Nº 860
DO AMOR
Hoje o azul do céu
Acordou-me do cinzento enviesado que insiste em encobrir este agosto!
É difícil não fazer jejum de alegria quando à nossa volta desabam vidas…
Quando do oriente ao ocidente,
Se entrelaçam políticas e vontades sem amor!
Se procuram soluções, rápidas e avulsas,
onde o bem-estar de alguns se troca pela vida de outros!
Sei que o sofrimento é condição da vida,
Mas quero um mundo melhor!
Quero um Sol aceso em todos os corações.
Porque cada homem, mulher ou criança, o merecem,
Aqui ou em qualquer parte do mundo!
Não foram pregos que te mantiveram na cruz, Jesus… Foi o amor!
Não pensavas só em alguns quando disseste à tua Mãe: “Eis o teu filho!”
Então, que nos falta? Para te descobrirmos, realmente?
Para ousarmos quebrar as barreiras, os muros, as cercas?
Na Hungria, na Grécia ou em Israel…
Mas aqui também, no meu coração?
Não quero cair na retórica do sentimento bonito,
Da palavra que emociona.
Quero-te a Ti, Senhor…
Humildemente, quero a Tua vontade. Profunda e pura!
É muito fácil perder-me na normalidade dos dias!
Por isso peço que rasgues mesmo o que é velho em mim,
Para começar de novo, como Paulo, no caminho de Damasco.
Precisamos de Ti!
No burburinho da confusão que se instalou à escala global,
é este o grito que o mundo lança,
e que ecoa individualmente no coração de cada um!
Precisamos de Ti, Senhor da misericórdia!
De parar, de Te ouvir, de Te sentir!
Não nos deixes desanimar, que nos afundamos.
Rompe o que em nós ainda é medo, insegurança, revolta ou falta de amor…
Vem estender-nos a mão,
neste ano que ainda agora começa…
E Maria, não Te canses de segredar aos corações:
“Fazei tudo o que Ele vos disser!”
XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Partilhando
Ouvi esta história do Pe. Mário Casagrande:
Um dia uma menina chegou ao Colégio com dois rebuçados.
– Uhm! Que rebuçados tão bons!
– São todos para mim.
– Eu também já não tenho dentes para isso mas repara naquela tua colega. Está triste. Se eu tivesse rebuçados dava-lhe um…
A miúda hesitou e a muito custo partilhou um doce com a colega.
No final do dia o Padre perguntou-lhe:
– Então, já comeste o rebuçado?
– Sim. Era booom…
– E o que é que sentes agora?
– Agora não sinto nada.
– Diz-me lá. Qual o rebuçado que agora te dá maior satisfação: o que comeste ou o que deste à tua colega?
A miúda chegou à conclusão que o rebuçado que partilhara ainda lhe causava satisfação.
Cinco pães e dois peixes, que é isto para tanta gente? Partilhou-se e o milagre aconteceu: o pouco com Deus é muito.
O pão que reparto é o que me dá melhor sabor. A felicidade que semeio é a que realmente permanece. E a alegria que partilho é a que realmente conta.
É preciso ainda hoje fazer destes milagres, transformar pedras em pão, partilhar o pouco ou o muito que se tem.
Pe. José David Quintal Vieira, scj.
MEDITAR
Mensagem para o Dia dos Avós - 26 de julho
Os avós são uma graça que, porventura, nem sempre sabemos valorizar. Livres da pressa e do rendimento do trabalho, ensinam-nos a apreciar as coisas com gratidão e sabedoria. Marcados pela vida, guardam na memória ensinamentos do passado que previnem erros do futuro. São, no seu testemunho de oração constante e de resistência pacífica, uma verdadeira escola de evangelho. Podem ser o fiel da balança, no equilíbrio de gerações.
Os avós são, na família, uma espécie de altar da sabedoria. Portanto, esquecer os avós é fazer tábua rasa da memória da nossa própria história familiar, das virtudes e defeitos que nos correm no sangue.
“As histórias dos idosos fazem muito bem às crianças e aos jovens, porque os ligam à história vivida tanto pela família como pela vizinhança e o país. Uma família que não respeita nem cuida dos seus avós, que são a sua memória viva, é uma família desintegrada; mas uma família que recorda é uma família com futuro.” (AL 193)
Com todos os avós celebramos a esperança que a alegria dos netos suscita em seus corações neste e em todos os dias!
(Adaptado)
CONTO (661)
DAR ALEGRIA
Era uma vez um homem que estava cansado de chorar a sua infelicidade.
Um dia, sentiu que a felicidade estava perto e saiu de casa, disposto a agarrá-la só para si.
Viu-a primeiro numa flor do jardim e colheu-a. Mas, logo que pegou nela para si, esvaiu-se.
Viu-a depois num lindo raio de sol ao nascer do dia. Voltou-se para ele a fim de ser o único a ser iluminado, mas o raio de sol escondeu-se por detrás de uma nuvem.
Viu-a depois numa guitarra. Pegou nela e, sozinho, quis deliciar-se com uma linda melodia, mas as cordas partiram-se.
Ao fim do dia, regressou a casa e voltou a chorar.
Porém não desistiu e continuou a sua busca de felicidade.
No caminho encontrou uma criança a gemer e ele, para a consolar, colheu uma flor e deu-lha. O perfume dessa flor também o fez feliz.
Encontrou mais adiante uma pobre mulher que tremia de frio. Levou-a para junto de um raio de sol e ela aqueceu-se. Esse calor do sol também o fez feliz.
Mais adiante, encontrou um grupo de jovens que cantava ao som de uma guitarra. Juntou-se a eles e também tocou para eles uma alegre melodia. Esse convívio musical também o fez feliz.
Ao fim do dia, ao chegar a casa sentiu que tinha encontrado pedaços de saborosa felicidade. Percebeu que foi dando que recebeu alegria.
PENSAMENTO DA SEMANA
Viver implica um grande desapego face à própria vida. Só se vive intensamente quando se está consciente que a qualquer momento podemos partir. Não podemos esquecer a nossa condição de peregrinos; e estes não constroem «celeiros», levam apenas uma pequena mochila com o mais essencial para a viagem.
Carlos Maria Antunes, in Só o Pobre se faz Pão
INFORMAÇÕES
ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
MANADAS - 5ª feira, 2 de agosto, das 10 horas às 11 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.
RIBEIRA SECA - 6ª feira, 3 de agosto, das 10 horas às 11 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.
FESTA DE SANTO CRISTO NA FAJÃ DAS ALMAS
Domingo, 5 de agosto às 16 horas.
FESTA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES
NORTE GRANDE
Tríduo: Dias 30 e 31 de julho e 1 de agosto às 20 horas.
Festa: dia 5 de agosto
- Missa de festa às 12 horas e Procissão às 19 horas.
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Agenda Pastoral
Destaque
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Nº 1173Pensamento da Semana
PENSAMENTO DA SEMANA
SEJA FEITA A TUA BONDADE!
"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)
Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.
Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.
Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"
Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.
À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:
Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!
Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)
"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)
Eneida Costa
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