Nº 785

C(oração)

«Pedir (rezar), uns pelos os outros,

é missão dos cristãos.»

Pe. Rui Miguel

 Existem momentos em que não sabemos o que dizer ou fazer.

Somos, constantemente, colocados em diversas situações em que não temos uma palavra, um gesto ou um olhar, para aliviar o sofrimento e a dor daqueles que se sentem perdidos.

Nada disto é possível nesta realidade a que todos temos acesso… mas é aqui que surge a oração.

É aqui que aparece a necessidade de usarmos o silêncio perturbador para torná-lo num silêncio de entrega.

É a entrega total a um Pai, que não serve de S.O.S, mas que espera e anseia que lhe peçamos sem cessar.

Pedir, uns pelos os outros, é ter a certeza de que este amor é tão certo que não deve ficar apenas em mim.

Pedir, uns pelos os outros, não é esperar que os milagres aconteçam, mas que ninguém se sinta desamparado ou experimente a solidão.

Pedir, uns pelos os outros, é desejar que este Deus seja presença viva na vida de todos aqueles que se cruzam na nossa caminhada.

A oração tem consigo a beleza de uma ação que foi originada pelo coração.

A oração será, sempre, muito mais do que duas mãos juntas. 

A oração é a prova de que esta vida é muito mais do que aquilo que conseguimos ver ou compreender.

A oração será a única solução para que a ação deste Deus seja visível em nós e nos outros.

Se a oração é uma missão então precisamos de verdadeiros missionários...

Ao rezarmos, uns pelos outros, estamos a dar a maior prova de amor, porque entregamos as nossas vidas nas mãos do Seu criador.

Ao rezarmos, uns pelos outros, estamos a segurar as lágrimas que escorrem na cara do nosso irmão.

Ao rezarmos, uns pelos outros, estamos a suportar o coração angustiado e ferido de cada um de nós.

Ao rezarmos, uns pelos outros, estamos, uma vez mais, a demonstrar que este Deus revelar-se-á, sempre, naquele que se cruza connosco.

Emanuel António Dias (Adaptado)

 

VII DOMINGO DO TEMPO COMUM

A liturgia do sétimo Domingo do Tempo Comum convida-nos à santidade, à perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical (feito de gestos concretos de amor e de partilha) com a dinâmica do “Reino”. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem.

A primeira leitura que nos é proposta apresenta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo, exige o ser santo. Na perspetiva do autor do nosso texto, a santidade passa também pelo amor ao próximo.

No Evangelho, Jesus continua a propor aos discípulos, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade (no contexto do “sermão da montanha”). Hoje, Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; e pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se revela aos homens. Para que isso aconteça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo” e devem optar pela “sabedoria de Deus” (que é dom da vida, amor gratuito e total).

Dehonianos

 

MEDITAR

 

 

POST SCRIPTUM

Que a tua vida

seja natural como o respirar,

que o teu peso para os outros

seja apenas o das pétalas,

que a tua gratidão seja ilimitada

e as tuas palavras favos de ternura.

 

Que todos os que se aproximem de ti

tenham vontade de cantar

e de encher de luz e canções

as suas noites,

de despir os lutos do coração

e compor as jarras da alegria.

 

Procura a lucidez

que afasta os medos,

e a humildade para permaneceres

profundo em ti,

livre na vida,

eterno no momento,

fiel ao que permanece.

Henrique Manuel, in Mas Há Sinais...

 

CONTO (642)

 

A COISA MAIS BELA

Três amigos tinham concluído os seus estudos. Decidiram então percorrer o mundo em busca daquilo que existe de mais belo no mundo. Passado um ano, encontraram-se de novo. O primeiro disse:

- Atravessei mares e desertos, visitei grandes cidades. Vi muitas coisas belas, mas a melhor de todas, que trouxe, foi esta pedra preciosa, de valor inestimável. É a coisa mais bela que existe debaixo do sol. Gastei toda a minha fortuna para a adquirir.

