nº 1153
Pai Santo,
a nossa fé diz-nos que Deus é uma Comunidade de Amor
constituída pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Também nos diz que Tu nos criaste à Tua imagem e semelhança
e nos enviaste o Teu Filho para ser nosso irmão
e, deste modo, nós sermos teus filhos.
São tantas as razões que temos para louvar a Deus
que nós nem somos capazes de as enumerar todas.
Mas neste momento queremos proclamar algumas dessas razões que temos
para louvar Deus com gratidão:
Glória a Vós, Deus Santo, que nos chamastes à vida!
Glória a Vós que nos apresentais a Natureza como um livro cheio de ensinamentos.
Glória a Vós que nos revelais as vossas perfeições infinitas nas belezas da Natureza.
Glória a Vós que marcastes a Criação com o selo da Bondade.
Glória a Vós pelas montanhas que nos convidam a olhar o Céu
com a multidão das estrelas e a grandeza quase infinita do Universo.
Glória a Vós pelos mares e os lagos que refletem a luz do sol e o azul suave do Céu.
Glória a Vós pelos pais, muitos dos quais são capazes de dar tudo pelos seus filhos.
Glória Vós pela força da vida que habita nas plantas, nos animais e os nos seres humanos.
Glória a Vós pelo perfume das rosas e a brancura das açucenas.
Glória a Vós pelo sabor delicioso dos frutos
e pela doçura do mel que as abelhas produzem com muito trabalho.
Glória a Vós pelo Sol que todas as manhãs faz brotar as cores maravilhosas.
Glória a Vós pela pureza e transparência das crianças que nos convidam a ser verdadeiros.
Glória a Vós pelos jovens e adultos que lutam pela justiça e pelos direitos humanos
que são os pilares da paz.
Glória a Vós pelo dom da vossa Palavra
que nos faz compreender o sentido profundo da vida e a meta para a qual estamos a caminhar.
Glória a ti, Pai Santo, que nos acolhes como teus filhos.
Glória a ti, Filho Eterno de Deus que nos acolhes como irmãos.
Glória a ti Espírito Santo que és o amor maternal de Deus derramado nos nossos corações.
Calmeiro Matias
MEDITAR
Que vento de liberdade sacode os nossos esquemas.
A Bíblia é um livro cheio de vento e de caminhos. E assim são as histórias do Pentecostes, cheias de estradas que partem de Jerusalém e de vento, leve como uma respiração e impetuoso como um furacão. Um vento que sacode a casa, enche e vai mais além; que traz pólen da primavera e dispersa a poeira; que traz fecundidade e dinamismo às coisas imóveis, "aquele vento que faz nascer os pesquisadores de ouro" (G. Vannucci).
Encheu a casa onde os discípulos se juntavam. O Espírito não se deixa confiscar por certos lugares a que chamamos sagrados. Agora a casa tornou-se sagrada. A minha, a tua e todas as casas são o céu de Deus. Veio de repente, e são apanhados de surpresa, não estavam preparados, não estavam programados. O Espírito não tolera esquemas, é um vento de liberdade, fonte de vida livre.
Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles. Sobre cada um, ninguém é excluído, não há nenhuma distinção a fazer. O Espírito toca todas as vidas, diversifica todos, faz nascer criadores. As línguas de fogo dividem-se e cada uma ilumina uma pessoa diferente, com uma interioridade irredutível. Cada um delas esposa uma liberdade, afirma uma vocação, renova uma existência única.
Temos necessidade do Espírito, o nosso pequeno mundo estagnado, sem impulsos, precisa disso. Para uma Igreja que seja a guardiã da liberdade e da esperança. O Espírito com os seus dons dá a cada cristão um génio que é seu. E precisamos muito de discípulos cheios de génio. Com outras palavras, precisamos que cada um acredite no seu próprio dom, na sua singularidade, e que coloque a sua própria criatividade e coragem ao serviço da vida.
A Igreja como Pentecostes continua a querer o risco, a invenção, a poesia criativa, a batalha da consciência.
Depois de criar cada homem, Deus quebra a sua forma e deita-a fora. O Espírito faz-te único na tua maneira de amares, na tua maneira de dar esperança. Único, na forma de consolar e fazer encontros; único, na maneira de desfrutar a doçura das coisas e a beleza das pessoas.
