Nº 410

QUERIA UM NATAL
Queria um Natal diferente. Um Natal em que todos se dessem as mãos e sentissem a amizade como coisa desejada e não disfarçada.
Queria um Natal de alegria sentida pelo nascimento de Alguém que vem trazer o amor em pessoa e que quer que o aconchego seja permanente.
Queria um Natal em que houvesse mesa posta para todos e à volta dela estivessem todos com um sorriso que inunde a presença na mesa do pobre e do rico, da abundância do alimento necessário para a vida toda.
Queria um Natal da luz que vem do alto para iluminar os caminhos da vida do que anda de mãos dadas com o Salvador e daquele que trilha caminhos difíceis e sem sentido.
Queria um Natal de esperança num mundo melhor em que a força da necessidade fosse dando lugar à igualdade de bens para todos.
Queria um Natal sem presentes camuflados de amizade, onde existe a presença verdadeira e sincera de um coração carregado de sinceridade e amor e onde a falsidade não encontra lugar.
Queria um Natal de perdão que leva ao encontro do outro mesmo que fosse com um pequeno gesto de entendimento. Talvez um abraço, um sorriso, um aperto de mão, um beijo, tudo cheio de ternura.
Queria um Natal de união entre as pessoas em que as famílias se procurem e encontram porque sabem o que custa a separação e dão valor ao que está como irmão, irmã, pai e mãe. Em que os amigos sabem o quanto custa a ausência e procura um pouco de privacidade mesmo que seja para recordar tempos já passados.
Queria um Natal verdadeiro e sincero em que há amor a valer e nasce a alegria dentro de todos.
Há muitos natais artificiais que pouco têm a ver com o Natal de há dois mil anos. Esses não sentem nem falam porque lhes falta a parte humana, falta ternura, falta carinho, falta o pulsar de um coração de criança aberto à inocência e ao amor. Falta simplicidade dos pastores e a harmonia da natureza. Falta o cântico dos anjos anunciando a bela notícia.
Queria um Natal que não fosse artificial em que houvesse o verdadeiro nascimento de uma vida nova. Vida aberta ao amor, à esperança, à harmonia entre todos.
Queria um Natal de irmão para irmão. Um Natal de família onde todos sintam a presença de Cristo que quer nascer de verdade nos corações.
Pe. Manuel António Santos
III DOMINGO DO ADVENTO
Tema:
O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: “e nós, que devemos fazer?” Preparar o “caminho” por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.
O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é “baptizado no Espírito”, recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica
A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse “caminho de conversão”, espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho connosco.
A segunda leitura insiste nas atitudes correctas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.
(Dehonianos)
MEDITAR
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
Alberto Caeiro
CONTO (283)
O OPTIMISTA
Era uma vez dois gémeos. Um deles era muito optimista. Para ele, tudo corria sempre às mil maravilhas. O outro era muito pessimista. Não via nada de positivo.
Os pais, preocupados, consultaram um psicólogo, que lhes disse:
- No dia de anos, quando chegar o momento de abrir as prendas, ponham-nos em quartos separados. Dêem ao pessimista os melhores presentes possíveis e ao optimista apenas uma caixa de estrume. E observem as suas reacções.
Os pais seguiram as instruções. Quando espreitaram o pessimista, ouviram-no dizer:
- Não gosto da cor deste computador. Aposto que esta calculadora irá avariar-se. Não gosto deste jogo. Conheço um colega que tem umas sapatilhas melhores que estas.
Ao espreitarem o optimista, viram-no a saltar alegremente, soltando gargalhadas e dizendo:
- Onde há tanto estrume tem de haver um cavalo!
In Contos+Mensagens de Pedrosa Ferreira
O amor não tem idade; está sempre a nascer.
(Pascal)
O amor não conhece sua própria intensidade até à hora da separação.
(Khalil Gibran)
INFORMAÇÕES
CONFISSÕES
Norte Pequeno dia 16 de Dezembro às 14 horas.
Beira dia 18 de Dezembro às 17 horas.
Urzelina dia 20 de Dezembro às 17 horas.
Ribeira Seca dia 21 de Dezembro às 17 horas.
Santo António dia 22 de Dezembro às 14 horas.
Norte Grande dia 22 de Dezembro às 14 horas.
Biscoitos dia 22 de Dezembro às 16 horas.
CD DA ORDENAÇÃO
Encontra-se à venda o CD da Ordenação Sacerdotal do Pe. Hélio Nuno realizada na Urzelina a 25 de Julho de 2009. Que quiser adquirir pode contactar directamente o Sr. Luís Faria.
FESTA DE SÃO LÁZARO
NORTE PEQUENO
17 de Dezembro
Missa de Festa às 15:30 seguida de Procissão
Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº 410
Agenda Pastoral
Destaque
Mais Recente Carta Familiar em PDF!
Nº 1130Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
- Avô.
- Sim.
- Porque é que se põe a estrela no cimo do pinheirinho?
- Para não nos esquecermos daquilo que é realmente importante. Repara: o pinheirinho está lindo com as bolas e as fitas e as luzinhas a piscar, mas sem a estrela ficaria triste. A estrela é a luz verdadeira. O pinheirinho é como a nossa vida. Pode não haver nem bolas nem fitas nem luzinhas a piscar, mas é a luz verdadeira que dá sentido ao nosso caminho. O pinheirinho pode não ter bolas nem estrelas nem luzinhas a piscar, mas se tiver uma estrela no cimo será sempre um verdadeiro pinheiro de Natal.
Lado-a-lado
Os nossos Links
Ouvidoria de São JorgeFAJÃS Grupo de Jovens
Cartas Familiares Anteriores
Visitas
Ver Estatísticas