Nº 1175

 

PELO SONHO É QUE VAMOS…

 

«Sonho a Igreja que Jesus sonhou e continua a sonhar, a que inaugurou e da qual continua a ser o permanente Princípio. Sim, a Igreja que Cristo continua a formar, chamar, inspirar e conduzir, porque um Ressuscitado é sempre nosso contemporâneo!

Acima de tudo, sonho a Igreja que sempre está urgente de sonhadores para continuar a acontecer, livres das “regras da sensatez” institucional que está sempre disposta a sacrificar a vitalidade da Verdade em nome da tranquilidade da instituição, e livres também do “medo senil e servil” que mata toda a diferença e novidade que ponha em causa as glórias do passado, ainda que falsas, ainda que feias.

Sorrio de alegria ao pensar a missão da Igreja como prolongamento da missão de Jesus, num ritmo comunitário em que o Espírito Santo faz acontecer a Palavra no Coração dos irmãos, ilumina a consciência para discernir os Sinais dos Tempos e fortifica os laços fraternos de modo a que cada Comunidade se torne “Frente de Fraternidade” capaz de derrotar tantas “Frentes de Iniquidade” que esmagam os pequenos que lhes aparecem pelo caminho e se alimentam dos seus despojos…

Apaixona-me a Igreja de Jesus que entende qual é o seu lugar próprio na história, e não cai nos mesmos erros da Antiga Aliança, quando tantos confundiam a esperança da chegada do Reino de Deus com a Restauração do Reino de David!

Assim também tantos nos últimos séculos confundiram o Reino de Deus anunciado e inaugurado por Jesus com a Igreja! Mas o Reino de Deus é maior que a Igreja, ultrapassa as suas fronteiras…

O Reino de Deus é uma Nova Humanidade, não uma nova religião!

O lugar da Igreja no mundo é o do Serviço! Ao serviço de Deus e ao serviço do Mundo, sem fronteiras nem preconceitos.

Já reparaste que à porta de um farol está escuro?! Assim como um farol não existe para se iluminar a si próprio, assim também a Igreja não existe em função de si própria, mas em função da difusão do Reino de Deus!

Por isso é que Jesus dizia aos seus: “Vós sois a LUZ do mundo, vós sois o SAL da terra, vós sois o FERMENTO que leveda a massa…”»

Rui Santiago, Cssr

 

MEDITAR

 

 

Como Jesus surpreende: vim para servir

Convosco não é assim!! Belíssima expressão que evidencia a diferença cristã. Os outros dominam, mas que não seja assim entre vós. Ficareis ao lado das pessoas, ou aos pés delas, e não acima delas. Os outros oprimem. Em vez disso, erguerão as pessoas, levantá-las-ão para outra luz, outro sol, outra respiração. A história gloriosa de cada um não é escrita por aqueles que tiveram a capacidade de nos dominar, mas por aqueles que tiveram a arte de nos amar: glória da vida. Vim para dar a minha vida em resgate pela multidão ...

Jesus resgata o humano, repinta o ícone do que é a pessoa, do que é e do que não é a vida, tira de cada um um tesouro de luz, de sol, de beleza. Liberta a nova face da humanidade, redime o humano das garras do desumano; redime o coração do homem do poder mortal da indiferença. Jesus cura o pecado do mundo, que só tem um nome: falta de amor. Tiago e João, os "filhos do trovão", perguntaram-Lhe, naquele tom infantil: Queremos que faças o que queremos para nós ...

Os outros apóstolos estão indignados, fazem-no por rivalidade, por ciúme, porque os dois irmãos tentaram manipular a comunidade. Mas Jesus não os segue, prossegue, guardando a questão dos dois e também a indignação dos outros: chama-os a Si, na intimidade, coração a coração, e explica, argumenta. Porque por trás de todo o desejo humano, mesmo o mais distorcido, há sempre uma matriz boa, um desejo de vida, de beleza, de harmonia.

Todo o desejo humano sempre tem uma parte saudável por trás, talvez muito pequena. Mas essa é a parte a não perder. Os homens não são maus, são frágeis e enganam-se facilmente. “Até o pecado muitas vezes é uma forma errada de te procurar” (D. M. Turoldo).

A última frase do Evangelho é de capital importância: Eu vim para servir. A mais perturbadora autodefinição de Jesus, a mais revolucionária e contra a corrente. Mas que de repente ilumina o coração de Deus, o significado da vida de Cristo e, portanto, da vida de cada homem e mulher. Um Deus que, no nosso imaginário é omnipotente, na sua revelação é um servo. De omnipotente a servo. Novidade absoluta.

Porque nos criou Deus? Muitos se lembram da resposta do catecismo: Para conhecer, amar e servir a Deus nesta vida e gozá-lo na próxima. Jesus vira a perspetiva de cabeça para baixo, dá-lhe uma beleza e profundidade deslumbrantes: fomos criados para sermos amados e servidos por Deus, aqui e para sempre. Deus existe para ti, para te amar e servir, para dar a sua vida por ti, para ser surpreendido por nós, por estes filhos imprevisíveis, livres, esplêndidos, criativos e frágeis. Deus considera cada filho mais importante do que Ele mesmo.

Ermes Ronchi

 

Feliz de ti

Feliz de ti que te alegras com o sucesso dos outros;

Feliz de ti que te compadeces da tristeza alheia;

Feliz de ti que consolas o teu irmão;

Feliz de ti que deixas o teu conforto para contribuir para um mundo melhor.

Feliz de ti que ambicionas, idealizas e sonhas com projetos capazes de mudar o mundo.

Que compreendas… és feliz!

 Que reconheças que és feliz e que faças tudo o que estiver ao teu alcance para te sentires feliz e beberes esse sentimento como um cálice de vencedor.

 Às vezes implica ir à luta, ficar exausta, debater, argumentar, arregaçar mangas, chorar…

 Outras vezes a felicidade implica, deixar andar, afastar e dar ao luxo de sentir que tudo gira, tudo continua a girar (e não é à nossa volta).

 Eu sou feliz, porque no meio das minhas angústias e fragilidades sei o que me sustenta espiritualmente e reconheço o quão importante isso é para  viver, com alguma tranquilidade, uma vida repleta de momentos de sufoco e de alegria.

 Sou feliz, não só porque rezo, mas porque sei porque rezo. Sei onde reside a minha esperança, e o quanto ela me impele a agir.

 Que te possas sentir feliz por teres a capacidade de fazer render os teus dons e fazeres tanta gente feliz.

 E tu amiga, o que te faz feliz?

 Raquel Rodrigues

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não digas nunca: “Eis aqui o amor.”

O amor é sempre um passo mais,

o amor é o degrau seguinte da escada,

o amor é apetência contínua

e se não estás insatisfeito não há amor.

O amor é os frutos na mão,

ainda por morder.

O amor é um perpétuo aguilhão

e um desejo que deve crescer sem barreiras.

Não digas nunca: “Eis aqui o amor”.

O verdadeiro amor é um “não chegou ainda…"

 

Luis Antonio de Villena


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Nº 1175

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não digas nunca: “Eis aqui o amor.”

O amor é sempre um passo mais,

o amor é o degrau seguinte da escada,

o amor é apetência contínua

e se não estás insatisfeito não há amor.

O amor é os frutos na mão,

ainda por morder.

O amor é um perpétuo aguilhão

e um desejo que deve crescer sem barreiras.

Não digas nunca: “Eis aqui o amor”.

O verdadeiro amor é um “não chegou ainda…"

 

Luis Antonio de Villena

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