Nº 876

 

PARA QUE SERVEM AS TUAS FORÇAS?
Para que servem as tuas forças senão para atenderes aos mais fracos? Aqueles que nada podem fazer por ti… aqueles que quase ninguém quer ver.
 O valor de cada pessoa depende do que é capaz de fazer por quem nada pode fazer por ela. Não se trata de uma qualquer reciprocidade, mas da pura gratuitidade do amor.
 O movimento de ser é sempre uma emanação de mim para o outro. Ser é dar. Ser é ser para o outro. Até o egoísta o é porque se preocupa em explorar o outro até ao limite.
 Um problema da nossa sociedade é a fraca vontade de ser. Parece que cada vez há mais gente a arrastar-se. Têm forças que não usam e talentos que não trabalham. E porque são muitos a ser assim, onde devia haver relação há afastamento. Desertos onde devia haver jardins.
 Ser é fazer real uma interioridade cheia de sonhos que são sementes de mundo.
 Os dons pessoais que cada um de nós possui devem ser concretizados. É nossa obrigação procurar alimento e cuidado para os talentos de que somos capazes. São capacidades que devem evoluir, não são aptidões instantâneas e permanentes.
 A vontade é a nossa maior força, assim a saibamos usar para, começando por reconhecer as próprias fraquezas, delas fazer motivo de superação.
 Em que podemos e devemos acreditar? O que dá sentido à vida, por mais dura que possa ser? O que nos pode salvar?
 O amor.
 Só o amor é digno de fé.
 Faz-te forte, amando.
José Luís Nunes Martins
 
XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Aprender da figueira
No Evangelho deste fim de semana, Jesus Cristo convida-nos a aprender da figueira.
Que lições podemos receber desta árvore tão simples?
Três lições: uma lição de fé, outra de esperança e outra de caridade.
Tal como aquela árvore tem as suas raízes bem firmes na terra, assim cada crente é chamado a firmar a sua fé, a ser concreto, a ter os pés bem assentes no chão, a ser humilde, a sujar-se com o pó da terra. Embora não se vejam, as raízes estão lá, escondidas no chão. Não basta acreditar no que se vê. Esta é a lição de fé.
Quanto à esperança, quando os seus ramos ficam tenros é sinal que há mais vida. Surge então a esperança no verde persistente. O tempo do verão estará próximo, é preciso esperar. Ter esperança é acreditar em pequenas coisas, potenciais de vida nova, em sinais tão simples como rebentos para olhar mais além.
A lição de caridade vem dos seus frutos. Uma figueira não produz para si mesma. Está em função dos outros. E até parece que a generosidade a comove pois sempre que partilha um figo, não consegue esconder uma lágrima de satisfação.
No fim dos tempos seremos julgados quanto à fé, esperança e caridade. Até lá é preciso aprender da figueira.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
 
GENTE COM ALMA (9)
 
BEM-AVENTURADO FREDERICO OZANAM (1813 – 1853)
Assinalando-se neste domingo o II Dia Mundial dos Pobres quero dedicar este espaço a uma das personalidades da história da Igreja, que mais se dedicou –  de uma forma organizada e permanente – ao serviço das pessoas pobres e desprotegidas da sociedade. Falo-vos do Bem-aventurado António Frederico Ozanam. 
Nasceu a 23 de abril de 1813, na cidade de Milão, no seio de uma família judia, oriunda de França. Seu pai era médico naquela cidade italiana.
Em 1815 a família Ozanam muda-se para a cidade de Lion, na França. Frederico recebe uma esmerada educação. Empenha-se em aprender os conhecimentos da ciência humana, mas sem nunca deixar de alcançar a verdadeira sabedoria do Evangelho de Jesus Cristo.
Em 1833, enquanto estudava Direito na universidade de Paris, Frederico Ozanam vai fundar as Conferências de São Vicente de Paulo.
Através delas a Igreja pretende organizar o serviço da caridade em favor das pessoas mais desfavorecidas da comunidade. Outro dos méritos das Conferências Vicentinas é que o apoio concedido ao nível financeiro, social e espiritual tem um caracter permanente. Os pobres sabem que ao baterem à porta dos vicentinos serão certamente atendidos nas suas necessidades.
Homem de refinada cultura, Frederico Ozanam forma-se em Direito e em Letras, sendo convidado para dar aulas na Sorbonne, a prestigiada universidade de Paris.
Contrai matrimónio com Amélie Soulacroix em 1841. Quatro anos mais tarde, nascerá a única filha do casal.
Frederico Ozanam vai ainda coordenar as “Conferências da Catedral”, que serviram em muito, para a promoção Fé católica e para que fosse respeitada a presença da Igreja na edificação da sociedade.
Veio a falecer na capital francesa a 8 de setembro de 1853, com a idade de 40 anos. 
O papa São João Paulo II proclamou Frederico Ozanam Bem-aventurado a 22 de agosto de 1997. A cerimónia teve lugar na “sua” Catedral de Notre Dame de Paris, durante as Jornadas Mundiais da Juventude.             
Padre Alexandre Medeiros
 
