Nº 723

 

ADVENTO, TEMPO DE ESPERA
 
Quem fez a experiência da espera - e quem é que nunca a fez? - sabe quão frequentemente ela dá lugar a uma espécie de vertigem. Quem sabe se virá aquele ou aquilo que espero? É aqui que devo esperar? Ou terei falhado a hora do encontro? Terá acontecido alguma desgraça a quem espero? Hoje, graças aos telemóveis e aos outros modernos meios de comunicação, consegue-se ter resposta imediata a estas perguntas e anula-se assim a experiência da espera.
Com Deus, todavia, e com o seu Cristo, as coisas são um pouco diferentes. Não podemos abolir a espera, a menos que decidamos - como muitos já fizeram - que Deus não existe. Mas quem foi conquistado pelo Seu amor, não pode declarar que Deus não existe mais. E o seu tempo, a sua vida, desenrolam-se sob o signo da espera, até à vinda de Cristo. A espera não é um tempo morto ou vazio, ou, pior ainda, absurdo: confere-lhe, pelo contrário, um conteúdo rico e fundamental.
A pergunta colocada a Jesus pelo especialista na lei centra-se no «maior mandamento». Diversamente da corrente rigorista, que refuta entrar em debate sobre essa interrogação porque, vindos de Deus, todos os mandamentos têm o mesmo valor, Jesus segue a corrente que reconhece a legitimidade do questionamento e responde sublinhando o que todo o judeu proclama diariamente na sua oração: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e como toda a tua mente» (Deuteronómio 6,5).
Declarando «este é o maior e o primeiro mandamento», parecia ter dado resposta à pergunta e tudo poderia concluir-se assim. Em Marcos, Jesus prossegue, dizendo: «O segundo é este: amarás o teu próximo como a ti mesmo» (12,31). Em Mateus, todavia, Jesus precisa que aquele segundo mandamento é «semelhante» ao primeiro, ou seja, é diferente no conteúdo mas igual em grandeza.
Por isso não se pode escolher entre um e outro, e portanto entre Deus e o próximo, porque o amor pelo próximo é a demonstração verificável do amor com que se ama Deus, como recorda a primeira Carta de João: «Se alguém diz "amo Deus" e odeia o seu irmão, é um mentiroso. Pois aquele que não ama o próprio irmão, que vê, não pode amar Deus, que não vê» (4,20).
Se ocuparmos o tempo de espera - não só neste Advento, mas o da espera do regresso de Cristo, isto é, todo o nosso tempo - descentrando-nos de nós mesmos, preocupando-nos um pouco menos com o nosso eu, com o não nos perdermos em hipóteses aleatórias sobre a vinda do Senhor que tarda, se procurarmos, em vez disso, com o nosso amor pelo próximo responder ao amor com que Deus nos amou, então descobriremos que será sempre demasiado breve o tempo da nossa espera.
 
 Irmão Daniel  in Mosteiro de Bose
 III DOMINGO DO ADVENTO
Alegrai-vos
O tema desta etapa do Advento gira à volta da pergunta; “e nós, que devemos fazer?” A resposta repete-se nas várias leituras: 'Alegrai-vos'.

 

Há dois dias atrás celebrou-se a memória de São João da Cruz. Santa Teresa de Ávila, afirmou a seu respeito que não era possível discorrer com ele sobre Deus sem vê-lo em êxtase. As grandes almas deleitam-se ao ouvir tão somente o nome de Deus.

 

E eu fico a pensar em tantos sermões que fiz ou que ouvi, tantas leituras, outras tantas exortações, celebrações etc. Mas quantas vezes me deixei arrebatar pelas coisas de Deus? Não interessa quem anuncia, não importa o que diz, basta só pronunciar esse nome para incendiar uma alma santa.

 

Quanta gente se lamenta, como eu, que as palavras do padre nada lhe diz, que os discursos da Igreja já não comovem! De quem será a culpa? Ouvir pronunciar o nome do Senhor era suficiente para inebriar o coração de São João da Cruz, porque tinha um grande amor.

 

Por coincidência, li recentemente que os cientistas concluíram que rir é o melhor remédio para o coração, diminuindo os danos causados pelo stress.

 

Que devemos fazer para preparar o caminho do Senhor?

 

Alegremo-nos e o nosso coração estará em condições para O receber.