O segundo disse:

- Trouxe esta jovem cheia de beleza. Apaixonei-me por ela e ela por mim. Nasceu entre nós os dois um grande amor. E o que é que existe de mais belo sob o sol do que o amor humano?

O terceiro, que tardou a chegar, disse:

- Eu percorri muitas terras e, de olhos bem abertos, deixei-me encantar pelo nascer do sol, fiquei horas a contemplar a beleza das flores dos jardins, a água serena dos lagos onde deslizam patos, a imensidão do mar, a grandeza das montanhas, as aves do céu a cantar, o sorriso das crianças de todas as cores… Venho de mãos vazias, mas de coração a transbordar de felicidade.

Este terceiro descobriu a beleza sobretudo na natureza, obra de Deus. Deixou-se maravilhar contemplando tudo o que é pré-esboço do Paraíso.

in, Bom dia, alegria de Pedrosa Ferreira

 

 

É sempre pela mão do outro que somos conduzidos à visão de Deus. (...) 

Sem o inesperado que o outro é para mim, facilmente transformo Deus num ídolo moldado pela minha estreita expectativa. (...) No olhar do outro adivinha-se um caminho a percorrer.»

 

Carlos Maria Antunes, in Só o Pobre se faz Pão

 


INFORMAÇÕES

 

ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO

Ribeira Seca - quinta-feira, 23 de fevereiro, das 17 às 18 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

Manadas - sexta-feira, 24 de fevereiro, das 17 às 18 horas, seguindo-se a celebração da Eucaristia.

 

CLÍNICA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA CALHETA

A Direção da Associação de Bombeiros Voluntários da Calheta informa que estará na Clínica da Instituição o Dr. Rui Amaral, imagiologia e radiologia, em fevereiro; a Dr.ª Maria Graça Almeida, Ginecologista e obstetra, início de março; a Dr.ª Renata Gomes, Cardiologista, no início de março; Dr. Brasil Toste, otorrinolaringologista, em março ou abril;  Paula Pires, neurologista e neuro-pediatra, em abril; Dr.ª Alexandra Dias, Pediatra, em abril ou maio; Dr.ª Lourdes Sousa, Dermatologista, em agosto; Dr. Carlos Aguilar, oftalmologista, data por estabelecer. Os interessados podem fazer as suas marcações para os números 295 460 110/ 295460111.


Faça download desta Carta Familiar em formato PDF: Nº 785

Agenda Pastoral

Destaque

Mais Recente Carta Familiar em PDF!

Nº 1173

Pensamento da Semana

 

PENSAMENTO DA SEMANA

 SEJA FEITA A TUA BONDADE!

"Jesus não ensinou o Pai Nosso aos discípulos como uma fórmula para estes repetirem de cor e de modo completo." (Calmeiro Matias)

Jesus não definiu a entoação certa ou o sotaque mais apropriado.

Cada um tem um dialeto feito de silêncios, de palavras, de cumplicidades.

Um dia, em Vila Nova de Gaia, o meu primo recebeu-me com um "bons olhos te beijam!" A resposta ao meu "Ãh?" não tardou: "És surda? Bons olhos te beijam!"

Soou-me a poesia. O sotaque tornou tudo mais bonito.

À semelhança do meu primo e do meu Pai, "aboli os vês" e digo:

Seja feita a tua bondade! A tua bondade, Pai! A tua bondade, Pai!

Quando Jesus partilhou com os discípulos o modo como conversava com o seu Pai, demorou-se a mostrar-lhes a confiança na bondade de Deus. Lucas fez chegar até nós a história do amigo que aparece fora d'horas e termina perguntando se um Pai poderá recusar o maior bem - a convivência e a intimidade do Espírito - aos seus filhos. (Lucas 11, 1-13)

"Este assunto da bondade de Deus é uma questão de sensatez. Ser sensato. Como pode existir Deus, se não for bom?" (José António Pagola)

 

Eneida Costa

Os nossos Links

Ouvidoria de São Jorge
FAJÃS Grupo de Jovens
Cartas Familiares Anteriores

Visitas


Ver Estatísticas