CONTO (676)
PÃO TORRADO
Depois de um longo e duro dia de trabalho, a minha mãe colocou um prato com um naco de carne e pão torrado, muito queimado, à frente do meu pai.
Lembro-me que estava à espera que ele notasse... mas apesar do meu pai ter reparado, pegou no pão torrado, sorriu para a minha mãe e perguntou-me como tinha sido a minha escola. 
Não me lembro do que lhe respondi, porém lembro-me de o ver a barrar manteiga no pão torrado e a comê-lo todo.
Quando me levantei de mesa, nessa noite, lembro-me de ter ouvido a minha mãe pedir desculpas ao meu pai pelo pão torrado muito queimado. Nunca vou esquecer o que lhe disse:
"Querida não te preocupes, às vezes gosto de pão torrado e um pouco mais queimado".
Mais tarde, nessa noite, fui dar o beijo da boa noite ao meu pai e perguntei-lhe se realmente ele gostava do pão torrado queimado. Ele abraçou-me e fez esta reflexão:
"A tua mãe teve um dia muito duro no trabalho, está muito cansada e além disso, um pão torrado um pouco queimado, não faz mal a ninguém". A vida é cheia de coisas imperfeitas. Aprender a aceitar os defeitos e decidir apreciar cada uma das diferenças dos outros, é uma das coisas mais importantes para criar uma relação saudável e duradoura. A compreensão e a tolerância são a base de cada bom relacionamento. Sejamos mais gentis do que achas necessário ser, porque todas as pessoas neste momento, estão a lutar com algum tipo de sofrimento. Todos nós temos problemas e todos estamos a aprender a viver e é muito provável que não nos basta uma vida para aprender o necessário".
"A viagem para a felicidade não é a direito. Existem curvas chamadas equívocos, existem semáforos chamados amigos, outras luzes que chamamos família e tudo se alcança, se tiveres:
Uma roda de escolha chamada decisão. Um poderoso motor chamado compreensão Um bom seguro chamado fé. Um abundante combustível chamado paciência e principalmente, um motorista especialista chamado amor!!!. "
Lin Yu Tang

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 O desejo mais profundo de uma pessoa é ser feliz. Não só por um momento, mas feliz para sempre. Outra coisa não seria normal! Mas há quem desista desse sonho por lhe parecer uma paixão inútil e impossível, confundindo felicidade com bem-estar ou prazer.

Ser feliz é ser fecundo. É esse o significado da palavra. E uma árvore só é fecunda quando é podada. Não se é feliz sem podar o egoísmo.

                                                                                    Vasco Pinto de Magalhães, s.j

 


 

INFORMAÇÕES

 

ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

MANADAS - 5ª feira, 22 de novembro, das 10 horas às 11 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia

RIBEIRA SECA - 6ª feira, 23 de novembro, das às 17 horas às 18 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia

 

FESTA DE SANTA CATARINA

TRÍDUO - 21, 22 e 23 de novembro.

                  Dia 22 - confissões às 19 horas seguidas de missa.        

                  Dias 21 e 23 - missa às 19 horas

 

 DIA 25 - EUCARISTIA DE FESTA às 11 horas seguida de arrematações e procissão.


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Agenda Pastoral

Destaque

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Nº 1148

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

A alegria e a surpresa andam de mãos dadas.

Isso revela-se sempre que conseguimos reagir com criatividade

às coisas inesperadas que fazem mudar

os nossos planos e, mesmo assim,

sentimos que tudo continua bem.


Por vezes, a alegria surpreende-nos.
Apanha-nos totalmente desprevenidos.
O importante é deixarmos que ela tome
conta de nós e continuarmos recetivos
à surpresa divina.

Anselm Grün, in Em cada dia... um caminho para a felicidade

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