Nº 648
Quem conquista uma vida feliz? Será que são as pessoas mais ricas do mundo, os políticos mais poderosos e os intelectuais mais brilhantes?
Não! São os que alcançam qualidade de vida no palco da sua alma. Os que se libertam da prisão do medo. Os que superam a ansiedade, vencem o mau humor, transcendem os seus traumas. São os que aprendem a velejar nas águas da emoção. Tu sabes velejar nessas águas ou passas a vida a afundar-te?
Ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem deceções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da sua própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus em cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
É beijar os filhos, ter prazer com os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para dizer “eu errei”. É ter ousadia para dizer “perdoa-me”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de ti”. É ter capacidade de dizer “eu amo-te”.
Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Ser feliz é ser sempre jovem, mesmo com os cabelos embranquecer. É contar histórias para os filhos, mesmo que o tempo seja escasso. É amar os pais, mesmo que eles não te compreendam. É agradecer muito, mesmo quando as coisas correm mal. É transformar os erros em lições de vida.
Ser feliz é sentir o sabor da água, a brisa no rosto, o cheiro da terra molhada. É extrair das pequenas coisas grandes emoções. É encontrar todos os dias motivos para sorrir, mesmo que não existam grandes acontecimentos. É rir das suas próprias tolices. É não desistir de quem se ama, mesmo que haja deceções. É ter amigos para partilhar as lágrimas e dividir as alegrias(...)É agradecer a Deus pelo espetáculo da vida...
Augusto Cury, Dez leis para Ser Feliz
XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Aprender a ser - Quem é que quer dizer o que é que eu vim fazer aqui hoje? Um pequerrucho, de uns sete ou oito anos, levantou o braço: - Eu sei. Você veio para aprender alguma coisa como nós. O Cardeal, humildemente confirmou, sentou-se ao seu lado e pediu ao Pároco que continuasse a sua lição. E Jesus, lá no Sacrário deve ter exclamado uma vez mais: - Eu Te bendigo, ó Pai, porque revelastes estas verdades aos pequeninos. As crianças têm capacidade de acolher a verdade pois são maiores do que pensamos. Por outro lado, Deus é acessível. Ele faz-se pequeno para que todos possam crescer com Ele. Só se aprende com humildade, com mansidão e com o Coração: - Aprendei de mim... repete Jesus Aprender a quê? Não a fazer milagres, a falar como Ele, a curar doentes, a andar sobre o mar...pois só Ele cura, só Ele é o Verbo. Aprender sim a ser manso, a ser humilde e a ser coração. Pe. José David Quintal Vieira, scj SOLIDARIEDADE Estender a mão para o outro, como se fosse apanhar uma estrela ou um lírio ou o perfume inteiro de um bosque. Estender a mão para o outro no gesto mais puro e antigo, assim como mergulhar um cântaro num poço de águas profundas, conhecidas e desconhecidas. Tocar com as mãos o mistério do outro para entender o próprio mistério. Alcançar o outro no que ele tem de diverso e espelho, e no seu rosto enxergar o próprio rosto e a palavra humanidade. Poema de : Roseana Murray - Inserido no Livro: Um Deus para 2000 Autor: Juan Arias Editora Vozes CONTO (508) ATRAVESSAR O RIO Dois monges viajavam juntos por um caminho lamacento. Chovia torrencialmente, o que dificultava a caminhada. A certa altura tinham que atravessar um rio, cuja água lhes dava pela cintura. Na margem, estava uma moça que parecia não saber o que fazer: - Quero atravessar para o outro lado, mas tenho medo. Então o monge mais velho pegou na moça às suas costas para a outra margem. Horas depois, o monge mais novo não se conteve e perguntou: - Nós, monges, não devemos aproximar-nos das mulheres, especialmente se forem jovens e atraentes. É perigoso. Por que fez aquilo? - Eu deixei a moça lá. Tu ainda a trazes contigo? MEDITAR
O filósofo Stanislaw Grygiel contou que uma vez o então Cardeal Wojtyla, João Paulo II, foi a uma pequena paróquia fazer uma visita pastoral. Chegou um pouco antes da hora prevista. Entrou na igreja onde o Pároco estava a ensinar o Catecismo a um grupo de crianças. Saudou a Cristo no Sacrário e depois perguntou aos meninos:
O perigo é acreditar que se pode «aprender» Deus.
Deus não Se aprende, revela-Se.
E é convivendo com Ele que Ele Se confia cada vez mais àqueles que O amam. (...)
É preciso nunca esquecer de que não se trata em primeiro lugar de abrir a mente a conhecimentos, mas, antes, de abrir o coração a um amor.
Para mim é sempre o mesmo problema: se não houver Encontro de Jesus Cristo, não pode haver fé; porque ter fé, não é acreditar numa ideia, mas em Alguém.
Michel Quoist, em "Deus, Sentido Único"
INFORMAÇÕES
FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO NA FAJÃ DOS VIMES
No dia 7 de Julho tem início o Novenário de Nossa Senhora do Carmo na Fajã dos Vimes. A Eucaristia será todos os dias às 20 horas.
A Missa de festa do dia 16 de Julho virá no próximo Boletim.
MUSEU FRANCISCO LACERDA
Horário de verão – julho e agosto – segunda a sexta-feira – 10h00/19h00.
Sábados e domingos – 16h00/19h00.
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Agenda Pastoral
Destaque
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Nº 1168Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
«O amor é uma coisa «perigosa», só ele traz a única revolução que proporciona felicidade.
São poucos os que são capazes de amar, e tão poucos os que querem o amor.
Amamos segundo as nossas próprias condições, fazendo do amor um coisa de mercado. Temos mentalidade mercantil, mas o amor não é comercializável nem é um negócio de troca.
O amor é um estado de ser, no qual todos os problemas humanos se resolvem. Vamos ao poço com um dedal e assim a vida torna-se uma coisa sem qualidade, insignificante e limitada.»
J. Krishnamurti, in "Cartas a uma jovem amiga
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