Nº 1159

 

Há milagres que só acontecem quando se tem coração de criança: A primeira Comunhão explicada pelo papa

«O nosso bilhete de identidade é este: Deus é nosso Pai, Jesus é nosso Irmão, a Igreja é a nossa família, nós somos irmãos, a nossa lei é o amor».

«Vejo-vos aqui com as túnicas brancas: é um sinal importante e formoso. Porque estais vestidos de festa. A primeira Comunhão é antes de tudo uma festa na qual celebramos que Jesus quis sempre ficar ao nosso lado, e que nunca se separará de nós. Uma festa que foi possível graças aos nossos pais, nossos avós, nossas famílias, nossas comunidades que nos ajudaram a crescer na fé».

Depois de assinalar que Jesus se vê «com os olhos da fé», o papa disse que os prodígios de Deus não são para todos: «Há milagres que só podem ocorrer se temos um coração como o vosso, capaz de partilhar, sonhar, agradecer, confiar e honrar os outros».

«Fazer a primeira Comunhão significa querer estar cada dia mais unidos a Jesus, crescer em amizade com Ele, e que outros também possam desfrutar da alegria que nos quer oferecer. O Senhor necessita de vós para poder realizar o milagre de que a sua alegria chegue a muitos dos vossos familiares e amigos».

Na celebração que marcou para as crianças o seu encontro inaugural com Jesus no sacramento da Eucaristia, o papa expressou o desejo de que esta foi a «primeira Comunhão», e não a última».

«Hoje recordai-vos que Jesus vos espera sempre. Por isso, desejo que hoje seja o início de muitas comunhões, para que o vosso coração esteja sempre como hoje, em clima de festa, repleto de alegria e, sobretudo, de gratidão».

Após a oração do Pai-nosso e antes da invocação do Cordeiro de Deus, Francisco dirigiu-se às crianças: «Agora ireis receber Jesus. Não tendes que vos distrair, nem pensar em outras coisas, mas só pensar em Jesus».

«Vinde ao altar para receber Jesus em silêncio; guardai silêncio no vosso coração, e pensai que esta é a primeira vez que Jesus vem até vós. Depois, virá muitas vezes mais. Pensai nos vossos pais, nos vossos catequistas, nos vossos avós, nos vossos amigos; e se lutastes com alguém, perdoai-o verdadeiramente antes de vir. Em silêncio, aproximai-vos de Jesus», acrescentou.

Rui Jorge Martins

 

 

MEDITAR

Na dor e na vida, Jesus segura-te pela mão

Há uma casa em Cafarnaum, onde a morte se aninha; uma casa importante, a do chefe da sinagoga. Casa poderosa, mas incapaz de garantir a vida de uma criança.

Jairo saiu, caminhou em busca de Jesus, encontrou-O, atirou-se a seus pés: Minha filhinha está a morrer, vem! Tem doze anos, idade em que é preciso florescer, não sucumbir! Jesus escuta o grito do pai, interrompe o que estava a fazer, muda os seus projetos e partem juntos, o livre Senhor das ruas e o homem da instituição. A dor e o amor começaram a marcar o ritmo da música absoluta, é Jesus que entra: são as nossas raízes e chega até nós, com passo de mãe, atravessando as raízes.

Vieram de casa dizer: a tua filha está morta. Para quê incomodar ainda o mestre? A tempestade definitiva chegou. A última esperança caiu. E então Jesus vira-Se, aproxima-Se, faz barreira à dor: não tenham medo, apenas fé. Chegando a casa, Jesus leva consigo o pai e a mãe, recompõe o círculo vital dos afetos, o círculo do amor que nos faz viver. “Amar é dizer: não vais morrer” (Gabriel Marcel).

Leva também os três discípulos favoritos com Ele, coloca-os na escola da existência. Não explica por que se morre aos doze anos, por que há dor, mas leva-os consigo no combate corpo a corpo com o último inimigo. "Pegou na mão da menina." Jesus é uma mão que te agarra pela mão. Belo quadro: Deus e uma menina, de mãos dadas.