 

Pe. José David Quintal Vieira, scj MEDITAR
 
 
Pai Santo,
Tu criaste o coração dos pais,
muitos dos quais são capazes de total doação.
Trindade Santa,
sois uma dinâmica permanente de relações
e estais na origem de todas as coisas.
É por esta razão que o selo das relações
está inscrito em todo o Universo.
És um Deus Comunhão Familiar de três pessoas.
Como nos criaste à tua imagem,
também nós estamos talhados para a comunhão familiar.
 
Deus Santo,
és um Deus sempre ativo e criador.
Eis a razão pela qual o Universo é um poema vivo e dinâmico
a escrever-se todos os dias.
Criaste a pessoa humana como obra-prima;
criaste-a com amor infinito.
Tu és uma Divindade constituída por pessoas.
Também a Humanidade, sonhada à Tua imagem,
é constituída por pessoas.
Eis a razão pela qual já pode acontecer comunhão amorosa
entre Criador e Criação."
 
 in Salmos para o Terceiro Milénio 2, 2010
 
 CONTO (583)
PROBLEMA DE CORAÇÃO
Um dia o Mestre perguntou aos seus discípulos:
- Sabeis porque é que as pessoas gritam quando estão zangadas?
Eles responderam:
- Não sabemos.
O Mestre disse-lhes então:
- Dialogai entre vós e investigai as razões profundas porque é que as pessoas gritam quando estão zangadas.
Eles dialogaram entre si mas não souberam encontrar respostas satisfatórias.
Foi então que o Mestre insistiu:
- Se a pessoa que está ao lado não é surda, porque é que gritam tanto? Por que será?
Eles continuaram à procura duma resposta para uma questão tão simples, mas não a encontraram.
Foi então que o Mestre explicou:
- Quando duas pessoas estão zangadas, os seus corações afastam-se muito. Para encurtar as distâncias, precisam gritar para se fazerem ouvir. O contrário acontece quando as pessoas gostam uma da outra.
Elas não gritam mas falam suavemente, porque os seus corações ficam tão próximos um do outro, que nem precisam dizer nada. Basta o olhar.
Os discípulos perceberam a lição.
No fim, o Mestre recomendou-lhes:
- Quando discutirdes, não deixeis que os vossos corações se afastem. Se gritardes um com o outro, é porque eles estão demasiado distantes. Antes de começardes a discutir, tendes de vos amar mais.
É tudo um problema de coração.
Pedrosa Ferreira in, CONTOS+MENSAGEM,

 

Não acredites que podes prever o futuro nas estrelas, mas acredita no caminho que fazes todos os dias e a vida vai levar-te ao que é teu.
 
Não queiras ser melhor do que ninguém, mas não deixes que te digam que não és capaz.
 
Não vivas como os outros querem que vivas, mas promete-te fazer valer a pena.

Às 9 no meu blogue


 

INFORMAÇÕES
 
FESTA DE SÃO LÁZARO
A comunidade do Norte Pequeno celebra o dia do seu Padroeiro, São Lázaro, no próximo dia 17 de dezembro. A Eucaristia é às 16 horas seguida de procissão.
 
CONFISSÕES

 

Norte Pequeno no dia 14 de dezembro a partir das 14horas.

 

Norte Grande no dia 18 de dezembro a partir das 14 horas.

 

Santo António no dia 18 de dezembro a partir das 14 horas

 

Ribeira Seca no dia 18 de dezembro a partir das 16 horas.

 

Biscoitos no dia 18 de dezembro a partir das 17 horas.

 

Beira no dia 18 de dezembro a partir das 15 horas.

 

Urzelina no dia 20 de dezembro a partir das 17 horas.

 

 
INTENÇÕES DE MISSAS

 

A Missa do dia 19 de dezembro, no Portal, vai ser celebrada, também, por alma do Sr. Manuel Luciano de Sousa (mês)
 
CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

 

A Clínica dos Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na Clinica da instituição a Dr.ª Renata Gomes, Cardiologista, no dia 17 de dezembro. As marcações podem ser feitas para os nºs 295426111/110
 
MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA

 

Dia 20 de dezembro às 15 horas

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Agenda Pastoral

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Jesus veio ensinar-nos a conhecermo-nos tais como somos,
com a nossa vocação profunda para o amor,
com todos os nossos dons,
com toda a beleza que está em nós,
mas também com tudo o que está ferido,
com tudo o que é frágil,
com tudo o que é pobre.

Jean Vanier, in A Fonte das Lágrimas

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