Nº 452

CENTENÁRIO
Quantas histórias dentro de um centenário? Quantos projectos feitos? Quantos desejos formulados? Quantos sonhos tidos?
É a história de um povo carregada de vida feita de trabalho e sacrifícios, de lutas conseguidas e esperanças desfeitas, de grandes tempos de alegria e de muitas lágrimas derramadas.
Há histórias contadas em livros, como há a História de um povo repleta de momentos de glória e de momentos de tristeza e derrota. Mas há histórias escondidas e que nunca serão feitas páginas de livros, aquelas que contam sonhos tornados viagens por paragens desconhecidas em busca de sustento e de formas de vida nova para os filhos e filhas, procura em outros lugares daquilo que a terra mãe lhes negava.
Quanto pão e sustento arrancado à terra ainda virgem por não ter sido nunca semeada e que era regada com suor e lágrimas. Cansaço feito alimento de casas de muita gente, porque sempre havia quem chegava e quem partia, os que traziam novidades e os que andavam metidos nos destinos de um povo sonhador em “dar novos mundo ao mundo”.
Nesta labuta do tempo, muitos caminhos se fizeram: uns feitos em águas salgadas rasgados com muitas tormentas e medos, outros feitos em terras amansadas pela força de gente determinada e firme. Mas houve caminhos de vidas novas e feitas de muito ler e contar, de muita leitura e ciência. Caminhos feitos de sonhos que se tornaram realidade porque eram muito queridos e amados.
Conheci muitos rostos que se deixaram guiar pelo sonho e pelo desejo. Rostos que se tornaram enrugados antes do tempo, feitos de saudade e de tristeza, da distância que cada vez se tornava maior pelos que se sabia que nunca mais se tornavam a ver, a abraçar. Sorrisos que se tornavam recordação, amizades que se esperavam eternas. Mesmo assim, rostos de gente que sabia esperar e acolher.
Gente que soube arregaçar as mangas e fazer nascer da terra o pão e o fruto necessário para uma vida alegre e feliz.
Terras em que gentes de várias cores sabiam sorrir uns para os outros e dar-se as mãos. Terra de irmãos que olhavam olhos nos olhos com desejos de construção mútua.
Vi um povo levado pela festa dos cravos da liberdade. Cheio de esperança em novos cominhos e novos rumos.
República em centenário. Festa de um povo. Festa de uma nação.
Pe. Manuel António
XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Tema:
Na Palavra de Deus que hoje nos é proposta, cruzam-se vários temas (a fé, a salvação, a radicalidade do “caminho do Reino”, etc.); mas sobressai a reflexão sobre a atitude correcta que o homem deve assumir face a Deus. As leituras convidam-nos a reconhecer, com humildade, a nossa pequenez e finitude, a comprometer-nos com o “Reino” sem cálculos nem exigências, a acolher com gratidão os dons de Deus e a entregar-nos confiantes nas suas mãos.
Na primeira leitura, o profeta Habacuc interpela Deus, convoca-o para intervir no mundo e para pôr fim à violência, à injustiça, ao pecado… Deus, em resposta, confirma a sua intenção de actuar no mundo, no sentido de destruir a morte e a opressão; mas dá a entender que só o fará quando for o momento oportuno, de acordo com o seu projecto; ao homem, resta confiar e esperar pacientemente o “tempo de Deus”.
O Evangelho convida os discípulos a aderir, com coragem e radicalidade, a esse projecto de vida que, em Jesus, Deus veio oferecer ao homem… A essa adesão chama-se “fé”; e dela depende a instauração do “Reino” no mundo. Os discípulos, comprometidos com a construção do “Reino” devem, no entanto, ter consciência de que não agem por si próprios; eles são, apenas, instrumentos através dos quais Deus realiza a salvação. Resta-lhes cumprir o seu papel com humildade e gratuidade, como “servos que apenas fizeram o que deviam fazer”.
A segunda leitura convida os discípulos a renovar cada dia o seu compromisso com Jesus Cristo e com o “Reino”. De forma especial, o autor exorta os animadores
cristãos a que conduzam com fortaleza, com equilíbrio e com amor as comunidades que lhes foram confiadas e a que defendam sempre a verdade do Evangelho.
(Dehonianos)
MEDITAR
És a Obra-Prima de Deus
És uma realidade a emergir e a constituir-se como união orgânica de pessoas.
Estás em construção e nunca estiveste acabado. O Deus que começou a criar-te continuará a fazê-lo até atingires a tua plenitude, a qual acontecerá no fim.
Tu és a Humanidade a fazer-se na História. Aconteces no concreto de cada pessoa a emergir de modo único, original e irrepetível.
À medida que emerges no concreto das pessoas, converges para a comunhão universal, a qual foi divinizada, graças ao acontecimento de Jesus Cristo.
Pelo mistério da Encarnação, o divino enxertou-se no humano, a fim de seres divinizado na comunhão familiar da Santíssima Trindade.
Emerges como um rosto com duas faces distintas mas complementares: masculinidade e feminilidade.
À medida que as pessoas se humanizam exprimem de modo cada vez mais perfeito a sua condição de seres talhados para comungar com Deus.
Na verdade, a Divindade é pessoas e a Humanidade também.
Levas em ti as impressões digitais do Criador. Isto quer dizer que surgiste na História como um desejo expresso de Deus.
Como ternura maternal de Deus, o Espírito Santo imprimiu em ti uma fome infinita de amor e comunhão.
O teu aparecimento significa o cume da evolução da vida nesta terra bonita e fecunda que Deus nos deu como morada.
Por outras palavras, nesta aventura da vida, tu não surgiste como começo, mas como cúpula e plenitude do processo evolutivo.
Calmeiro Matias
CONTO (322)
A TEIA DE ARANHA
Uma vez, uma psicóloga quis fazer uma experiência. Na sala de visitas de sua casa, colocou uma grande teia de aranha. Qualquer pessoa que entrasse, inevitavelmente que a veria. Ela observaria, discretamente, o que diziam.
Entraram durante a semana pessoas desconhecidas. A psicóloga foi escutando. Eis algumas das expressões que ouviu dessas pessoas:
- Esta mulher deve ser muito distraída. Não vê como fica mal aqui esta teia de aranha.
- Deve ser muito desorganizada. Permite aqui esta teia de aranha.
- Já era tempo de tirar daqui esta teia de aranha. Mete nojo!
Pelo contrário, as pessoas suas amigas, ao verem a teia de aranha, diziam:
- No fundo, até fica bem. Dá um certo ar de modernidade.
- Vou ver se consigo arranjar uma teia de aranha igual para minha casa.
- Gosto muito. Até acho que, se fossem duas, ficaria melhor.
A psicóloga concluiu que as pessoas vêem os amigos de forma positiva. Até chamam virtudes aos seus defeitos.
in, CONTOS +MENSAGENS de Pedrosa Ferreira
Todos os homens que não têm nada de importante para dizer falam aos gritos.
(Jardiel Poncela)
É calando que se aprende a ouvir; é ouvindo que se aprende a falar; depois, é falando que se aprende a calar.
(Autor desconhecido)
RECEITAS DA FESTA DE NOSSA SENHORA DAS DORES
REUNIÕES PARA PREPARAR A CATEQUESE
FESTA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
FAJÃ DA RIBEIRA D’AREIA
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PENSAMENTO DA SEMANA
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