Nº 638

ANIVERSÁRIO

27 é mais um aniversário.

Vou fazer mais um rabisco no tempo.

Vem-me à memória tantas páginas bonitas da vida que nem imaginam. Vejo o tempo da infância em que fui com a família para terras de África. Dizem os mais velhos que sempre pedia para ir para a “casa grande”, era a casa onde tinha passado os primeiros quatro anos de vida, ao que me diziam que íamos para uma terra maior e para uma casa melhor.

Por lá me fui fazendo maior e aprendendo a beleza da vida. Assim como aquelas coisas que nos ficam na memória e que dificilmente se apagam. Até a cor dos campos, a imensidade da terra, as primeiras chuvas com o cheiro da terra, os animais em que empregávamos o tempo…

Recordo bem o tempo de escola. Escola imensa, com muitos alunos e de várias cores. Os recreios com os seus jogos: correr atrás de uma bola pequena e descalços, saltar à corda, jogar ao pião e às escondidas.

Recordo o tempo de estudo no Seminário de Luanda. Um miúdo de onze anos juntamente com muitos outros e com histórias tão diferentes…

Recordo o 25 de Abril que me deu o sonho da liberdade, da aventura, da ousadia… parecia que a vida não cabia mais em compartimentos, tínhamos de ser mais e construir um mundo maior e melhor. Como gostei daquele tempo e daqueles dias.

Recordo uma terra que teve de ser minha, um recomeço, novas amizades e aprendizagens. Um tempo novo sonhado em liberdade. Um tempo que tinha de ser esculpido com muito trabalho e ousadia.

Recordo as primeiras marcas da fragilidade humana… primeiro foi o meu pai, depois gente da comunidade de quem nos fazemos irmãos, outros que temos como mais velhos que nos fazem reconhecer a memória e a importância da vida que vai passando…

Recordo tantos irmãos e tantas irmãs que me fizeram repensar a vida, que me ajudaram com os seus silêncios, atitudes e palavras…

Recordo as amizades que são dos tempos de infância, amizades que foram ficando pelo caminho, amizades de hoje que estão nas palavras, nos olhares, nas atitudes…

Recordo o bem que fui capaz de espalhar e transmitir e tenho mágoa do mal que pratiquei reconhecendo a minha fragilidade e pequenez.

Hoje recordo que os Papas João XXIII e João Paulo II são canonizados e isso deixa a minha alma transbordando de alegria, porque no dia dos meus anos eles marcaram o tempo e a humanidade.

A todos agradeço a amizade, compreensão e carinho que me têm dado.

II DOMINGO DA PÁSCOA (MISERICÓRDIA DIVINA)

A liturgia deste domingo apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.

Na primeira leitura temos, na “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta de salvação, que se reúne para louvar o seu Senhor na oração e na Eucaristia, que vive na partilha, na doação e no serviço e que testemunha – com gestos concretos – a salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo.

No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.

A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã que a identificação de cada crente com Cristo – nomeadamente com a sua entrega por amor ao Pai e aos homens – conduzirá à ressurreição. Por isso, os crentes são convidados a percorrer a vida com esperança (apesar das dificuldades, dos sofrimentos e da hostilidade do “mundo”), de olhos postos nesse horizonte onde se desenha a salvação definitiva.

Dehonianos

 MEDITAR

 

PRECISAMOS DE SANTOS

Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças, jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema,
ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida no nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc-man.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer pizza no fim de semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de desporto 
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
" Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo mas que não sejam mundanos"

 

João Paulo II

CONTO (498)

 

O TESOURO MAIS PRECIOSO

Uma mulher fazia uma viagem através das montanhas quando, no leito de um rio, encontrou uma pedra preciosíssima.

No dia seguinte, continuando o seu caminho, deparou-se com um viajante que tinha fome. Para atender ao seu pedido de ajuda, a mulher abriu a bolsa para dividir com ele a comida.

O homem deslumbrou-se com a visão da pedra e pediu à mulher que lhe desse de presente, o que ela fez sem hesitar.

O viajante foi-se, rejubilando-se pela sua sorte… Aquela pedra poderia garantir-lhe segurança e bem-estar para toda a sua vida.

Mas, alguns dias depois, ele voltou à procura da mulher… ao encontrá-la devolveu-lhe a pedra dizendo: “Pensei muito e sei bem o valor dessa pedra, mas venho devolvê-la. O que eu quero é algo muito mais precioso… Se for possível, dê-me o que está dentro da senhora e que a fez capaz de entregar-me sem hesitação um tesouro como esse.”

 

João XXIII- O Papa Bom

“Consulte, não a seus medos mas a suas esperanças e sonhos. Pense, não sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se, não com o que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível você fazer.” Papa João XXIII  - O Papa Bom Ângelo Giuseppe Roncalli, era italiano, foi Papa durante 4 anos (28 de outubro de 1958 a 3 de junho de 1963), apesar de não ser vivo nessa altura, este homem é uma das principais referências da minha vida. A sua postura de afeto e apoio para com os mais pobres e carenciados é admirável!

No seu curto papado, o seu lema era “Obediência e Paz”, onde sempre demonstrou a sua grande capacidade para a conciliação, com um espírito de tolerância e ecumenismo.

Surpreendentemente, o Papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, com o objetivo de renovar a Igreja e reformular o modo de transmitir a doutrina católica ao mundo moderno.

Escreveu oito encíclicas e era conhecido mundialmente como o “Papa Bom” por causa da sua simpatia, simplicidade e humildade. Faleceu no dia 3 de junho de 1963. O corpo de João XXIII encontra-se exposto na Basílica de São Pedro, desde 2001, dentro de um caixão de bronze e vidro, apresentando um surpreendente estado de conservação.

 

 Cláudio Anaia www.relances.blogspot.com claudioanaia@hotmail.com

 

A infância é o que o mundo abandonou para continuar a ser o mundo.

 Christian Bobin

 

O belo é aquilo que podemos ser. 
E a esperança é nada mais que a fidelidade a essa possibilidade que dorme silenciosa em todos. 

Rubem Alves

 


 

INFORMAÇÕES

IRMANDADE DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DA VILA DA CALHETA

A partir desta semana os Irmãos da IDES da Vila da Calheta poderão efetuar o pagamento das suas quotas e entregar os prémios para o bazar, na respetiva sede, às terças e quintas-feiras das 16 às 18 horas e aos domingos das 10 às 12 horas.

 


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Nº 1148

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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