Nº 439

 

VINDE, DESCANSAI UM POUCO

Exausto, braços estendidos ao longo do corpo, a cabeça parece pesar mais do que é normal. O trabalho de um ano faz destas coisas. Ficamos assim, cansados por tantas solicitações e apelos constantes ao trabalho.

Agora é preciso parar um pouco e descansar. Também Jesus sentiu essa necessidade juntamente com os seus discípulos. Depois de um tempo de actividade missionária eles foram contar os frutos do seu trabalho e Jesus depois de os ouvir atentamente disse-lhes: “Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco» Mc. 6,31

Depois de tanto trabalho o descanso é merecido, faz bem e deve ser procurado.

Descanso que tem de ser um refazer de energias, recompor ideias, criar afectos, dar um sentido à vida.

Descanso que seja um encontro pessoal, que sirva para equilibrar a vida interior, medindo os valores e recompondo os princípios, as emoções, os desejos e vontades.

Descanso que seja um recuperar de forças físicas para revigorar o corpo.

Para este descanso é que temos as chamadas férias que devem ser aproveitadas para um repouso efectivo e que nos faça sentir bem. Não deve ser um tempo inútil e desperdiçado com leviandades e ocupações fúteis que nos estraguem mais a saúde.

Atender ao essencial, ao que pode fazer bem, a uma ocupação boa e reconfortante como um passeio pelo campo admirando a natureza, ouvindo os sons diferentes que ela nos proporciona, compreender a história que ela tem para nos transmitir, as pessoas que percorreram os mesmos lugares, os segredos que por ali podem falar à interioridade de cada um.

Contemplar as cores e procurar perceber a sua beleza e pensar na nossa vida com os seus momentos alegres e cheios de felicidade e aqueles outros carregados de sombras.

Aproveitar o tempo de férias para reencontrar as pessoas que há muito tempo não recebem a nossa aproximação. Recordar momentos e histórias e procurar compreender o valor da proximidade. Criar laços de amizade e reforçar o afecto.

Procurar momentos de silêncio para melhor repousar e meditar no que se tem andado a fazer pela vida.

Procurar também a festa, o estar com os outros, a sua alegria e felicidade.

Aconselho a que procuremos todos algum descanso porque o arco quando vai ficando muito tenso tem de vergar por algum lado e pode partir e antes que ele quebre devemos procurar a maneira de o recuperar.

Boas férias.

 

Pe. Manuel António

XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema:

 Embora as leituras de hoje nos projectem em sentidos diversos, domina a temática do “envio”: na figura dos 72 discípulos do Evangelho, na figura do profeta anónimo que fala aos habitantes de Jerusalém do Deus que os ama, ou na figura do apóstolo Paulo que anuncia a glória da cruz, somos convidados a tomar consciência de que Deus nos envia a testemunhar o seu Reino. É, sobretudo, no Evangelho que a temática do “envio” aparece mais desenvolvida. Os discípulos de Jesus são enviados ao mundo para continuar a obra libertadora que Jesus começou e para propor a Boa Nova do Reino aos homens de toda a terra, sem excepção; devem fazê-lo com urgência, com simplicidade e com amor. Na acção dos discípulos, torna-se realidade a vitória do Reino sobre tudo o que oprime e escraviza o homem. Na primeira leitura, apresenta-se a palavra de um profeta anónimo, enviado a proclamar o amor de pai e de mãe que Deus tem pelo seu Povo. O profeta é sempre um enviado que, em nome de Deus, consola os homens, liberta-os do medo e acena-lhes com a esperança do mundo novo que está para chegar. Na segunda leitura, o apóstolo Paulo deixa claro qual o caminho que o apóstolo deve percorrer: não o podem mover interesses de orgulho e de glória, mas apenas o testemunho da cruz – isto é, o testemunho desse Jesus, que amou radicalmente e fez da sua vida um dom a todos. Mesmo no sofrimento, o apóstolo tem de testemunhar, com a própria vida, o amor radical; é daí que nasce a vida nova do Homem Novo.