Não era permitido por lei que se tocasse um morto, tornava-se impuro, mas Jesus é um perfume de liberdade. E ensina-nos que devemos tocar o desespero das pessoas para levantá-las. Uma história de mãos: em todas as casas, ao lado do leito da dor ou do parto, o Senhor está sempre com a mão estendida, como fez com Pedro quando se afundava na tempestade.

Não é um dedo apontado, mas uma mão forte que nos agarra. Talita kum. Menina, levanta-te. Pode ajudá-la, apoiá-la, mas ela, só ela pode decidir-se levantar. E imediatamente a criança  levantou-se e caminhou, voltou aos abraços dos seus pais, a uma vida vertical e orientada. " Ordenou aos pais que a alimentassem."

Diz àqueles que a amam: guardem esta vida com as vossas vidas, façam-na crescer, estimulem-na para se tornar o melhor que possa ser. Alimentai o seu coração renascido de criança com sonhos, carícias e confiança.

E então Deus repete sobre cada criatura, sobre cada flor, sobre cada homem, sobre cada mulher, sobre cada criança e sobre cada menina, a bênção daquelas palavras antigas: "Talita kum. Vida jovem, eu te digo: levanta-te, ressurge, revive, resplandece. Volta aos abraços.

Ermes Ronchi

 

DEUS NA ESCURIDÃO

Deus é exatamente como as mães. Liberta os Seus filhos e haverá de buscá-los eternamente. Passará todo o tempo de coração pequeno à espera, espiando todos os sinais que Lhe anunciem a presença, o regresso dos filhos.

Deus é exatamente como são as mães, que criam e depois vão ficando para trás, à distância, numa distância que parece significar que não são mais precisas, e Ele, como elas, só sabe amar acima de qualquer defeito e qualquer falha, com cada vez maior saudade, mas não sabe o caminho, não sabe por onde os filhos foram, só pode suplicar que não se percam e não se percam da vontade de voltar.

Deus está na escuridão, e tateia por toda a parte na vontade intensa de um toque, do aconchego do corpo dos filhos, um gentil toque ou um abraço. E os filhos distraem-se e são incautos ou tornam-se impuros e fogem, atarefados com suas paixões e incertezas, e pensam menos no quanto Deus pode sofrer do que no sofrimento que haverão eles de sentir pela mais pequena contrariedade.

Deus, como as mães, corre os dias inteiros à janela e escuta. Qualquer bulício Lhe acelera o coração. Se existem passos em redor de Sua casa, se alguma voz O chama, palpita como doido de alegria na esperança de ter um filho em visita. Deus pisa até de leve, quer tudo em sossego, sem sobressalto, porque sabe apenas estar à espera por tão grande esperança de ser correspondido no amor.

Os filhos partem sem saberem que o sentido da vida é chegar à origem.

Válter Hugo Mãe, in Deus na Escuridão

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Há barreiras em que é preciso ser pequeno para passar...

Há limites em que é preciso pensar menos para vencer...

Há fronteiras em que é preciso ser muito livre para atravessar...

Há regras diante das quais é preciso amar muito para desobedecer...

E até se ouve, vinda do fim, uma voz que nos segreda que só vivemos uma vez... Felizes aqueles em cujo íntimo esta voz se torna uma fonte de Sabedoria.

Rui Santiago Cssr


 

INFORMAÇÕES

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO NA FAJÃ DOS VIMES

No dia 7 de julho tem início o Novenário de Nossa Senhora do Carmo na Fajã dos Vimes. A Eucaristia será todos os dias às 19 horas.

A Missa de Festa do dia 16 de julho, virá no próximo Boletim.


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Há barreiras em que é preciso ser pequeno para passar...

Há limites em que é preciso pensar menos para vencer...

Há fronteiras em que é preciso ser muito livre para atravessar...

Há regras diante das quais é preciso amar muito para desobedecer...

E até se ouve, vinda do fim, uma voz que nos segreda que só vivemos uma vez... Felizes aqueles em cujo íntimo esta voz se torna uma fonte de Sabedoria.

Rui Santiago Cssr

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