Nº 438

 

O Lugar da EMRC no Currículo Regional

Ao entrarmos no período das matrículas na disciplina de Educação Moral Religiosa Católica (EMRC), sinto a obrigação de chamar a atenção para a responsabilidade, seja dos pais e dos encarregados de educação, dos párocos e dos catequistas, como dos cristãos empenhados na Escola e dos professores de EMRC, para darem o devido valor à oportunidade que o ensino religioso escolar oferece para uma educação integral dos alunos. Esta crise, que estamos a viver, não é só de carácter financeiro e económico. É também uma crise de valores. Para a vencer, é preciso, tanto o progresso técnico, como a regeneração espiritual.

Ora, a disciplina de EMRC promove e aprofunda valores cristãos, que humanizam e desenvolvem a personalidade, contribuindo para a sua inserção criativa na sociedade. No momento, em que se abre caminho ao currículo regional, convém ter presente que a identidade açoriana está marcada por uma clara matriz cristã. (…)

A disciplina de EMRC não é só para crentes e praticantes. É para todos os que pretendam compreender o nosso património cultural, as nossas gentes e tradições. É que a EMRC não é propriamente catequese, nem tem finalidades de proselitismo. É uma abordagem cultural ao cristianismo,  com estatuto científico, como as demais disciplinas.

É impensável uma educação neutra, como alguém preconiza. Toda a educação baseia-se numa ideia de pessoa e de sociedade, em que cabe também a dimensão religiosa, que, portanto, não é meramente acessória. Tem o seu lugar próprio na Escola.

A presença da Igreja Católica e de qualquer confissão religiosa na Escola não é um privilégio, nem pode depender da maior ou menor sensibilidade do Conselho Directivo ou do Director de Turma. É um direito, consignado na Constituição Portuguesa e regulamentado pela Lei da Liberdade Religiosa e pela Concordata entre a Santa Sé e o Estado Português.

Cabe ao Estado criar as condições, para que as famílias possam escolher o tipo de educação, que querem para as novas gerações. Por isso, os pais católicos e encarregados de educação devem tomar consciência da grave responsabilidade que têm, no momento das matrículas. Não se percebe, nem é aceitável que as crianças, os adolescentes e os jovens das nossas paróquias não se matriculem na disciplina de EMRC. É de uma incoerência total que acólitos, leitores, escuteiros do CNE e outros grupos paroquiais fujam da EMRC. Os próprios crismandos têm na EMRC a possibilidade de completarem a sua preparação para uma celebração mais consciente do sacramento da maturidade cristã. (…)

 A disciplina de EMRC tem a ver com o sentido da vida. Não pode ser mera transmissão de doutrina. É diálogo, a partir da vida, sobre a vida e em função da vida.

Nesta encruzilhada da história, em que se difunde um certo pessimismo em relação ao presente e se manifesta algum medo do futuro, urge unir forças e promover sinergias, para garantir um futuro risonho às novas gerações. É preciso dar as mãos à família e apoiar a escola, nesta tarefa exigente e difícil da formação

+ António, Bispo de Angra (Adaptado)

 

XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

 Tema:

A liturgia de hoje sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do “Reino”.

A primeira leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que Deus tem para ele.

O Evangelho apresenta o “caminho do discípulo” como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao “Reino”. Sugere, também, que esse “caminho” deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.

A segunda leitura diz ao “discípulo” que o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor, é nascer para a vida nova da liberdade.

(Dehonianos)

 

MEDITAR

 

SER PROFESSOR

Ser professor é ser artista, malabarista, pintor, escultor, doutor, musicólogo, psicólogo…

É ser mãe, pai, irmã, avó, é ser palhaço, bagaço…
É ser ciência e paciência…
É ser informação.
É ser acção, é ser bússola, é ser farol.
É ser luz, é ser sol.

Incompreendido? …Muito.
Defendido? Nunca.
O seu filho passou?…
Claro, é um génio.
Não passou?
O professor não ensinou.

Ser professor é um vício ou vocação?
É outra coisa…
É ter nas mãos o mundo de amanhã.

Os alunos vão-se…
E ele, o mestre, de mãos vazias,
fica com o coração partido.
Recebe novas turmas,
novos olhinhos ávidos de cultura
e ele, o professor, vai despejando
com toda a ternura, o saber, a orientação
nas cabecinhas novas que amanhã
luzirão no firmamento da pátria.

Fica a saudade. A amizade.
O pagamento real? Só na eternidade.

Autor Anónimo

 

 

CONTO (309)

 FELIZES OS QUE CHORAM

Um dia, a mãe perguntou à sua filha qual era a parte mais importante do corpo. Ela respondeu:

- São os ouvidos, mãe.

- Não. Muitas pessoas são surdas e vivem perfeitamente.

- Então devem ser os olhos.

Com um sorriso tolerante, a mãe disse:

- A resposta não está correcta, pois há invisuais que conseguem fazer coisas melhores que os outros com visão.

O diálogo continuou e a filha não conseguia acertar.

Entretanto, bateram à porta e o diálogo foi interrompido. Não mais se falou no assunto.

Pouco tempo depois, o avô morreu e em casa todos choraram a sua morte.

Foi nesse dia de luto que a mãe fez à filha de novo a pergunta:

- Sabes qual é a parte mais importante do corpo?

- Não sei. Pode dizer-me qual é ela?

A mãe, explicou:

- Filha, a parte mais importante do corpo é o ombro. Todos necessitamos de um ombro para amparar a cabeça de uma pessoa querida quando chora. Tu necessitas agora do meu ombro para nele te apoiares e chorares a morte do avozinho.

 In Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira

 

Aqueles que amam uma coisa distinta da verdade quereriam que isso que amam fosse a verdade. No entanto, como não querem enganar-se, mas ao mesmo tempo também não querem reconhecer que estão enganados, odeiam a verdade por causa daquilo que amam em vez da verdade.

(Santo Agostinho, Confissões, 10, 23)

 

As verdadeiras questões da educação resultam de que nas escolas há pessoas jovens, que devem ser ajudadas, tanto quanto possível, a serem felizes. E em que a felicidade dessas pessoas, como a de todas as outras, consiste em satisfazerem a ânsia profunda que têm de verdade, de bem e de beleza. Não em terem coisas e conforto.

(Paulo Geraldo)

 


 

INFORMAÇÕES

SESSÃO DE ESCLARECIMENTO SOBRE AS TÉRMITAS

No próximo dia 30 de Junho irá realizar-se uma sessão de esclarecimentos no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no Município da Calheta pelas 21.30 horas.

Esta sessão de esclarecimento tem como objectivo, e de uma forma informal, mostrar os vários indícios da térmita de madeira seca (e das outras espécies de térmitas), os principais danos que podem causar, formas de evitar a sua propagação e modos de tratamento.

A sessão será proferida por dois investigadores provenientes da Universidade dos Açores, que estão a trabalhar no Plano Estratégico de Combate às Térmitas nos Municípios Açorianos.

A equipa estará na ilha de São Jorge durante 2 dias a colocar armadilhas nas casas com suspeita de infestação por térmitas.

 

COLECTAS PARA A “CARTA FAMILIAR”

Norte Pequeno 223,80€; Fajã dos Vimes 88,20€

 


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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