Nº 709

QUANDO EU FOR GRANDE

 

Quando eu for grande, Pai, quero ser Bom como Tu.

Quando eu for grande, Pai, quero ter entranhas de misericórdia que se comovam, revolvam e resolvam diante do sofrimento dos outros.

Quero saber o Nome de muita gente, sobretudo daqueles que não têm Nome, que perderam a cara ou a deixaram colada a alguma máscara antiga, que deixaram a dignidade escondida numa cova qualquer à espera do dia em que possam voltar a ir buscá-la.

Quero ter histórias para contar com gente que não conta para ninguém!

Quando eu for grande, Pai, gostava de ter-me tornado Velho pelo caminho.

 (“Velho” é uma palavra linda, não é, ABBA? Parece que enche a boca de tão pesada; dá confiança e inspira escutas…)

Gostava de ter-me tornado Velho pelo caminho: aprender a dar a cada coisa a importância devida, não me atrapalhar com os imprevistos, ter os olhos cheios com a paisagem toda e olhar para todas as coisas a partir da grandeza e da gratidão, em vez de mirar sempre o diminuto e reagir a cada situação a partir do minúsculo ângulo que nos dá a superficialidade.

Um dia, Pai, quando eu for Velho, já não vai haver em mim nenhuma ilusão em relação ao dinheiro, ao prestígio ou aos privilégios. Se eu levasse sempre a sério o Evangelho do Teu Jesus, muita coisa desta já se tinha resolvido em mim, mas sabes como por estas bandas somos lentos e - pior ainda - batoteiros, fazendo-nos desentendidos mesmo quando Tu já nos apanhaste em flagrante há muito.

Desculpa. Por favor desculpa, e nunca desistas de nós.

Quando eu for grande, Pai, é porque finalmente perdi a mania das grandezas. Vou amar o que é pequeno e encantar-me com a fragilidade, entusiasmar-me com a dádiva e emocionar-me com a debilidade, vou amar a carência e entregar-me inteiramente sem esperar recompensa.

Pai de Jesus e Pai Nosso, falo a sério: ajuda-me a crescer! Porque, se não me ponho atento, o mundo faz de mim só um “adulto”. Que tristeza ser “adulto”! Se o Teu Jesus fosse simplesmente um “adulto”, as crianças lá da Galileia não se iam meter com ele e furar pelo meio da multidão, sujeitas a levarem, para irem para o colo dele, como contam os evangelhos.

Jesus mandava-nos sermos bons e misericordiosos como Tu és Bom e Misericordioso. Não é desafio pequeno… Mas eu quero meter-me nele, juro que eu quero, e Tu bem sabes.

Tornar-me amável e livre à maneira de Jesus,  justo e bom como Tu, universal e generoso como o Espírito do vosso Amor.

In Ora Vê

 

XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Fazer cócegas

Quando Jesus se afastou com o homem e lhe meteu os dedos nos ouvidos, aquele, que na representação estava a ser curado, mexeu-se cheio de cócegas e desatou a rir.

Na apreciação da mensagem, um miúdo perguntou, com toda a seriedade:

- Senhor Padre, Jesus também fazia cócegas?

Compreendi a razão da pergunta e corrigi:

- Não foram as cócegas, como nesta representação, que curaram aquele homem. Jesus fala, escuta e vê e por isso retribuiu ao surdo-mudo a capacidade de escutar, falar e ver com toda a dignidade.

Um outro miúdo acrescentou:

- Mas eu já vi uma figura de Deus a fazer cócegas a Adão.

Ao pedir mais informações identifiquei a cena da Criação, na Capela Sistina, em que Miguel Ângelo põe o dedo de Deus Criador a tocar em Adão. Tive que concordar:

- Sim, Deus faz-nos cócegas porque gosta de nós, porque quer ver-nos felizes, a sorrir e porque quer pôr-nos a mexer... São estes gestos de carinho que nos salvam.

Quem me dera que toda a gente sentisse como cócegas todas as intervenções de Deus na nossa vida.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

MEDITAR

 

Tudo começa nos olhos, Senhor…

Um dia começam a fazer-nos crer que valemos pouca coisa…

e nós até acreditamos!

Meu Senhor e meu Dono, que indignidade,

acreditar numa mentira destas!!!

 

Sem nos darmos conta,

deixámos de olhar nos olhos as pessoas,

sobretudo aqueles que nos diziam estas coisas.

Passamos a olhar para baixo,

primeiro com eles, depois com mais…

às vezes, depois, com todos…

tombamos a cabeça…

e não demora muito até que isso pese tudo sobre os ombros…

e o peito cede…

e um dia, quase sem nos darmos conta,

o peso do corpo faz-nos dobrar os joelhos.

Chega, Senhor!

 

Bendigo-Te nesta manhã

por todos os que tiraram os joelhos do chão!