Ninguém sabe amar como tu o sabes fazer; ninguém tem aquela alegria de viver que tu tens; e ninguém tem o dom de entender os factos como tu os entendes. Esta é precisamente a obra do Espírito: quando o Espírito vier, irá guiar para toda a verdade. Jesus que não teve a pretensão de dizer tudo, como muitas vezes nós o pretendemos, que tem a humildade de afirmar: a verdade está para a frente, é um caminho a ser feito, um devir.
É a altura agora para a alegria de sentir que os discípulos do Espírito pertencem a um projeto aberto, não a um sistema fechado, onde tudo já está pré-estabelecido e definido. Que em Deus descobrimos novos mares quanto mais navegamos. E que o vento não perturbará o meu veleiro.
Ermes Ronchi
13 de maio!
Esta data não é só uma data. É uma memória da nossa eternidade. Um apelo a um viver mais em conexão com a nossa raiz espiritual e de fé.
Sentimos dentro do peito que temos Mãe! Uma Mãe cuja luz não só não se extingue como se propaga dentro de nós próprios e das nossas vidas, por vezes, tão pequeninas e cheias de falhas e mistérios.
Acreditar na Mensagem de Fátima não é simplesmente uma questão de fé. É uma questão de aceitar o inexplicável. De assumir o amor com todas as suas vertentes e lados.
Nossa Senhora vem mostrar-nos que os milagres acontecem, também nas nossas vidas, quando aceitamos ser simples, pequenos e humildes. Eram essas as principais virtudes dos pastorinhos. Estas crianças não eram iluminadas nem leram coisas nos livros. Estavam em contacto e presença com a Natureza e com a vida no seu estado mais puro. Foi isso que lhes permitiu ver o que não estava ao alcance de todos. Foram eles que nos mostraram que também nós podemos ver, se quisermos. Se aceitarmos a vida como ela é, por muito difícil que seja. Por muito incompreensível que se nos revele.
A Jacinta, o Francisco e a Lúcia entregaram-se a uma verdade que muitos rebateram. Que muitos questionaram. Que muitos negaram, e negam (!) ainda hoje. Seguiram o caminho da Senhora mais brilhante que o Sol e permitiram-se ver além do que podia ser visto.
Todos nós somos convidados, ainda hoje, a ser sinal deste amor que três crianças dedicaram a Nossa Senhora. Nós, com os nossos meios tão mais incríveis e avançados continuamos a preferir não ver. Continuamos a preferir distrair-nos. Acreditamos com condições e esperamos retorno quando a maior recompensa reside no simples facto de nos permitirmos ter fé.
A Mensagem de Fátima é uma mensagem de paz. Uma mensagem para os dias de hoje: através da oração até o maior impossível se vergará e se dissipará. Está ao nosso alcance ousar ter a capacidade de nos inspirarmos com a vida do Francisco, da Jacinta e da Lúcia. É isso que, ainda hoje, Nossa Senhora nos pede.
“O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o Caminho que te conduzirá até Deus”
PENSAMENTO DA SEMANA
O Espírito Santo é exigente, porque é um amigo verdadeiro, fiel, que não esconde nada, que sugere o que mudar e crescer. Mas quando nos corrige, Ele nunca infunde desconfiança; pelo contrário, transmite a certeza de que com Deus podemos conseguir, sempre.
INFORMAÇÕES
MISSA NO SANTUÁRIO
Este mês não haverá a habitual missa no Santuário da Caldeira de Santo Cristo devido às Festividades do Espírito Santo.
Contudo, está marcada uma missa para o dia 4 de junho, pelas 18 horas, e será presidida pelo Bispo D. Armando e concelebrada por 15 padres novos da nossa Diocese. No mesmo dia haverá a inauguração das obras de remodelação da Casa dos Romeiros.
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Nº 1170Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
“ENSINAR É AMAR”
"Ser professor é dar-se (...) Tens muito que fazer? – Não; tenho muito que amar. Não entendo ser professor de outra maneira. (...)
Para ser professor, também é preciso ter as mãos purificadas. A toda a hora temos de tocar em flores. A toda a hora a Poesia nos visita. O aluno acredita em nós e não deve acreditar em vão. Impõe-se-nos que mereçamos, com a nossa, a pureza dos nossos alunos; que a nossa alimente a deles, a mantenha. (...)
Sejamos a lição em pessoa – que é isso mais importante e mais eficaz que sermos o papel onde a lição está escrita; e possamos dizer sem constrangimento: Deixai-as vir a mim, as criancinhas…”
Sebastião da Gama, in Diário
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