Nº796

 

Mãe e filhos

«Maria tornou-se a mãe dos nossos medos, das nossas resignações, a mãe dos marinheiros ameaçados pelo naufrágio, dos viajantes perdidos nas montanhas, dos soldados que perdem sangue, dos filhos que já não têm mãe, das mães que já não têm filhos, dos homens sem casa nem pão nem Deus.»

A tradição em Portugal cruza maio com Maria e o primeiro domingo do mês com o de todas as mães. As devoções cristãs à Virgem, essas, podem por vezes deslizar para formas sentimentais, que no entanto contêm muitas vezes um núcleo forte de espiritualidade e humanidade.

O excerto que se apresenta acima, extraído do livro Quem é aquele que vem?, publicado em 1953 pelo escritor italiano Luigi Santucci, colhe uma dimensão significativa da devoção mariana que não raramente permanece como traço indelével mesmo no coração de quem abandonou totalmente a fé da infância.

 

Será a sua maternidade ou a sua feminilidade, a sua pureza ou o seu sofrimento (a cena aos pés da cruz é de partir o coração, ainda que não se registe qualquer lágrima de Maria), será a sua quotidianidade ou a escolha divina que sobre ela recaiu para cumprir um mistério maior que ela, o que é facto é que nos momentos mais sombrios, marcados pelo medo, perigos, tragédia ou doenças, é espontâneo invocá-la.

 

Nela se encontra o caminho aberto para aquele Deus omnipotente que, porém, quase não se ousa incomodar diretamente. Compreende-se, então, porque é que a devoção mariana é, por um lado, autenticamente cristã, porque nos conduz ao seu Filho, e, por outro, seja profundamente humana, porque nos faz regressar como filhos, na simplicidade do abandono confiante e sereno.

 

 Card. Gianfranco Ravasi | Presidente do Conselho Pontifício da Cultura

 

 

IV DOMINGO DE PÁSCOA

O 4º Domingo da Páscoa é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como “Bom Pastor”. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe hoje à nossa reflexão.

O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor”, cuja missão é libertar o rebanho de Deus do domínio da escravidão e levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude (ao contrário dos falsos pastores, cujo objetivo é só aproveitar-se do rebanho em benefício próprio). Jesus vai cumprir com amor essa missão, no respeito absoluto pela identidade, individualidade e liberdade das ovelhas.

A segunda leitura apresenta-nos também Cristo como “o Pastor” que guarda e conduz as suas ovelhas. O catequista que escreve este texto insiste, sobretudo, em que os crentes devem seguir esse “Pastor”. No contexto concreto em que a leitura nos coloca, seguir “o Pastor” é responder à injustiça com o amor, ao mal com o bem.

A primeira leitura traça, de forma bastante completa, o percurso que Cristo, “o Pastor”, desafia os homens a percorrer: é preciso converter-se (isto é, deixar os esquemas de escravidão), ser batizado (isto é, aderir a Jesus e segui-l’O) e receber o Espírito Santo (acolher no coração a vida de Deus e deixar-se recriar, vivificar e transformar por ela).

Dehonianos

 

 

MEDITAR

Nossa Senhora do «Sim»

 

Maio é, sem dúvida alguma, sinónimo de Maria para todos os católicos portugueses.

 

Voltam-se todos os olhos e todos os corações para a Mãe de Jesus Cristo.

 

Na simplicidade da oração do rosário, são entregues, à Mãe da Humanidade, todas as dúvidas, dores e alegrias...todas as vidas daqueles que procuram o caminho até ao Seu Filho.

 

O povo português, de forma muito particular, recorda Maria na Sua aparição aos pastorinhos na Cova da Iria.

 

O pedido de oração e penitência está muito presente em toda a Sua mensagem.

 

E é na oração que encontramos a beleza desta aparição. É na oração que encontramos o encanto do Seu manto.

