Nº 625

DE VEZ EM QUANDO

 

De vez em quando, dar um passo atrás ajuda-nos

a conseguir ter uma perspetiva melhor.

O Reino não só está mais além dos nossos esforços,

mas inclusive mais além da nossa visão.

Durante a nossa vida,

apenas realizamos uma minúscula parte

dessa magnífica empresa que é a obra de Deus.

Nada do que fazemos está acabado,

o que significa que o Reino está sempre ante nós (...)

Isto é o que tentamos fazer:

plantamos sementes que um dia crescerão;

regamos sementes já plantadas,

sabendo que são promessa de futuro.

Assentamos bases que precisarão de um maior

desenvolvimento.

Os efeitos da levedura que proporcionamos

vão mais além das nossas possibilidades.

Não podemos fazer tudo e,

ao dar-nos conta disso, sentimos uma certa liberdade.

Ela capacita-nos a fazer algo, e a fazê-lo muito bem.

Pode ser que seja incompleto, mas é um princípio,

um passo no caminho,

uma ocasião para que entre a graça do Senhor

e faça o resto.

É possível que não vejamos nunca os resultados finais,

mas essa é a diferença entre

o encarregado de obras e o pedreiro.

Somos pedreiros, não encarregados de obra,

ministros, não o Messias.

Somos profetas de um futuro que não é nosso. Ámen.

 

D. Óscar Romero

 MEDITAR

 

If (Se)


Se consegues sonhar – e não ficares dependente dos teus sonhos;


Se consegues encarar o Triunfo e o Desaire e tratar esses dois impostores da mesma maneira;
Se consegues pensar – e não transformares os teus pensamentos nas tuas certezas;


Se consegues falar a multidões sem te corromperes, ou conviveres com reis sem perder a naturalidade;

Se consegues nunca te sentir ofendido seja por inimigos, seja por amigos queridos;

Se consegues preencher cada implacável minuto com sessenta segundos que valham a pena ser vividos, é tua a Terra e tudo o que nela existe, e – mais importante ainda – então, meu filho, serás um Homem.
Se todos podem contar contigo, mas sem que os substituas;

 

Rudyard Kipling






Se consegues obrigar o teu coração e os teus nervos a ter força para aguentar mesmo quando já estão exaustos, e continuares, quando em ti nada mais resta do que a Vontade que lhes diz: « Resistam!»
e, perdendo, recomeçar tudo do princípio, sem lamentar o que perdeste;
Se és capaz de arriscar tudo o que conseguiste numa única jogada de cara ou coroa,
Se consegues suportar ouvir a verdade do que disseste, transformada, por gente desonesta, em armadilha para enganar os tolos, ou ver destruídas as coisas por que lutaste toda a vida, e, mantendo-te fiel a ti próprio, reconstruí-las com ferramentas já gastas;



Se consegues manter a confiança em ti próprio quando todos duvidam de ti, mas também fores capaz de aceitar as suas dúvidas;
Se consegues manter a calma quando à tua volta todos a perdem e te culpam por isso;


Se consegues esperar sem te cansares com a espera, ou, sendo caluniado, não devolveres as calúnias; ou, sendo odiado, não cederes ao ódio, e, mesmo assim, não pareceres paternalista nem presunçoso;

 

III DOMINGO DO TEMPO COMUM

A liturgia deste domingo apresenta-nos o projeto de salvação e de vida plena que Deus tem para oferecer ao mundo e aos homens: o projeto do “Reino”.

Na primeira leitura, o profeta/poeta Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galileia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero.

O Evangelho descreve a realização da promessa profética: Jesus é a luz que começa a brilhar na Galileia e propõe aos homens de toda a terra a Boa Nova da chegada do “Reino”. Ao apelo de Jesus, respondem os discípulos: eles serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o “Reino” a toda a terra.

A segunda leitura apresenta as vicissitudes de uma comunidade de discípulos, que esqueceram Jesus e a sua proposta. Paulo, o apóstolo, exorta-os veementemente a redescobrirem os fundamentos da sua fé e dos compromissos assumidos no batismo.

Dehonianos

CONTO (486)

 

VIVER COMO AS FLORES

Era uma vez um jovem que caminhava ao lado do seu mestre.

Ele perguntou:

- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes, outras mentirosas... sofro com as que caluniam…

- Pois viva como as flores! - advertiu o mestre.

- Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.

- Repare nestas flores - continuou o mestre - apontando para os lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas...É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora... Não se deixe contaminar por tudo aquilo que o rodeia... Assim, você estará vivendo como as flores!

Publicado por Paulo Costa

 

"O Evangelho, onde resplandece gloriosa a Cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria. Apenas alguns exemplos: «Alegra-te» é a saudação do anjo a Maria (Lc 1, 28). A visita de Maria a Isabel faz com que João salte de alegria no ventre de sua mãe (cf. Lc 1, 41). No seu cântico, Maria proclama: «O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador» (Lc 1, 47). E, quando Jesus começa o seu ministério, João exclama: «Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!» (Jo 3, 29). O próprio Jesus «estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo» (Lc 10, 21). A sua mensagem é fonte de alegria: «Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa» (Jo 15, 11). A nossa alegria cristã brota da fonte do seu coração transbordante. Ele promete aos seus discípulos: «Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria» (Jo 16, 20). E insiste: «Eu hei-de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há-de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16, 22). Depois, ao verem-No ressuscitado, «encheram-se de alegria» (Jo20, 20). O livro dos Atos dos Apóstolos conta que, na primitiva comunidade, «tomavam o alimento com alegria» (2, 46). Por onde passaram os discípulos, «houve grande alegria» (8, 8); e eles, no meio da perseguição, «estavam cheios de alegria» (13, 52). Um eunuco, recém-batizado, «seguiu o seu caminho cheio de alegria» (8, 39); e o carcereiro «entregou-se, com a família, à alegria de ter acreditado em Deus» (16, 34). Porque não havemos de entrar, também nós, nesta torrente de alegria?" (nº 4)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 


 

 

O grande enigma da vida humana não é o sofrimento, é a infelicidade. (...) A infelicidade torna Deus ausente durante algum tempo, mais ausente do que um morto, mais ausente do que a luz num cárcere totalmente mergulhado no breu.

Simone Weil

 


 

INFORMAÇÕES

FESTA DE NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS

No próximo dia 2 de fevereiro de 2014, pelas 16h30, será celebrada a festa de N.ª Sr.ª das Candeias na Ermida da rua do Desterro, na Fajã de Santo Amaro. A Ermida estará aberta ao público no sábado, dia 1 de fevereiro para todos os que quiserem visitá-la após as obras de restauro.

 


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Jesus veio ensinar-nos a conhecermo-nos tais como somos,
com a nossa vocação profunda para o amor,
com todos os nossos dons,
com toda a beleza que está em nós,
mas também com tudo o que está ferido,
com tudo o que é frágil,
com tudo o que é pobre.

Jean Vanier, in A Fonte das Lágrimas

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