Nº 485

 

“ESCOLHE A VIDA E VIVERÁS”

 
Este é o tema para esta semana da vida que termina este Domingo.
Há tempos, encontrei num blogue espanhol, de um cristão que se chama, Santiago Agrelo, que pertence à família dos franciscanos e que é também a Arcebispo de Tânger, um texto que vale a pena ler e meditar e está relacionada com o tema da vida.
Cá vai o texto:
“Algo tem a guerra que atrai o homem, como se fosse o fruto proibido da árvore mais à vista e mais bela do jardim. Algo tem. Será pelo risco que se corre, será pela vitória que se espera, será pela glória que se deseja. Será, talvez, porque te faz sentir dono de vidas alheias, maior do que o tombado, mais poderoso do que o vencido. A guerra é tão atractiva e desejável como pode ser o bem, como pode ser o mal. E é tão perversa que, se a reconheces necessária, terás que reconhecê-la justa; e se a reconheces justa, terás justificado a morte do teu irmão.
Uma guerra não ata as mãos de Caim; clona-o.
Liguei o televisor. Falavam da Líbia. Nas imagens um caça em chamas estatelava-se contra o chão. Não vês cadáveres, mas sabes que estão lá. E antes que a razão faça perguntas, o sentimento já fez as suas opções.
Aqueles mortos nem doem se são dos outros; doem se os reconhecemos “nossos”; doem até me fazer mal se são “meus”. E como ainda não sabes de quem é o caça que viste cair, ainda não sabes como aquelas mortes te hão-de doer.
Será que não aprenderemos nunca?! Na guerra só matamos irmãos! Na guerra, clonamos Caim!”
Esqueci-me de dizer que o título do artigo é: “Clonando Caim”.
Faz-me reflectir nas ocasiões em que, como Caim, vamos eliminados os nossos irmãos e nos esquecemos que o estamos a fazer. Outras vemos, serenos e apáticos, a “dar cabo” do irmão.
O amor, que deve ser a marca do Cristão, não é o que mais se vê. Por um nada, o irmão é desprezado, rejeitado, deitado nas teias de mal dizer da sociedade.
A vida, o bem, o bom nome, não é tido em conta.
A «Semana da Vida» é promovida desde 1994 pela Conferência Episcopal Portuguesa, através da Comissão Episcopal competente para a área da Família, precisamente na sequência de um apelo lançado por João Paulo II, na encíclica «O Evangelho da Vida», sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana, ao propor uma celebração que tenha por objectivo “suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições”
 

V DOMINGO DE PÁSCOA

Tema:

A liturgia deste domingo convida-nos a reflectir sobre a Igreja – a comunidade que nasce de Jesus e cujos membros continuam o “caminho” de Jesus, dando testemunho do projecto de Deus no mundo, na entrega a Deus e no amor aos homens.
O Evangelho define a Igreja: é a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus – “caminho” de obediência ao Pai e de dom da vida aos irmãos. Os que acolhem esta proposta e aceitam viver nesta dinâmica tornam-se Homens Novos, que possuem a vida em plenitude e que integram a família de Deus – a família do Pai, do Filho e do Espírito.
A primeira leitura apresenta-nos alguns traços que caracterizam a “família de Deus” (Igreja): é uma comunidade santa, embora formada por homens pecadores; é uma comunidade estruturada hierarquicamente, mas onde o serviço da autoridade é exercido no diálogo com os irmãos; é uma comunidade de servidores, que recebem dons de Deus e que põem esses dons ao serviço dos irmãos; e é uma comunidade animada pelo Espírito, que vive do Espírito e que recebe do Espírito a força de ser testemunha de Jesus na história.
A segunda leitura também se refere à Igreja: chama-lhe “templo espiritual”, do qual Cristo é a “pedra angular” e os cristãos “pedras vivas”. Essa Igreja é formada por um “povo sacerdotal”, cuja missão é oferecer a Deus o verdadeiro culto: uma vida vivida na obediência aos planos do Pai e no amor incondicional aos irmãos.
(Dehonianos)
 

MEDITAR

O SENTIDO HUMANO DA VIDA

O sentido da nossa vida é muito simples:
devemos orientar cada pensamento
e cada gesto de modo a que ela se torne
uma fonte de alento para os outros.

Sê justo para com os que se cruzam contigo.
Justo é aquele que deixa que os outros sejam iguais a si próprios,
que aceita as suas diferenças
e que ajuda os que precisam do seu auxílio.
Sê humano, com os outros e contigo.
A humanidade dos outros só é benéfica
para ti quando eles a têm para com eles próprios.
Só assim, a humanidade é recíproca
e pode ser um bálsamo para todos.

Sê bondoso para com as pessoas que cruzam o teu caminho.
Quem olha para si e para os outros com benevolência e tolerância
não se deixa tolher pelos seus próprios erros.
Agarra-se ao bem e acredita nele,
mesmo que sofra muitas desilusões.
A fé na bondade de cada um atrai o melhor que há nas pessoas,
pois reconhece o bem que há em todos.
Anselm Grün, em Em cada dia... um caminho para a felicidade
 

CONTO (353)

AS RECORDAÇÕES

Realizou-se um encontro de Antigos Alunos da Faculdade. Quando chegou o momento de recordarem episódios do passado que jamais esquecerão, um deles contou o seguinte:
Durante o meu primeiro ano da Faculdade, um nosso professor deu-nos um questionário.
Eu era bom aluno e respondi rapidamente a toda as questões até chegar à última. Perguntava assim:
- Qual é o primeiro nome da mulher que faz limpeza na escola?
Sinceramente, isso parecia-me uma piada. Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes nos corredores. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos. Mas como ia eu saber o nome dela? Entreguei o teste deixando essa pergunta em branco.
Um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar para a nota. O professor respondeu:
- É claro que sim!
Ao regressar a casa percebi qual a lição que ele queria dar: todas as pessoas merecem a nossa atenção. No dia seguinte, fiquei a saber que o seu nome era Raquel.
in, TUTTI FRUTTI de Pedrosa Ferreira

 

«Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças...

A sabedoria é a única riqueza que os tiranos não podem expropriar.»

kahlil Gibran

 

INFORMAÇÕES

Madre Clara: a nova beata portuguesa

O álbum dos beatos tem inscrito, desde hoje, 21 de Maio, mais um nome português: Madre Maria Clara do Menino Jesus, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Depois de lida a carta apostólica pelo Cardeal Angelo Amato – representante de Bento XVI na celebração de beatificação de Madre Clara, no estádio do Restelo (Lisboa) – onde se refere que a nova beata foi “grande Apóstola da ternura e da misericórdia de Deus” e tinha “profunda humildade”, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos concedeu o título de beata à venerável serva de Deus, Maria Clara do Menino Jesus.
A festa litúrgica da beata Madre Clara será “celebrada nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo Direito, todos os anos, no dia 1 de Dezembro – leu o cardeal Angelo Amato.
Fonte “Agência Ecclesia

RENÚNCIA QUARESMAL

A Renúncia Quaresmal teve a seguinte receita nas paróquias de: Sto António 275€; Beira 38€; Ribeira do Nabo 49,10€; Urzelina 440,67€
 

DIVULGAÇÃO DE RASTREIO

No dia 25 de Maio, Mês do Coração, uma equipe de saúde vai estar, das 9:30 às 12 horas e das 13:30 às 16 horas, no Auditório Municipal da Calheta, sito à rua 25 de Abril, a fazer o rastreio (T.A., Glicemia Capilar, Colesterol e Índice de massa corporal) a todas as pessoas que assim o desejem.
 
 

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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

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