(Dehonianos)

 

MEDITAR

 

CONVIDADOS À FELICIDADE

 

Não podemos ser tristes os cristãos, 

não podemos ser gente rotineira,

não podemos relacionar-nos com frieza,

não podemos viver lamentando-nos,

não podemos ser críticos e resmungões,

não podemos gerar mal-estar,

não podemos passar inadvertidos,

não podemos viver sem Amar,

não podemos esconder a nossa relação com Deus.

 

 

Porque Jesus nos convida a ser felizes, 

a termos menos coisas para ser mais livres,

a ser mansos para sentir equilíbrio interior,

a trabalhar pela justiça para alcançar o Reino,

a ser pacificadores para gerar bem-estar,

a bendizer os demais, sublinhando o que é positivo,

a chorar junto dos que sofrem ou estão sós,

a ser rejeitados ou mal interpretados por causa da nossa opção,

a sentir fome ou evitar que outros a sofram,

e a colaborar na instauração do Reino de Deus,

que será a explosão da felicidade e do Amor para todos.

 

 

(GINEL, Álvaro; AYERRA, Mari Patxi - A palavra do Domingo - Comentário e Oração. Porto: Edições Salesianas, 2006) 

 

 

CONTO (310)

MEDIADORES DO AMOR

Um dia, um grande empresário deixou a cidade poluída e ruidosa e foi passar algum tempo numa modesta aldeia cheia de paz.

Percorrendo as suas ruas, olhou e viu junto de sua casa uma menina pobre com os olhos banhados de lágrimas e a chorar.

Aproximou-se dela e perguntou-lhe:

- Por que choras?

- Estou a pedir a ajuda de Deus. O meu pai morreu, a minha mãe está doente e os meus irmãos passam fome. E, enquanto rezo, não consigo conter as lágrimas.

O rico disse:

- Achas que Deus irá fazer alguma coisa por magia? Ele não existe.

A menina, surpreendida, perguntou:

- Quem lhe disse que Deus não existe? Eu falo com Ele todos os dias e sei que é meu amigo.

O rico, respeitando a fé dessa criança, puxou da carteira, deu-lhe a quantia que a menina lhe pediu e mais algum. Depois, seguiu o seu caminho.

Contudo, ao olhar para trás, viu que a menina continuava a rezar. Ela respondeu:

- Estou a agradecer a Deus, que escutou a minha oração.

In  Bom dia, alegria  de Pedrosa Ferreira

 

Sabemos muito pouco o que somos e menos ainda o que podemos ser.

(Lord Byron)

 

Se não te decides a saber quem és, acabas por não ser nada.

(Marcial)

 

Uma única coisa é necessária: a solidão. A grande solidão interior. Ir dentro de si e não encontrar ninguém durante horas, é a isso que é preciso chegar.

Estar só, como a criança está só.

(Rainer Maria Rilke)

 


 

INFORMAÇÕES

FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO NA FAJÃ DOS VIMES

No dia 7 de Julho tem início o Novenário de Nossa Senhora do Carmo na Fajã dos Vimes. A Eucaristia será todos os dias às 20 horas.

No dia 16 de Julho pelas 9 horas haverá missa.

A Missa de festa no dia 16 de Julho será às 19 horas seguida de procissão.

CLINICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

A Direcção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará nesta instituição a Dr. ª Maria Graça Almeida, Especialista em Ginecologia – Obstetrícia. No dia 13 de Julho de 2010

Informa, também, a vinda da Dr.ª Lourdes Sousa, Especialista em Dermatologia (doenças da pele), no dia 16 de Agosto de 2010

Os eventuais interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110 / 295460111.

MISSA POR ALMA DE LUÍS NORONHA

No Domingo, 11 de Julho, a missa na Calheta será celebrada por alma de Luís Noronha, recentemente falecido em São Miguel.

 


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Nº 1151

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Quando Jesus diz «Eis o teu filho», indica alguém que caminha ao nosso lado na existência.

Quando acrescenta «Eis a tua mãe», indica alguém que, um dia, nos socorrerá, nos ajudará a viver: inumeráveis pequenas mães da nossa existência, os muitos samaritanos, quem quer que ainda agora nos apoie na vida.

Filho e mãe para cada criatura: é este o homem de Deus.

Filho e mãe para cada vida: é este todo aquele que pertence a Cristo.

No fundo, a única heresia é a indiferença.

Ermes Ronchi, in As casas de Maria

 

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