Nº 713

OUTUBRO MISSIONÁRIO

 

 

 

Missão: o que o amor não pode calar!

 

2. É o amor, compassivo e altruísta, quem gera e produz os atos mais intensos e mais nobres, até à heroicidade ou até ao martírio. A dedicação ao outro, individual ou coletivo, faz parte da natureza dialogal profunda da pessoa.

 

3. Ora, a grande carência do nosso tempo é a religiosa: sem fé e fé verdadeira, o homem despoja-se do seu real valor, a verdade confunde-se com o apetite e o mundo torna-se pobre e indigente, pois jamais se conseguirá apagar a fome de Deus. As pessoas e maneira do pensar do mundo podem não saber isso. Mas, depois, sentem-lhe os efeitos: se a pessoa não é “imagem e semelhança de Deus”, qual a diferença entre ela e os animais? Porque nos preocuparmos com os que passam fome, não dispõem de estruturas de saúde, não sabem o que é uma escola, são refugiados ou tentam atravessar o Mediterrâneo para virem apanhar as migalhas que caem da nossa mesa abastada?

 

4. A grande «periferia» do nosso tempo, para usar a feliz expressão do Papa Francisco, é constituída pelos muitíssimos que não conhecem Deus ou põem a sua esperança num «simulacro de Deus». Uns estão longe, para além do mar. Mas outros estão bem perto de nós: são nossos concidadãos.

5. Eis a razão pela qual se torna cada vez mais impercetível a fronteira entre aquilo que antigamente designávamos por «missão ad gentes», ou para o exterior, e a «missão ad intra», a recuperação de tantos cristãos, somente de nome, nas Igrejas de velha cristandade. Temos de nos dar às duas. Mas que esta não ceda ao perigo de tentar absorver aquela. É um risco, de facto, imaginarmos que, devido à falta de recursos, teremos de nos concentrar e acudir somente às nossas dificuldades internas.

 

6. Felizmente, há homens e mulheres absolutamente extraordinários que fazem da sua vida um hino de amor e, como dizia, dão-se completamente, entregando a sua vida à causa de Deus e dos irmãos. Lá fora e aqui dentro. São eles quem, na liberdade, procura reorientar vidas na direção do grande horizonte do sentido: Deus. São os missionários. Para eles, o testemunho da minha imensa admiração. E a certeza de que precisamos de todos eles e de muitos mais. Quem quer ser como eles?

+ Manuel Linda

 

XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Um só coração

- O Sr. Padre teve dificuldade em falar dos problemas do matrimónio, precisamente porque não leu a solução que Jesus apresenta a seguir.

Prometi a mim mesmo nunca mais cortar as palavras de Jesus. Se necessário fosse, passaria a reduzir o tempo da homilia mas nunca o Evangelho. Segundo aquela senhora, o êxito do casamento consistia em aprender das crianças.

Recordei então o que um autor dos nossos dias escreveu: "As crianças ensinam sempre a qualquer adulto três coisas:

- A ficar satisfeito com pequenas coisas

- A estar sempre ocupado

- A lutar com todas as forças por aquilo que realmente deseja."

Nesse dia rezei pelos esposos, para que na sua vida conjugal fossem capazes de viver satisfeitos, sem grandes exigências mútuas, a estarem sempre ocupados, pois o ócio é o pai de todos os vícios, e a lutarem sem desânimo por aquilo que sonham.

Se toda a gente aprendesse assim das crianças, muitos dos seus problemas deixariam de existir.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

MEDITAR

 

Mãe…

Não me posso esquecer de Ti… não aqui, não agora. Nem que os papéis se amontoem, as semanas corram, o tempo escasseie… Se me esquecer de Ti, perco-me de mim…
Não me posso esquecer de Ti, não hoje, não neste dia… Não posso esquecer os que agora choram, os que se despedem de nós cedo demais, os que se guardam para sempre…
Não, não posso mesmo esquecer-me de Ti… Não posso esquecer os que estão em travessia, os que caminham sem destino, os que avançam à procura de um futuro e se perdem, indefesos…
Não posso esquecer-me de Ti, neste tempo que é o meu… Não posso, porque há muitas perguntas… Porque as respostas não são claras, nem fáceis… Porque o tempo é incerto…
Não posso esquecer-Te, Mãe, não posso… porque se as forças me faltam, Tu és renovação; se as dúvidas se acumulam, Tu és fé e certeza; se o escuro me invade, Tu és o sol do novo amanhecer!
Por isso, leva-me pela mão, sê o meu (nosso) amparo no caminho,
E renova em mim a certeza de que nunca, mas nunca, Te esqueces de mim (nós)!
 

Catarina Gregório Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

O trecho do Evangelho deste Domingo tem duas opções: uma forma longa e outra breve. Uma vez proclamei a parte que se refere à indissolubilidade do matrimónio, omitindo a longa, em que Jesus abençoa as crianças e as apresenta como modelo. No final, alguém veio ter comigo:

 

 1. Que é o amor? Este conceito universal, tem sempre a ver com afinidades, sentimentos que se traduzem em afetos e cujos resultados são uma série de atitudes, experiências e ações. Nelas se exprime aquela essencial diferenciação com o egoísmo: enquanto este procura a posse da outra parte, sem nada ter para lhe oferecer, o amor assenta na compaixão e produz gestos altruístas e de serviço.

O mal faz muito mal, mas morre no vazio do sem sentido.

O bem faz imensamente mais do que podemos imaginar, irradia como um raio de luz, ilumina tantas vidas que nunca poderemos contar, e projeta, sobre elas, uma dimensão de infinito…

Grão de Mostarda

 


INFORMAÇÕES

 

CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na clínica da Instituição a Dr.ª Renata Gomes, cardiologista, em outubro; o Dr. Brasil Toste, Otorrinolaringologista, no dia 19 de outubro; a Dr.ª Maria Graça Almeida, Ginecologista e obstetra, no dia 5 de novembro; a Dr.ª Paula Pires, Neurologista e Neuro pediatra, nos dias 16 e 17 de novembro, a Dr.ª Alexandra Dias, Pediatra, em dezembro.

 Os interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110/ 295460111.

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DA BOA MORTE

Dia 11 de outubro, na Ermida do Instituto de Santa Catarina,  às 16 horas, Missa e Procissão

 


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Jesus veio ensinar-nos a conhecermo-nos tais como somos,
com a nossa vocação profunda para o amor,
com todos os nossos dons,
com toda a beleza que está em nós,
mas também com tudo o que está ferido,
com tudo o que é frágil,
com tudo o que é pobre.

Jean Vanier, in A Fonte das Lágrimas

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