Nº 643

«Uma história, por favor!» (Adaptado)

Comemoramos o Dia Mundial da Criança  com um texto de Maria Teresa Maia Gonzalez escrito para este dia.

Um destes dias, ia sentada no autocarro atrás de uma menina e da sua mãe, que tinha ido buscá-la à escola. Como a menina não fazia questão de falar baixo e o autocarro ia silencioso, não pude deixar de ouvir a conversa…

- Mãe, logo contas-me uma história antes de eu dormir?

A mãe não respondeu, mantendo-se virada para a paisagem que via pela janela. Assim, a filha voltou a pedir, desta feita com mais delicadeza:

- Mãe, logo à noite contas-me uma história, por favor?

 A jovem mãe da criança deu-lhe, então atenção:

- Ó Ana, tu sabes que eu não tenho cabeça para te contar histórias! Ando estafada, não vês?

- Mas era só uma história pequenina… - tornou a Ana, fazendo uma voz irresistível.

- Tu agora até já sabes ler! – atalhou a mãe.

- Pois, mas não é a mesma coisa – refilou a menina.

- Ora! Quando fores passar um fim de semana a casa do teu pai, pede-lhe que te conte uma história, que ele deve andar mais folgado do que eu – replicou a mãe, já a impacientar-se.

A criança ficou algum tempo calada. Por fim, voltou à carga:

- É que o pai não tem tempo. Ele chega a casa quando eu já estou a dormir…

- Pedes-lhe que te conte a história de manhã – sugeriu a mãe, agora mais sensibilizada.

- Oh… De manhã o pai vai logo para o computador e, além disso tem de ser à noite!

A mãe não entendeu aquela lógica e, desviando novamente o olhar da janela, interessou-se:

- Mas, afinal, tem de ser à noite porquê?

- É que a minha professora disse que, quando ela era pequenina, o pai ou a mãe dela contavam-lhe uma história à noite e que isso a fazia sonhar!

- Ah, já estou a perceber… - disse, então, a mãe da Ana. – Tu queres é sonhar… E queres sonhar com quê, posso saber?

A menina voltou a ficar em silêncio. Depois, respondeu, como se falasse para si mesma:

 - Eu queria sonhar que o pai e tu tinham um bebé… E eu tinha um mano pequenino…

A mãe exasperou-se:

- Mas que coisa! Então tu não sabes que o teu pai escolheu a família dele, Ana?! Não falámos já tantas vezes sobre isso?!

- Sim… - respondeu a menina, em voz mais baixa, encolhendo-se no banco. – Mas o que eu queria saber é porque é que ele não me escolheu a mim…

 

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

A Festa da Ascensão de Jesus, que hoje celebramos, sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projeto libertador de Deus para os homens e para o mundo.

O Evangelho apresenta o encontro final de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, num monte da Galileia. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-O como o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no mundo o testemunho do “Reino”.

Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projeto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus – a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo “caminho” que Jesus percorreu. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante; mas têm de ir para o meio dos homens, continuar o projeto de Jesus.

A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa “esperança” de mãos dadas com os irmãos – membros do mesmo “corpo” – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse “corpo”. Cristo reside no seu “corpo” que é a Igreja; e é nela que Se torna, hoje, presente no meio dos homens.

Dehonianos

 

MEDITAR

HINO À CRIANÇA

A criança?... Sim!

A criança é alívio dos nossos pesares, o nascer dum coração novo, a vontade de prosseguir, o júbilo duma nova canção…

A criança é a leveza do nosso fardo, a certeza de que não ficamos pesarosos por afinal sermos crianças em tantas das nossas ações, quando elas nos falam e nos querem ensinar.

Os seus olhos puros e ávidos duma canção que nos querem ensinar, a sua inteligência que nos querem transmitir até que a ponhamos em prática, os passos da internet que querem que aprendamos, para nos colocarem em pé de igualdade com elas, são amores da criança que nos encantam e nos tornam crianças também, não tanto pela riqueza do conteúdo mas pelo amor transparente.

Crianças!... crianças!... Pureza!... Simplicidade!...Altruísmo!...Realeza do AMOR!...

