Nº 691

ÀS MÃES

Conheço muitas santas que não se preocupam em sê-lo e nem sabem que o são. São santas de todas as idades, algumas na flor da idade, de tão novas que transportam uma alegria contagiante e tão bela quanto o rosto jovial acompanhado de graciosidade sem fim. Debruçadas sobre os seus filhos parecem abraçar o mundo querendo proteger o que há de mais belo e bom. Seus olhos, quase sempre fixos no rosto de seu filho, como querendo iluminar a vida ali presente. Seus lábios tocando ao de leve e balbuciando palavras simples carregadas de sonhos. Apertam ao peito o ser ainda pequeno nos seus braços mas grande, do tamanho do mundo, em seu coração.

Conheço aquelas  que ensinam palavras simples e doceis querendo que fiquem bem dentro da alma, para uma vida que há de ser feita de laços de amizade e pontes entre irmãos.

Conheço outras tantas, que transmitem uma luz,  mais forte que o sol, porque ficam a brilhar dentro da memória e do coração dos seus filhos. São tão belas que os filhos ficam com recordações que jamais se apagam. Quando menos se espera, lá dentro, ilumina o pensamento menos feliz, corrige o gesto e dá luz às situações mais delicadas da vida. É uma luz que brilha na escuridão da vida menos vivida. Luz que permanece e aquece porque levam em si o amor.

Conheço aquelas que ficam mudas, caladas, que andam atarefadas não com os afazeres porque esses não lhe trazem cansaço, nem causam dor, mas pelas mágoas  causadas pelos filhos. Vivem à espera de um sorriso, de um abraço, de um olhar que brilhe de gratidão. São aquelas que querem curar as dores dos seu filhos e se esquecem das suas.

Como eu gostaria de dizer tudo aquilo que admiro nas mães. Aquelas de hoje e de ontem que fizeram uma vida cheia de amor aos seus filhos. Quando as não temos, fica a palavra mãe dita em silêncio, quase como um murmúrio que quer trazer de novo os sorrisos, as palavras, os olhares, os gestos que ficam para sempre porque foram sinal do amor de mãe que é eterno.

 

Pe. Manuel António

 

V DOMINGO DA PÁSCOA

Permanecer em Jesus

 

Naquela manhã, convidei os alunos a rezar com os olhos fechados. Pareceu-me que gostaram da experiência. Ao tentar explicar que assim, sem distrações dos olhos, rezávamos com mais atenção, perguntei:

 

- Quem quer dizer, porque é que fechámos os olhos durante a oração?

Prontamente alguém respondeu:

- É que assim Jesus permanece cá dentro e não sai pelos nossos olhos.

Eu fiquei a pensar nas palavras de Jesus: Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Cada distração é uma espécie de porta por onde Deus se nos escapa. Rezar é assim permanecer em Deus, unidos como ramos à cepa. E Jesus conclui: Se permanecerdes em mim, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido.

Mas quem tem dificuldade em permanecer em quem? Deus em nós ou nós em Deus? É fácil ter um ato heroico, ter um momento de compreensão, aceitar um sacrifício, engolir uma palavra amarga. O difícil é permanecer nestas atitudes, manter-se assim durante muito tempo. Permanecer é ser fiel. O nosso dia a dia, as preocupações quotidianas e a nossa rotina são muitas vezes distrações que fazem Deus não permanecer em nós porque nós nos esquecemos d'Ele. Quem ama, permanece sem ser rotineiro mas sempre criativo.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

MEDITAR

 

HOMENAGEM ÀS MÃES

Hoje é o dia daquelas que nos deram carinho e atenção...
...que nunca nos deixaram de cantar uma canção...
...que nos amaram antes mesmo de nos conhecer...
...que por amor muitas noites de sono tiveram que perder.

Hoje é o dia daquelas que nos ensinaram tudo...
...que por nós moveriam mundos e fundos...
...que nos colocaram no mundo e nem pensaram na dor...
...que nos mostraram o verdadeiro amor.

Hoje é o dia das que infelizmente não são eternas...
...o dia das mais especiais...
...o dia das mais amadas...
...o dia das mais queridas...
...o dia das melhores amigas.

 

Jéssica Hamann

CONTO (551)

AS MÃES E SEUS FILHOS

Um dia, três mulheres foram ao poço buscar água.

Junto ao poço, um velho sábio escutava o que as mulheres diziam.

Uma delas disse:

- O meu filho é o mais ágil e rápido de todos os alunos da escola. Com toda a certeza que ele será um grande atleta e desportista quando for grande. Vai ganhar muitas medalhas e dinheiro. Vai ser rico como desportista.

Outra mãe disse:

- O meu filho tem a voz mais melodiosa de todos os alunos da escola. Com certeza será um grande cantor quando for grande. Vai gravar muitos discos, vai ganhar muito dinheiro e será muito rico.

Por fim, a última mulher disse baixinho:

- O meu filho não faz nada de especial.

Depois destas conversas, as três mulheres, pegaram cada uma nos seus pesados baldes para regressarem a casa. Nesse momento, vieram ao seu encontro a correr os três filhos.

O primeiro fazia piruetas uma atrás das outras. O segundo cantava como um rouxinol. O terceiro pegou no balde pesado de sua mãe e levou-o para casa.

Neste momento a primeira mulher reparou no velho sábio e perguntou-lhe:

- Velho sábio, o que achou dos nossos filhos?

O velho sábio respondeu:

- Eu só vi um filho.

Autor desconhecido

 

 

 

 

 

 

 

O que é? Oh! Reparai numa mãe. O seu filho está a sofrer? Neste caso, ela não tem mais descanso; durante o dia, durante a noite, ela vai, ela luta, ela quer fazer tudo, até morrer ela própria, se for necessário, feliz até por morrer para que ele não sofra mais. Uma verdadeira mãe, isso é a bondade. Então, para sermos bons, lutemos por chegarmos a ser cada um como se fossemos a mãe de todos os seres humanos que vivem nesta aldeia, na aldeia inteira da terra inteira.

Abbé Pierre

 


INFORMAÇÕES

REUNIÕES

Movimento da Mensagem de Fátima da Ribeira Seca na terça-feira às 19 horas.

Catequistas da Ribeira Seca na terça-feira às 20 horas.

Catequistas dos Biscoitos, na quarta-feira às 20 horas.

 


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Nº 1149

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Jesus veio ensinar-nos a conhecermo-nos tais como somos,
com a nossa vocação profunda para o amor,
com todos os nossos dons,
com toda a beleza que está em nós,
mas também com tudo o que está ferido,
com tudo o que é frágil,
com tudo o que é pobre.

Jean Vanier, in A Fonte das Lágrimas

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