor, na Sua benevolência, 
fortificou a minha montanha!”
 

 

Mas mal escondeste a Tua face eu fiquei apavorado.
Chamei por Ti, Senhor, e supliquei a misericórdia do meu Deus:
“Que vantagem podes tirar da minha morte?! 
O que ganhas com a minha descida ao túmulo?!
O pó não te pode louvar! O barro não Te pode bendizer!
Ouve-me, Senhor, abre para mim as Tuas entranhas de misericórdia. 
Senhor, ajuda-me!”
 

 

E Tu transformaste o meu luto em dança, 
tiraste-me a roupa de choro e vestiste-me de festa.
Por isso o meu coração agora Te canta sem parar.
 

 

Senhor, meu Deus, eu vou agradecer-te para sempre!
Indje
 
CONTO (611)
 
A JOVEM QUE NÃO FALAVA
   Certo dia, um rapaz viu uma jovem muito bonita e apaixonou-se. Como queria casar com ela, foi ter com os pais dela.

 

- Essa nossa filha não fala. Caso consigas fazê-la falar, podes casar com ela.

 

O rapaz foi ter com a jovem. Fez-lhe várias perguntas. Contou coisas engraçadas. Insultou-a. Mas ela não chegou a rir nem pronunciou uma só palavra. Então ele desistiu e foi-se embora.

 

Depois daquele rapaz, seguiram-se outros pretendentes. Contudo, nenhum conseguiu fazê-la falar.

 

O último pretendente era um rapaz sujo, pobre insignificante. Os pais da jovem disseram-lhe:

 

- Se já várias pessoas apresentáveis e com muito dinheiro não conseguiram fazê-la falar, tu é que vais conseguir? Esquece!

 

Todavia, o rapaz insistiu, Pediu à jovem que fosse à sua horta, para ajudar nas culturas. Era uma enorme seara de milho e amendoim. E o rapaz começou a livrar as plantas das ervas que as sufocavam. A jovem observava o rapaz a trabalhar e reparou que estava a arrancar também milho e amendoins. Então perguntou-lhe:

 

- O que estás a fazer?!... Se queres obter frutos, tens de ter cuidado e paciência. E respeitar!

 

O rapaz começou a rir. Depois regressaram a casa dos pais dela e o rapaz contou o que se tinha passado. Os anciãos da aldeia discutiram a questão e organizou-se um grande casamento.

 

Da revista Audácia  de Julho-Agosto de 2016

 

Ter esperança
é acreditar num futuro de redenção,
mesmo no meio das realidades mais tristes.
Ter esperança é não desistir de si próprio.
Ter esperança é confiar
que Deus pode transformar tudo.
Ele há de encher a nossa alma de alegria,
se deixarmos que a Esperança
more no nosso coração.

Anselm Grün
 

 

INFORMAÇÕES
 
MISSA DAS MANADAS
Na próxima quinta-feira não haverá missa nas Manadas.
 
FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO NA FAJÃ DOS VIMES

 

No dia 7 de julho (quinta-feira) tem início o Novenário de Nossa Senhora do Carmo na Fajã dos Vimes. A Eucaristia será todos os dias às 20 horas.

 

A Missa de festa do dia 16 de julho, virá no próximo Boletim.

 

 
ESCOLA DE VELAS
A EBS de Velas informa que oferece, durante o ano letivo 2016/2017, o curso PROFIJ IV, tipo 6, o qual confere habilitação equivalente ao 12º ano de escolaridade a qualificação profissional de nível IV. Este curso destina-se a todos os alunos com frequência do 12º ano de escolaridade e com o máximo de três disciplinas sem aproveitamento do plano curricular frequentado.
 
REUNIÃO PARA OS CRISMAS
Para a preparação dos Crismas na Ribeira Seca, haverá uma reunião no dia 4 de julho às 19h30, na Igreja, para todas as pessoas e em especial para os crismandos, pais e padrinhos, para preparar a celebração do Crisma que será no dia 11 de julho pelas 20h00.

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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