 

A aparição de Nossa Senhora acontece todos os dias naquele santuário de forma espiritual. Estando tanta gente ligada em oração a Nossa Senhora, a Sua presença acaba por ser constante, o que torna aquele lugar tão especial para crentes e não crentes. Neste sentido, acredito perfeitamente na Sua aparição e, deste modo, torna-se numa presença pessoal, onde o encontro com esta Mãe acontece de forma particular e muito concreta.

 

A beleza de Fátima não vive nas promessas que no Santuário se realizam, mas sim na forma singular de entrega total e incessante a uma Mãe que nos acolhe no seu coração.

 

A beleza de Fátima está na capacidade de nos deixarmos entregar por um amor maternal para conseguirmos chegar até ao Seu Bendito Filho.

 

Maria é essencial na nossa vida como cristãos, mas não é o tudo.

 

Maria só poderá ser essencial na nossa vida como cristãos, se no final nos conseguirmos confiar a este Deus que é Pai.

 

"Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser." João 2:5

Maria nunca aponta para si. Maria aponta sempre, mas sempre para o Seu filho.

 

Maria é caminho. Maria é modelo perfeito do “Sim” que devemos entregar todos os dias a Jesus Cristo.

 

Emanuel António Dias (Adaptado)

 

 

CONTO (651)

 

O ANJO DAS CRIANÇAS

 Chegou a hora da criança nascer. Antes, porém, ela foi ter com Deus e disse-lhe:

- Senhor, estou aqui tão bem!

Deus disse-lhe:

- Mas estarás melhor na Terra.

A criança perguntou:

- E como irei entender a estranha língua que falam ali?

- O teu anjo dir-te-á as palavras mais doces e ternas que possas escutar, e carinhosamente te ensinará a falar.

- Sim, Senhor Deus, mas que farei quando quiser falar contigo?

- O teu anjo juntará as tuas mãozinhas e te ensinará a rezar, e então podes falar-me através de orações.

- Mas eu ouvi dizer que existe muita maldade na Terra. E quem me defenderá?

- O teu anjo te protegerá, arriscando a sua própria vida.

- Mas, Senhor, estarei triste porque não Te posso ver.

- O teu anjo falar-te-á de mim e ensinar-te-á o caminho para chegares até mim, embora eu esteja sempre a teu lado.

Uma grande paz reinava no Céu. Já se ouviam vozes terrestres e a criança repetia a soluçar:

- Senhor, como se chama o meu anjo?

Deus respondeu:

- Não interessa o seu nome. Tu apenas lhe chamarás Mamã!

Ela é bela, graças a este amor de que se despoja, a fim de com ele revestir a nudez do menino. 
É bela, pela solicitude com que acorre, uma e outra vez, ao quarto da criança. 
Todas as mães possuem esta beleza. 
Todas têm esta justeza, esta verdade, esta santidade.
Todas as mães têm esta graça que causa ciúmes ao próprio Deus...
A beleza das mães supera infinitamente a glória da natureza.
Ser mãe é um mistério absoluto, um mistério que não se assemelha a nada...
A maternidade é o que sustenta o fundo de tudo.

Christian Bobin, in Francisco e o Pequenino

 


 

INFORMAÇÕES

 

ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO

 

Biscoitos - terça-feira, 9 de maio das 18 às 19 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

 

Ribeira Seca - quarta-feira, 11 de maio, das 18 às 19 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

 

Manadas - sexta-feira, 12 de maio, das 10 às 11 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

 

 

FESTAS DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

RIBEIRA DO NABO

Dia 12 de maio - Missa seguida de procissão de velas às 20h30.

 

FAJÃ DA RIBEIRA D’AREIA

Dia 13 de maio - Missa às 13 horas seguida de procissão.

 

VELAS

Dia 13 de maio – às 20h30 celebração de eucaristia na Ermida de Nª Senhora do Livramento seguida de procissão de velas até à Igreja Matriz.

 

RIBEIRA SECA

Dia 13 de maio - às 20h30 celebração de eucaristia e procissão de velas até ao Passal.


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