Nº 473

 

 
Dizer fé… falar de fé, não é coisa fácil…
A fé tem a ver com a vida. Alguns querem definir a fé, dizer o que ela é, mas como ela tem a ver com a vida, aquilo que se diz da fé pode não abarcar toda a fé.
A fé tem a ver com as pessoas, a relação que existe entre elas, pelo menos, ente duas pessoas. Por isso a fé não é solitária, não pode ser “a minha fé”.
A fé, também, não é estática... Ou seja, uma coisa que se recebeu e está lá sempre, do mesmo tamanho. Assim como aquela fé que se tem em criança…
O Mestre, Jesus, quando fala da fé, diz que ela é como uma semente. A semente é muito pequena mas, apesar de tão pequena, possui em si uma energia, um dinamismo de vida capaz de irromper da casca dura e capaz de levantar a terra que a esconde e guarda para surgir uma planta maior e em constante crescimento, até produzir a flor e o fruto...
Quando a semente é lançada à terra todos esperamos que ela siga o seu ciclo normal. Que se vá transformando, crescendo, tem uma vida a cumprir.
A fé é lançada na nossa vida com o mesmo objectivo. Tem de irromper maravilhosamente: primeiro ao jeito de criança com a inocência que é capaz de acariciar a Deus que é recebido como Pai que cuida, guarda, ama…
Depois é recebida na interrogação e rebeldia da adolescência. Com novas e belas descobertas do amor grandioso de Deus…
Vem depois a beleza da entrega generosa ao amor que vai amadurecendo e purificando no amor mútuo… A beleza da juventude…
A fé é este processo que queremos contínuo, que não fique estagnado. Tal como não queremos uma vida estagnada, morna, infeliz..
É necessário e urgente tomar uma decisão pela fé, com a fé e na fé… Este mundo onde vivemos com os nossos pés bem assentes na terra, onde nos sentamos a conversar uns com os outros, desejando que seja melhor do que é… Este mundo cheio de interrogações e preocupações… Tem necessidade de gente com fé…
Uma fé que é dom de Deus. De um Deus que é Pai e nos ama como tal. Que nos quer ver e fazer felizes. Que nos dá este abraço de amigo sempre pronto a estreitar-nos e a aconchegar-nos ao Seu coração amoroso.
Um Deus que cuida de todos… Um Deus que é fonte de felicidade…
Às vezes falamos muito de fé, dizemos coisas sobre a fé, queremos tê-la e vivê-la. Isso é importante e necessário porque ela segura a vida e dá sentido à vida, mas é preciso perguntar como é a fé para mim...
Pe. Manuel António
 

VIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema:

A liturgia deste 8º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre as nossas prioridades. Recomenda que dirijamos o nosso olhar para o que é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os bens mais primários, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida dos seus filhos com a solicitude de um pai e o amor gratuito e incondicional de uma mãe.
O Evangelho convida-nos a buscar o essencial (o “Reino”) por entre a enorme bateria de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse. Garante-nos, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que provê com amor às suas necessidades.
A primeira leitura sublinha a solicitude e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem da maternidade: a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador, eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá para sempre a aliança que fez com o seu Povo.
Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial (a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e não no acessório (os veículos da mensagem).
(Dehonianos)
 

MEDITAR

AMAR

Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam
as pequenas satisfações que a vida me dava,
tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte
das alegrias da vida.
Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo.
O dinheiro não era nada, o poder não era nada.
Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.
A beleza não era nada.
Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar da sua beleza.
Também a saúde não contava tanto assim.
Cada um tem a saúde que sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver
e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.
A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar.
Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.

                                                       Hermann Hesse
 

CONTO (341)

O LEÃO DE PEDRA

Era uma vez um estudante de dezasseis anos que teve um sonho. Sonhou que um leão, com as suas garras, o devorava. Teve um grande susto.
Na manhã seguinte, partiu com os seus colegas de escola para um passeio a uma cidade desconhecida. Certamente que ai não haveria leões à solta!
Ainda assustado pelo efeito do sonho, o estudante foi visitar um palácio. Ao chegar à praça circundante, viu um leão de pedra que rugia para o céu com a boca bem aberta. Disse ele:
- Ah! Eis o meu leão. O que me devorou esta noite!
Contou o sonho aos amigos. Depois, rindo-se, para demonstrar que não acreditava nos sonhos, aproximou-se do leão:
- Reconheces-me, leão? Acorda! Move os maxilares e morde-me se puderes.
Dizendo isto, enfiou a mão na garganta de pedra e estendeu-a até ao fundo…
Gritou de medo e de dor. Depois retirou de repente a mão ensanguentada e atirou-se ao chão.
Um enorme escorpião, que tinha o seu ninho no fundo da garganta de pedra, tinha-lhe trespassado a mão com a sua picadela venenosa.
in, ALEGRE MANHÃ de Pedrosa Ferreira

 

FÉ, AMOR E ESPERANÇA
«Amar significa amar o que é difícil de ser amado,
de contrário não seria virtude alguma;
perdoar significa perdoar o imperdoável,
de contrário não seria virtude alguma;
fé significa crer no inacreditável,
de contrário não seria virtude alguma. 
E esperar significa esperar quando já não há esperança,
de contrário não seria virtude alguma.» 
Gilbert Keith Chesterton 

 

INFORMAÇÕES

RETIROS PARA A CQTEQUESE

Vão realizar-se os retiros da Quaresma para as crianças da catequese, na Casa do Divino Espírito Santo da Ribeira Seca, nas seguintes datas:
Dia 19 de Março: 3º e 4º anos de catequese
Dia 26 de Março: 5º e 6º anos de catequese
Dia 2 de Abril: 7º e 8º anos de catequese
Dia 9 de Abril: 9º e 10º anos de catequese
Os encontros têm início às 10 horas e terminam às 16 horas. Tanto quanto possível os catequistas devem acompanhar os seus catequizandos. Haverá almoço pelo que devem avisar os párocos com antecedência, o número de participantes.
 

Padre português eleito o melhor jogador de futsal

Polónia, Kielce, 25 Fev (Ecclesia) - O padre português, Marco Gil, foi considerado o melhor jogador da «Champions Clerum» - Torneio europeu de futsal para sacerdotes católicos – que terminou nesta quinta-feira, em Kielce, Polónia.
De regresso a Portugal e em declarações à Agência ECCLESIA, o padre galardoado e capitão da selecção portuguesa afirmou que trocava o troféu individual “pela final” do torneio.
Depois de ganharem os cinco primeiros jogos que realizaram no V Campeonato Europeu em Futsal para sacerdotes católicos, os padres portugueses «escorregaram» ante a anfitriã do evento (Polónia) e no jogo de apuramento do terceiro e quarto lugar, a selecção lusa foi derrotada por 5-1 com a Bósnia-Herzegovina.
O “cansaço físico” e “ o desgaste” apoderou-se dos jogadores visto que depois do jogo com a Polónia (derrota por dois a zero) “tivemos de jogar logo de seguida com a Bósnia-Herzegovina” – disse.

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Nº 1148

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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