Todos os que já não se deixam ferir no olhar,

os que perderam o medo ou, pelo menos,

perderam o medo de ter medo, que é o pior que pode existir!

Rui Santiago

 

CONTO (569)

 

A MOCHILA E AS PEDRAS

Um fervoroso devoto estava a atravessar uma fase muito dificil da sua vida, com graves problemas de saúde na família e sérias dificuldades financeiras. Por isso rezava diariamente pedindo que o livrassem de tamanhas atribulações.

Um dia, enquanto fazia as suas orações, um anjo apareceu-lhe, com uma mochila e a seguinte mensagem:

O Senhor teve compaixão da sua situação e manda dizer que é para colocar nesta mochila o máximo de pedras que conseguires, e levá-la às costas, durante um ano, sem nunca a tirar. Manda também dizer que, se o fizeres, ao fim de um ano, ao abrir a mochila, terás uma grande alegria. E desapareceu, deixando o homem bastante confuso e revoltado.

"Como pode Deus brincar comigo desta maneira? Eu estou sempre a rezar, peco-Lhe  ajuda, e Ele manda-me carregar pedras?" Já não me bastam os tormentos e provações que estou a viver?" Pensava o devoto. Mas, ao contar à esposa a estranha aparição,  ela disse-lhe que talvez fosse prudente seguir as determinações dos Céus, e concluiu dizendo:

- Deus sabe o que faz...

O homem estava decidido a não fazer o que o Senhor lhe ordenara, mas, por via das dúvidas resolveu cumpri-la em parte, após ouvir a recomendação da sua mulher. Assim, colocou duas pedras pequenas, dentro da mochila e colocou-a às costas durante doze meses.

Quando terminou o tempo, mal se contendo de tanta curiosidade, abriu a mochila conforme as ordens do Senhor e descobriu que as duas pedras que trouxera às costas durante um ano tinham-se transformado em pepitas de ouro... , apenas duas pequenas pepitas.

Todos os episódios que vivemos na vida, inclusive os piores e mais duros de se suportar, são sempre extraordinárias e maravilhosas fontes de crescimento.

Temendo a dor, a maioria recusa-se a enfrentar os desafios.

Temendo o peso e o cansaço, a maioria faz tudo para evitar situações novas, embaraçosas, que envolvam qualquer tipo de conflito.

Mas aqueles que encaram a valer as situações que a vida propõe, aqueles que resolvem "carregar as pedras" com Amor, ao invés de evitá-las, negá-las ou esquivar-se delas, esses alcançam a plenitude de viver e transformam, com o tempo, o peso das pedras que transportaram em peso de sabedoria.

Como está a sua mochila?

Autor desconhecido

Os alunos da catequese representaram a cena evangélica da cura de um surdo-mudo.

Ser adulto não devia ser o mesmo que deixar de ser criança.

Ser adulto devia ser deixar crescer a criança que nele se encontra.

A inocência não tem de ser ingénua. Ser inocente é ser capaz de encontrar o brilho por entre a obscuridade de tantas sombras.

Não matemos a criança que, um dia, se acendeu em nós.

Afinal, foi essa criança que nos abriu as portas do mundo. E as janelas da vida!

 

theosfera.blogs.sapo.pt

 


BAZAR DO BOM JESUS - FAJÃ GRANDE

Pede-se a colaboração para o Bazar da Festa do Bom Jesus, na Fajã Grande, que se realiza de 25 a 27 de setembro. Os prémios podem ser entregues à Vera Paiva ou à Susana Paiva.

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO

BISCOITOS

Reunião com as crianças da Primeira Comunhão e Profissão de Fé no dia 8 de setembro às 17h00 seguida de Confissões..

 

                Tríduo - 9, 10 e 11 de setembro às 20 horas.

                Festa -  13 de setembro:

                               - Eucaristia de festa às 11 horas.                           

                         - Procissão às 18h 30 minutos.

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO

BISCOITOS

Reunião com as crianças da Primeira Comunhão e Profissão de Fé no dia 8 de setembro às 17h00 seguida de Confissões..

 

                Tríduo - 9, 10 e 11 de setembro às 20 horas.

                Festa -  13 de setembro:

                               - Eucaristia de festa às 11 horas.                           

                         - Procissão às 18h 30 minutos.

 

                            FESTA DE NOSSA SENHORA DE LURDES

FAJÃ DOS CUBRES

Tríduo - 9, 10 e 11 de setembro às 20 horas.

Festa -  13 de setembro:- Eucaristia de festa às 11 horas, a seguir as arrematações e procissão.

 

 


Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº 709

Agenda Pastoral

Destaque

Mais Recente Carta Familiar em PDF!

Nº 1145

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

Abrigo dos Sábios

Os nossos Links

Ouvidoria de São Jorge
FAJÃS Grupo de Jovens
Cartas Familiares Anteriores

Visitas


Ver Estatísticas