Nº 805

Amar 70*7

«Precisamos de perdoar 70x7,

não porque o nosso irmão nos ofendeu 490 vezes.

Precisamos de perdoar 70x7 por cada uma das ofensas.»

Pe. Rui Santiago CSSR

 

 Falamos muitas vezes em amor, em união e comunhão, mas caímos sempre na tentação de não conseguirmos perdoar.

Se não perdoamos, não conseguimos amar plenamente.

Caímos facilmente na desculpa de "eu perdoo, mas não esqueço". 

É claro que este Deus não nos oferece um perdão em versão de alzheimer. Se assim fosse, não teríamos presente o quão difícil é perdoar. 

Não é para esquecermos. É para relembrarmos o quão difícil é darmos uma oportunidade àquele que, como eu, leva consigo a fragilidade humana. 

Não há forma de sermos perdoados se antes não sentirmos em nós o poder do perdão. 

E não o sentimos quando somos perdoados, mas sim quando perdoamos. 

A lógica é sempre a mesma. Primeiro doar, para posteriormente saber acolher e respeitar.

É verdade que o mundo passa-nos outra imagem. Querem fazer chegar até nós a ideia de que quem perdoa é fraco, de que quem perdoa é palerma.

Não é isso que acontece. Ao perdoarmos estamos a dizer ao mundo que o amor "tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.".

Repito: não é fácil. Nem é coisa que se faça de ânimo leve, mas esse é o grande mistério do amor de Deus revelado no Seu Filho.

É certo que o Reino de Deus é já aqui, mas tenho ainda mais a certeza que através do perdão o Reino de Deus encontra-se já ao virar da esquina.

Ao perdoarmos estamos a rezar a vida. 

Ao perdoarmos estamos a ir ao encontro.

Ao perdoarmos estamos a situar-nos bem no centro do amor de Deus.

Emanuel António Dias

 

XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Aprender a ser

O filósofo Stanislaw Grygiel contou que uma vez o então Cardeal Wojtyla, hoje João Paulo II, foi a uma pequena paróquia fazer uma visita pastoral. Chegou um pouco antes da hora prevista. Entrou na igreja onde o Pároco estava a ensinar o Catecismo a um grupo de crianças. Saudou a Cristo no Sacrário e depois perguntou aos meninos:

– Quem é que quer dizer o que é que eu vim fazer aqui hoje?

 Um pequerrucho, de uns sete ou oito anos, levantou o braço:

– Eu sei. Você veio para aprender alguma coisa como nós.

 O Cardeal, humildemente confirmou, sentou-se ao seu lado e pediu ao Pároco que continuasse a sua lição.

 E Jesus, lá no Sacrário deve ter exclamado uma vez mais:

– Eu Te bendigo, ó Pai, porque revelastes estas verdades aos pequeninos.

 As crianças têm capacidade de acolher a verdade pois são maiores do que pensamos. Por outro lado, Deus é acessível. Ele faz-se pequeno para que todos possam crescer com Ele.

 Só se aprende com humildade, com mansidão e com o Coração:

– Aprendei de mim… repete Jesus

 Aprender a quê? Não a fazer milagres, a falar como Ele, a curar doentes, a andar sobre o mar…pois só Ele cura, só Ele é o Verbo. Aprender sim a ser manso, a ser humilde e a ser coração.

Pe. José David Quintal Vieira, scj

 

 MEDITAR

 

POST SCRIPTUM

 

Que a tua vida

seja natural como o respirar,

que o teu peso para os outros

seja apenas o das pétalas,

que a tua gratidão seja ilimitada

e as tuas palavras favos de ternura.

 

Que todos os que se aproximem de ti

tenham vontade de cantar

e de encher de luz e canções

as suas noites,

de despir os lutos do coração

e compor as jarras da alegria.

 

Procura a lucidez

que afasta os medos,

e a humildade para permaneceres

profundo em ti,

livre na vida,

eterno no momento,

fiel ao que permanece.

 

Henrique Manuel, in Mas Há Sinais...

 

CONTO (655)

 

AS CARÍCIAS

Uma professora pediu aos seus pequeninos alunos do primeiro ano que desenhassem algo que lhes tivesse dado muita alegria.

Como a escola estava num bairro muito pobre, a professora pensava que iriam desenhar os presentes recebidos. Por exemplo, peças de roupa, chocolates, brinquedos…

E assim, de facto, aconteceu. Ficou, porém, muito admirada com o desenho de uma criança, a primeira a entregar a folha de papel.

Tinha desenhado na folha branca simplesmente uma mão. A professora pergunto-lhe:

- De quem é esta mão?

A criança, fitando-a nos olhos, disse:

- É a sua mão, senhora professora.

Quando terminou a aula, aproximou-se dela e disse-lhe:

- Explica-me melhor o teu desenho. Porquê a minha mão?

A criança explicou:

- Os meus colegas desenharam coisas. Eu quis desenhar o seu carinho, pelas vezes em que me acaricia e dá a sua mão para me ajudar.

A professora disfarçou a sua comoção e continuou:

- Minha menina, não faço mais do que o meu dever. Estou aqui para te ajudar a ti e a todos os meninos e meninas da escola.

In Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira

 

O que deste e o que reservaste só para ti.

O que acolheste e o que rejeitaste.

O que agradeceste e o que não reconheceste.

A nossa vida é que nos julga.

 

Pe. José Frazão Correia, s.j

 


INFORMAÇÕES

 

 

MISSA NO SANTUÁRIO DA CALDEIRA

No próximo domingo, 16 de julho, às 17 horas.

 

FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO

FAJÃ DOS VIMES

 

Dia 16 de julho:  9h00 Missa e bênção do Carmo.

                                         17h00 Missa de Festa com a bênção do Carmo seguida de Procissão.

 

FAJÃ DAS ALMAS

Missa em louvor de Nossa Senhora de Fátima às 10h00 horas, domingo 16 de julho.

CELEBRAÇÃO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - RIBEIRA SECA

No dia 13 de julho, quinta-feira, celebração em louvor de Nossa Senhora de Fátima, na Ribeira Seca, às 18h30 com recitação do terço, eucaristia e procissão no interior da Igreja.


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Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 

Não se caminha quando não se acredita.
Não se estende a mão quando não se ama.
Não se muda quando nada se espera.

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