Nº 846

 ORAÇÃO A JESUS, BOM PASTOR

Pastor do Teu povo,

Tu nos conduziste por planaltos e ravinas,

com paciência, ternura e sabedoria

como os pastores guiam os seus rebanhos.

 

Hoje estamos desorientados e sem sonhos.

Porque não vens estar connosco por um tempo?

Porque não nos tiras destes apriscos vãos?

Porque continuas sentado no teu trono de nuvens?

 

Andamos errantes por campos esgotados

sorvendo o pó e as nossas lágrimas;

Enfraquecem-se o nosso ânimos e as nossas forças

e não encontramos um lugar de descanso.

 

Perdemos o horizonte que nos apontaste

e somos vítimas dos nossos medos

dos nossos anseios frustrados ao longo do caminho,

dos nossos egoísmos e labirintos diários.

 

Mas nós somos os mesmos que libertaste da escravidão,

que guiaste a acompanhaste através do deserto

e depois enviaste a viver em todos os lugares

e países que Tu amas, cuidas e manténs.

 

Crescemos como as estrelas do céu.

Alcançámos os confins da terra.

Tornámo-nos presentes em todos os continentes,

e agora estamos letárgicos, encolhidos, com medo.

 

Disseste-nos que éramos o teu bando escolhido

o teu povo, a tua Igreja, os teus irmãos...

e nós tornámo-nos a anedota diária

daqueles que vivem ao nosso lado.

 

Tu, que és bom pastor, com entranhas e coração

Tu, que conheces os teus pelo seu nome

Tu, que os defendes dos lobos e de outros perigos

Tu, que prometeste dar-nos vida para sempre...

 

Mostra-nos o teu rosto alegre e luminoso,

como o sol nos oferece generoso o seu!

Guia-nos, nestes momentos de dúvida e incerteza,

com paciência, ternura e sabedoria!

 

Reúne-nos

cura-nos,

defende-nos

e dá-nos o teu Espírito!

 

Florentino Ulibarri

 

IV DOMINGO DE PÁSCOA

Olhar para cima

Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do Homem será elevado… O olhar dirigido para o céu é que distingue o homem dos outros animais. Só o homem levanta a cabeça para contemplar o firmamento; só o homem procura no alto, em Deus, o sentido da sua existência.

Um dia, surpreendi dois alunos a brincar na capela. Desfizeram-se em desculpas dizendo que afinal ninguém tinha visto.

– Ninguém?! Então Deus não está aqui?

– Sim, mas reparámos que a porta do Sacrário está fechada – Respondeu um deles a sorrir.

– Vocês esqueceram-se de olhar para cima. Imediatamente os dois colegas ergueram o olhar para o alto e saíram envergonhados.

Não sei bem o que é que sentiram estes alunos mas olhando para o alto descobriram uma presença que os despertou para a realidade.

Só do alto vem a luz que dá sentido à alegria e à dor, às vitórias e às derrotas, à solidão e ao maior de todos os enigmas, a morte.

Quem só olha para baixo, atrofia-se. Quem aspira às coisas do alto, transcende-se, projetando-se na eternidade.

Cristo, levantado na cruz, atrai o olhar de todo o homem. Mesmo comprometido com as realidades materiais, de olhos abertos para o céu, o homem abre uma janela sobre o seu coração.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

CONTO (647)

 

FLORES DO JARDIM...

- Que lindo jardim o teu!

É maravilhoso. Nunca vi um jardim tão belo e tão bem cuidado.

- Obrigado. Sim, é verdade, dá-me muito que fazer.

- Que flores são estas aqui? São lindas. E aquelas ali ao fundo também são muito belas.

- Estas são talentos. As outras são qualidades.

- E dão-se bem assim todo o ano?

- Os talentos e as qualidades dão-se bem toda a vida, desde que se queira. É preciso muito trabalho diário, muita perseverança, e nunca se pode facilitar. As ervas daninhas e outros vícios estão sempre à espreita. A preguiça é terrível. Quando está enraizada, é muito difícil de arrancar.

- E tratas do jardim todos os dias?

- Claro. Faça chuva ou faça sol. Faça alegria ou tristeza. Com os talentos e as qualidades é assim. Dão muito trabalho, é preciso muita força de vontade, mas são flores que nunca se fecham e abrem todos os horizontes.

lado.a.lado

 - Por que razão sais todas as noites com esse banco tão alto?

- Tenho de estrelar o céu.

 - Estrelar o céu?

- Sim. De cada vez que alguém desiste de um sonho, cai uma estrela do céu. De cada vez que alguém desiste de alguém, cai uma estrela do céu. De cada vez que alguém desiste de si, cai uma estrela do céu. De cada vez que alguém tranca o sorriso ou fecha a esperança, de cada vez que alguém perde as chaves do coração, de cada vez que alguém recusa agarrar a mão de quem lha estendeu, cai uma estrela do céu. Eu apanho-as uma a uma, com muito cuidado para não as magoar – uma estrela caída no chão sente o céu a desabar – e volto a pô-las onde estavam antes de a manhã chegar.

- E como fazes para as segurar?
- Digo-lhes que uma estrela só cai para se poder levantar.


 INFORMAÇÕES

D. José Avelino Bettencourt

 

Núncio da Santa Sé na Geórgia e na Arménia está de visita ao arquipélago desde a passada semana. Este domingo presidiu a uma das missas dominicais da Sé de Angra, da qual é cónego honorário.

O sacerdote, que foi ordenado bispo no passado dia 19 de março, em Roma, na Basílica de São Pedro pelo Papa Francisco, de quem recebeu o báculo, agradeceu à diocese de Angra todo o acolhimento e manifestações de carinho lembrando que “esta é a igreja mãe” da sua “vida cristã”.

D. José Avelino Bettencourt nasceu nos Açores, nas Velas de São Jorge e com três anos de idade partiu com a família para o Canadá mas nunca perdeu o contacto com a sua terra natal onde, de resto, ainda tem uma casa de família que frequenta anualmente por ocasião das férias de verão.

“Todos os que aqui estão enchem-me o coração. Esta é a igreja mãe da minha vida cristã”, afirmou durante a homilia que proferiu na Catedral diocesana, na qual se referiu ao espirito de serviço e  de missão da Igreja.

D. José Avelino Bettencourt frequentou a Academia Eclesiástica em Roma, tendo-se formado em Direito Canónico, e entrou no serviço diplomático da Santa Sé em 1999.

Depois de ter trabalhado na representação diplomática da Santa Sé na República Democrática do Congo, D. José Bettencourt passou à secção para as relações com os Estados, do Vaticano.

Em 2013, D. José Avelino Bettencourt foi condecorado pelo presidente Aníbal Cavaco Silva com a Comenda da Ordem Militar de Cristo; é cónego honorário da Sé de Angra (Açores) desde março de 2015.

D. José Avelino Bettencourt vai presidir às festas de São Jorge no dia 23 de abril na Igreja Matriz de Velas


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