Nº 692
SEMANA DA VIDA de 10 a 17 de Maio
VIDA COM DIGNIDADE Opção pelos mais fracos
Porque a vida humana é o primeiro e mais estimável dos bens, é urgente lutar por novos rumos e construir uma verdadeira cultura da vida (Cfr. Ev 95).
A Semana da Vida, este ano com o tema VIDA COM DIGNIDADE – OPÇÃO PELOS MAIS FRACOS, inscreve-se neste esforço de rumos novos, procurando suscitar o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, com uma atenção muito especial à gravidade do aborto e da eutanásia, sem descurar outros momentos e aspetos da vida.
O Papa Francisco advertiu-nos recentemente contra o esquecimento dos outros e o desinteresse perante os problemas, tribulações e injustiças que sofrem, e denunciou esta atitude egoísta, que atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença
Ao contrário, apelou à solidariedade para não ficarmos surdos ao clamor dos pobres, que podem ser pessoas, multidões ou povos inteiros, reclamando respeito pelos direitos humanos (Cfr EG 190). E apontando o caminho da opção pelos pobres, própria de Deus e recebida de Jesus Cristo, lembrou que estes são os necessitados de bens materiais e todos os atingidos na sua dignidade, porque excluídos, maltratados, violentados, indefesos… (Cfr EG 212), com os quais Jesus se identifica: «Sempre que fizeste isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeste» (Mt 25, 40).
Entre estes seres frágeis, de que a Igreja quer cuidar com predileção, diz Francisco, estão também os nascituros, os mais inermes e inocentes de todos, a quem hoje se quer negar a dignidade humana para poder fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo legislações para que ninguém o possa impedir (EG 213).
O Papa Francisco reafirma que a defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano, que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, e que é fim em si mesmo e nunca meio para resolver outras dificuldades, e salienta que, sem esta base, caem os fundamentos dos direitos humanos porque, nesse caso ficam sujeitos às conveniências dos poderosos.
Nem é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana (EG 214).
VI DOMINGO DA PÁSCOA
Tal pai, tal filho
Um miúdo foi ao barbeiro e, ao ser interrogado como queria que lhe cortassem o cabelo, respondeu prontamente:
- Careca, como o meu pai.
E todos os presentes disseram em coro:
- Tal pai tal filho...
Este garoto revia-se no pai e não tinha dificuldade em fazer dele o seu melhor amigo e o modelo a imitar.
Quem ama, copia os gestos da pessoa amada, assume os seus critérios de vida, imita-lhe as expressões. O amor leva sempre à identificação com o outro. Cada um é aquilo que ama. Se ama a terra será terra também, mas se ama a Deus torna-se divino. É por isso que Jesus Cristo diz no Evangelho de hoje:
- Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei...É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.
Em primeiro lugar Ele assume a dinâmico do amor do Pai, identificando-se com Ele. Depois convida os seus discípulos a fazerem o mesmo.
Segundo a nossa lógica humana, Jesus devia dizer: Eu amei-vos, agora deveis amar-Me na mesma medida. Mas a lógica de Deus é diferente: eu amei-vos, agora fazei o mesmo aos outros. Só assim provareis que me tendes amor, se vos amardes tal como vos amei.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
MEDITAR
LOUVOR A DEUS PELO DOM DA CRIAÇÃO
Deus Santo,
queria dizer-vos obrigado por esta Terra generosa, bonita e fecunda que nos destes.
Ao mesmo tempo queria pedir-vos perdão pelo nosso egoísmo
e pelo modo irresponsável como nos relacionamos com este dom do teu amor.
A nossa ganância e inconsciência já destruíram em grande parte o equilíbrio ecológico,
pondo assim em perigo a vida das gerações futuras.
Na base deste nosso pecado está a procura de um progresso descontrolado.
A poluição que criámos está a afetar seriamente o equilíbrio de todo o ecossistema.
Estamos a converter o Mar e a Terra num vasto reservatório de lixos tóxicos.
Com este procedimento estamos a criar níveis perigosos de poluição,
a qual já está a ter efeitos perigosos no nosso ecossistema:
efeito estufa, destruição da camada de ozono e chuvas ácidas.
As nossas crianças têm cada vez mais problemas respiratórios,
pois o ar que respiramos é cada vez de pior qualidade.
Os nossos rios já quase não nos oferecem água limpa para podermos beber e tomar banho.
Deus Santo,
perdoai este nosso pecado contra a Terra e contra Vós que sois o seu Criador.
Ajudai-nos a ser agradecidos por este dom magnífico que pusestes ao nosso dispor.
Ajudai-nos a amar e cuidar com respeito este dom generoso, bonito e fecundo
que nos dá tantos frutos para nos alimentarmos.
Ámen.
Calmeiro Matias
CONTO (552)
AS PALAVRAS
Um dia, as palavras aborreceram-se com as pessoas e decidiram fazer greve. Estavam fartas de ninguém as escutar. As palavras falavam entre si, mas nunca escutavam o que diziam os outros. E, como é sabido, uma palavra não escutada cai no chão e parte-se.
É como ver pedaços de palavras por todas as partes: nas famílias, nos grupos de jovens, nos parlamentos, nas igrejas, em toda a parte.
Quando chegou o dia da greve, todas as pessoas ficaram de repente mudas. Não havia palavras para ninguém. Por mais esforços que fizessem, não conseguiam falar. Tinham de utilizar gestos, mas não os entendiam porque não estavam habituados a tal linguagem.
O tempo foi passando e as pessoas não tiveram mais remédio senão prestar atenção uns aos outros, o que nem sempre é fácil.
Quando as palavras viram que as pessoas tinham sentido a sua falta, decidiram pôs fim à greve. Foi uma grande alegria quando as pessoas puderam usar de novo as palavras. Sentiram como elas são importantes para a convivência e para o diálogo.
In Tutti Frutti de Pedrosa Ferreira
Pela flor pelo vento pelo fogo
Pela estrela da noite tão límpida e serena
Pelo nácar do tempo pelo cipreste agudo
Pelo amor sem ironia - por tudo
Que atentamente esperamos
Reconheci tua presença incerta
Tua presença fantástica e liberta
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Livro Sexto
INFORMAÇÕES
MUSEU FRANCISCO LACERDA
O Museu Francisco de Lacerda convida o publico em geral para a apresentação da peça O Urso, uma comédia de costumes, do Grupo de Teatro “A Jangada”, da ilha das Flores, no dia 10 de maio, domingo, pelas 21h00, na Casa dos Tiagos, na vila do Topo.
CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA
A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa a vinda dos seguintes médicos: Dr.ª Maria Graça Almeida, Ginecologia-Obstetrícia no dia 21 de maio; Dr. José Abreu Freire, Mamografia e Ecografia, em junho (dias ainda por estabelecer; Dr.ª Rute Couto, Cardiologista, nos dias 6 e 7 de junho; Dr.ª Alexandra Dias, Pediatra, em junho (dias ainda por estabelecer); Dr. Brasil Toste Otorrinolaringologista em junho de 2015 (dias ainda por estabelecer)
Os interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110/ 295460111.
FESTA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
FAJÃ DA RIBEIRA D’AREIA
Dia 13 de maio - missa às 13 horas seguida de procissão.
URZELINA
Dia 12 de maio – missa às 20 horas seguida de procissão de velas.
Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº 692
Agenda Pastoral
Destaque
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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