Por isso, Senhor, disseste: "Deixai vir a mim as criancinhas que delas é o reino dos céus"

Por isso, Senhor, afirmaste "Quem não se fizer criança não entrará no Reino dos céus".

Que paz me trouxeste com a simplicidade daquela criança que me telefonou, com uma mansidão que só ela teria comigo naquela hora... Parece que tudo esqueci e as lágrimas de PAZ caíram-me pela face.

Obrigada, Senhor, porque afinal sou capaz de esquecer a dureza como a simplicidade duma criança. Deixa que a reta intenção seja também aclamada com a razão duma criança e ponha de lado as objeções pérfidas de tantos adultos.

Maria do Rosário Guerra

 

CONTO (503)

 

O GUARDA-CHUVA À PORTA

Certa vez, um Mestre mandou chamar um dos seus discípulos, que se encontrava isolado numa cabana, nos arredores de um mosteiro Zen. Esse discípulo já estava sob a direção do seu mestre há muitos anos.

 Como o Mestre tinha muitos discípulos, era difícil de se conseguir uma entrevista particular com ele. O discípulo achou estranho o facto do Mestre estar a chamá-lo para ter uma conversa. Começou a ficar preocupado e a pensar: “o que será que o Mestre deseja de mim?”, “será que ele me vai perguntar alguma coisa sobre o Dharma, para me experimentar?”, “será que ele deseja dar-me algum cargo ou tarefa?”. Com a mente cheia de  pensamentos, pôs-se a andar. Como estava a chover, levou o seu guarda-chuva.

Ao chegar à casa do Mestre, ele fechou o guarda-chuva e colocou-o num canto. Pôs as suas sandálias molhadas ao lado do guarda-chuva. Em frente do Mestre, fez as cerimónias que mandam a etiqueta monástica e sentou-se.

O Mestre perguntou-lhe:

- Quando entraste aqui, de que lado do guarda-chuva puseste as tuas sandálias?

O discípulo não conseguiu lembrar-se. O Mestre então disse-lhe:

- Volta para a tua cabana e medita!

Desta maneira, o Mestre quis dizer que meditação e vida quotidiana são uma única realidade. Não podemos separar a nossa vida diária do ato de atenção com que devemos fazer todas as coisas…

 

Aquele que vive no amor, mesmo tendo poucas coisas, vive na abundância.

 

Amado, é livre.

Por isso, não teme.

E, não temendo, não precisa de acumular coisas,

nem de fingir ser o que não é,

nem de recear o amanhã.

Não se incha, querendo ser o que não é.

Não se diminui, deixando de ser o que é.

Esvaziado de «coisas incertas», vive de graça.

Na verdade, vive a graça.»

 

Pe. José Frazão Correia, in Entre-tanto

 


INFORMAÇÕES

 

CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estarão na sua Clínica os seguintes especialistas:

Dr. ª Renata Gomes, Cardiologista no dia 28 de maio de 2014.

Dr. ª Maria Graça Almeida, Ginecologista e Obstetra, a 12 junho de 2014.

Dr. Carlos Aguiar, Oftalmologista, de 16 a 20 de junho de 2014.

Dr. ª Paula Pires, Neurologista, a 27 junho de 2014.

Dr. ª Alexandra Dias, Pediatra, nos dias 20 e 21 de junho de 2014.

Dr. José Abreu Freire, Imagiologia, entre os dias 25 a 28 de junho de 2014.

Dr. ª Lourdes Sousa Especialidade: Dermatologista, nos dias 12 e 13 agosto de 2014.

Os interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110 / 295460111.

 

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DAS VELAS

Informam-se todos os Encarregados de Educação, que pretendam matricular os seus educandos no 1º ano de escolaridade, sem os mesmos terem frequentado nesta Unidade Orgânica, a Educação Pré – Escolar que deverão dirigir-se aos Serviços de Administração Escolar para proceder à referida matrícula, entre os dias 3 e 14 de junho de 2013, devendo fazerem-se acompanhar dos seguintes documentos: fotocópia obrigatória do Cartão de Cidadão; boletim de vacinas devidamente atualizado, de acordo com o Plano Regional de Vacinação ou documento comprovativo emitido pelo Centro de Saúde, fotocópia do documento do subsistema de saúde que abrange o aluno (ADSE, SSP, …).

 


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Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
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